segunda-feira, fevereiro 28, 2005

Excepção

Tinha que ser. No ano em que não tive hipótese de acompanhar o Benfica ao Porto, é quando eles conseguem não perder lá.

Começo por mencionar dois aspectos do jogo, que pela sua raridade nos últimos anos já são uma excepção nos jogos entre FC Porto e Benfica: primeiro, a extrema correcção e fair play que reinou entre os jogadores das duas equipas, apenas com uma ou outra pequena excepção, perfeitamente natural devido ao calor de um jogo grande; segundo, a actuação praticamente exemplar do árbitro António Costa. Depois de aqui ter manifestado as minhas dúvidas quanto à sua nomeação para este jogo, é da mais elementar justiça reconhecer que estava enganado, e que o árbitro esteve à altura dos acontecimentos (também teve a sua tarefa facilitada pela atitude dos jogadores que referi anteriormente). Só achei que o amarelo ao Simão (que foi o 5º) foi exagerado, mas um jogo entre Benfica e Porto que termina com 11 jogadores de cada lado já começa a ser uma situação para aplaudir.

Desta vez não vou bater no velhinho. Confesso que até fiquei entusiasmado com a forma como o Benfica entrou no jogo, com boas trocas de bola e, sobretudo, uma pressão muito alta sobre o jogador do Porto que levava a bola. Infelizmente o Benfica não soube ou não pôde manter essa atitude durante mais do que os primeiros vinte minutos de jogo, e o jogo acabou por ficar mais repartido. A primeira parte acabou por chegar ao fim sem grandes oportunidades de golo (só me recordo de um remate do Maniche que foi desviado para fora pelo Postiga), e o resultado ao intervalo reflectia isso mesmo.

Na segunda parte, foi a vez do Porto entrar mais pressionante, e o Benfica recuou. Depois as coisas voltaram a equilibrar, e seguiu-se aquilo que já é uma triste sina do Benfica. O Nuno Assis atira à barra, o Geovanni falha uma oportunidade isolado, e na resposta o Porto marca. Nesta altura temi o pior, e receei que a equipa se fosse abaixo ao sofrer um golo naquelas condições, mas felizmente aguentou-se bem, e conseguiu chegar ao empate no seguimento de um canto, com um golo do Geovanni quase igual ao que ele marcou contra a Académica na Luz. A seguir a isto houve mais oportunidades de parte a parte para desfazer o empate, mas acho que o resultado final é o que mais se ajusta ao que se passou em campo.

Como disse, desta vez não bato no velhinho porque na minha opinião o Benfica apresentou o estilo de jogo correcto para jogar fora contra o Porto. Tentou manter a posse de bola trocando-a entre os jogadores, em vez de despachá-la à toa para a frente como tem sido norma nos últimos jogos, tentou pressionar o adversário para recuperar a bola, e sobretudo soube manter a calma, coisa que nunca aconteceu nos últimos jogos que fui ver às Antas. Quando o Porto conseguia que os jogadores do Benfica perdessem a cabeça, era quando começava a ganhar os jogos. Desta vez, mesmo em desvantagem a 20 minutos do fim, soubémos manter a cabeça fria, e o empate acaba por ser um mal menor.

3 Comments:

At 3/01/2005 4:23 da manhã, Anonymous Anónimo said...

serei o único a achar que o simão levou amarelo porque quis?

continua o bom trabalho

 
At 3/01/2005 10:29 da tarde, Blogger basten said...

desta vez fui lá eu (foi a primeira vez). tenho que ir mais vezes...

boa análise.

ps: também acho que o amarelo do simão foi provocado por ele. estava mesmo à minha frente e aqueles malabarismos com a bola enquanto se dirigia para a marca de canto, que nem sequer era ele a marcar (cedeu o lugar ao petit) foram muito exagerados.

 
At 3/01/2005 11:28 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Bem, só se ele resolveu limpar os amarelos na taça. O que de qualquer forma não deixa de ser arriscado, tendo em conta o mau historial que temos com o Beira Mar na nova Luz, e sendo a Taça uma competição em que somos os principais favoritos à vitória.

 

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