quinta-feira, fevereiro 15, 2007

Mínimos

O Benfica apresentou esta noite os serviços mínimos para levar de vencida um Dínamo de Bucareste, que revelou ser um adversário difícil, bem organizado na defesa, mas que não revelou grandes argumentos para que o possamos considerar um oponente de peso.

Apresentando o mesmo onze que há dias defrontou o Boavista (isto é, um 4-4-2 disposto em losango no qual o Simão formou a dupla de avançados com o Nuno Gomes, tendo o Rui Costa nas suas costas) o Benfica mostrou uma atitude estranhamente cautelosa. É verdade que o adversário também contribuiu para isto.
Os romenos jogaram quase sempre num 4-5-1, tendo um médio mais recuado que normalmente se encarregava da marcação individual ao Rui Costa sempre que este se aproximava do último terço do terreno, e mostraram ser uma equipa bastante organizada a defender, que sabe trocar bem a bola, e que, conforme já tinha sido dito frequentemente anteriormente, parece ser boa em adormecer o jogo e o adversário. Mas também me pergunto se esta atitude do Benfica não será um reflexo directo da derrota na Póvoa, já que a equipa parecia estar com cautelas excessivas, e os jogadores com demasiado medo de errarem. Um exemplo flagrante disto para mim foi o Nélson. Não sei o que é que lhe terá sido dito, mas tantas vezes o criticam por algumas falhas que ele esta noite praticamente não arriscou nada. Quase nem me recordo dele ter tentado um lance de um para um, optando quase sempre pelo passe para um colega (na maioria das vezes acabou por optar por lateralizar a bola, contribuindo assim para o excessivo afunilamento do nosso jogo). Assim provavelmente ele livrar-se-á das críticas, mas eu pelo menos não fico nada satisfeito, já que perdemos um desequilibrador por aquele flanco. E o Benfica não se pode dar ao luxo de ter laterais que apenas jogam assim pelo seguro.

Claro que para romper uma organização defensiva como a do Dínamo é fundamental empregar velocidade. Ora isto era o que mais faltava no nosso jogo, pelo que a primeira parte foi bastante escassa em situações de perigo. A única grande excepção foi uma bola recuperada pelo Rui Costa a meio campo, que lançou o Simão na esquerda e este centrou para um remate do Nuno Gomes, que foi correspondido com uma grande defesa do Lobont (o tal que o Koeman chegou a querer trazer para o Benfica). Para além disto, pouco mais se passou. O Dínamo estava mais preocupado em deixar escoar o tempo e arrastar o nulo, e o Benfica era incapaz de transformar o (consentido) domínio territorial em oportunidades claras de golo. Foi por isso sem surpresas que se chegou ao intervalo sem qualquer golo.

Após o descanso o Benfica aparceu com o Miccoli no lugar do Petit (provavelmente o amarelo visto na primeira parte pesou nesta decisão). Pensei eu que fosse para passar a jogar em 4-3-3, mas a verdade é que os jogadores apenas se redistribuiram pelas mesmas posições anteriores, continuando tudo na mesma em termos tácticos. O Miccoli foi jogar na frente ao lado do Nuno Gomes, o Simão recuou para as costas dos avançados, o Rui Costa foi para a esquerda do losango, enviando o Karagounis para o lado oposto, e o Katsouranis passou a assumir as funções de médio mais recuado. O resultado mais imediato disto é que o Dínamo assumiu o controlo do jogo, e durante os primeiros vinte minutos desta segunda parte teve o seu melhor período. Os jogadores do Benfica pareciam um pouco desorientados em campo: o Karagounis, que era suposto fechar o lado direito, aparecia diversas vezes no centro e na esquerda, deixando o flanco desprotegido e originando assim várias situações em que o Nélson se via confrontado com dois adversários. O Miccoli parecia um tanto ou quanto perdido no ataque, sobretudo porque a bola raramente lhe chegava, e então recuava muito até ao meio-campo para vir buscar jogo. O Simão perdia-se no meio, entre a floresta de adversários que lhe apareciam ao caminho - para mim é um autêntico desperdício obrigar o nosso capitão a jogar numa zona onde não se pode tirar o máximo partido das suas qualidades. E assim o Dínamo ia vendo o jogo correr-lhe de feição, e já conseguia até ter a posse da bola durante períodos mais prolongados e jogar no nosso meio-campo - diga-se no entanto que quase sem efeitos práticos que não o manter a bola longe da sua área, já que as oportunidades de golo continuavam a não aparecer.

As coisas alteraram-se um pouco quando o Benfica dispõs de um livre perigoso, em cuja transformação o Simão colocou a bola na barra da baliza romena. Este lance teve o condão de despertar a nossa equipa, que conseguiu imprimir um pouco mais de velocidade ao jogo. O treinador adversário também contribuiu ao colocar o Zé Kalanga em jogo. Julgo que a intenção dele seria aproveitar a velocidade do angolano para explorar o contra-ataque pelo seu lado direito, e ao mesmo tempo segurar o Léo lá atrás, mas a verdade é que o nosso lateral ganhou facilmente diversos lances ao seu adversário e, pior ainda, desde que o angolano entrou o Léo passou a estar muito mais activo no apoio ao ataque. No Benfica entretanto o Nuno Gomes (mais uma vez com muita falta de confiança para rematar) cedeu o lugar ao Derlei que, sem deslumbrar, sempre veio incomodar um pouco mais a defesa romena devido à sua capacidade de luta e constante movimentação pela frente de ataque. O problema é que o Benfica continuava a insistir demasiado em tentar furar a defensiva adversária pelo meio, e por ali já se tinha visto que iria ser difícil. Entretanto o treinador adversário deve ter reconhecido o erro que tinha cometido com a entrada do Zé Kalanga, e não teve problemas em assumi-lo, retirando o angolano do campo apenas quinze minutos após a sua entrada.

O jogo parecia caminhar inexoravelmente para o nulo, mas num assomo final de brio por parte dos nossos jogadores acabámos por chegar ao golo que colocou alguma justiça no marcador. Primeiro já tinha havido um centro do Nélson no qual o Derlei se antecipou bem a um defesa para cabecear ao lado. Depois veio mais um centro do Rui Costa na esquerda (está a tornar-se um hábito), que o Simão conseguiu rematar para mais uma grande defesa do Lobont, e na recarga o Miccoli rematou de primeira para o golo. A partir daqui jogámos pelo seguro, e optámos claramente por segurar o resultado nos poucos minutos que restavam (tendo em conta a nulidade ofensiva que os romenos tinham sido até então, também não me pareceu que fossem necessários grandes cuidados adicionais). Isto resultou numa valente assobiadela do público à decisão do Fernando Santos de substituir o Rui Costa pelo João Coimbra no período de descontos.

Não houve grandes exibições esta noite, mas gostei do Simão (invariavelmente...) apesar de ter jogado numa posição que, na minha opinião, não o favorece nada. O Luisão e o Léo também estiveram em bom nível, mas isso também já não é surpresa. Tal como não é surpresa o mau momento do Nuno Gomes, mas não vale a pena estarmos a bater mais na mesma tecla.

O resultado desta noite não se pode chamar propriamente de bom, mas é bastante positivo para uma competição europeia. Não sofremos golos em casa, e partimos em vantagem para a segunda mão. E tendo em conta o que vi hoje, acredito que o Benfica consiga passar esta eliminatória sem necessidade de grandes sobressaltos. O Dínamo será obrigado a atacar para inverter este resultado, e o Benfica é uma equipa que sabe jogar bem em contra-ataque. E a verdade é que o Dínamo não me impressionou muito. Mostrou ser uma equipa arrumadinha, que sabe o que quer, mas tenho curiosidade em ver como será quando tiver que assumir o jogo.

16 Comments:

At 2/15/2007 9:16 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Estou globalmente de acordo contigo (como é normal), só acho é que estás a subestimar um pouco o Dinamo. A mim pareceu-me uma equipa muito organizada e que troca muito bem a bola e em passes de primeira, muitas vezes. Acho que só um Benfica ao seu melhor nível pode passar lá, até porque o ambiente no estádio deles é terrível (basta ver o barulho que "meia-dúzia" ontem lá faziam), e temos que lembrar que têm 13 pontos de vantagem na Liga sobre o Steua (que não é uma má equipa) e ficaram em 2º no seu grupo da UEFA que era dos mais fortes com B. Leverkussen, Tottenham, Besiktas e Brugges.
Uma última nota de tristeza, ou nojo mesmo, pela assobiadela ao Nuno Gomes. É triste ver pseudo-benfiquistas que aplaudem o Derlei, ex-jogador do Porto e com 20 minutos de vermelho (com uma agressão pelo meio), assobiando um profissional exemplar e benfiquista como o Nuno. Felizmente há as claques e alguns verdadeiros adeptos que não seguem esta onda vergonhosa!

 
At 2/15/2007 10:22 da manhã, Blogger Pedro said...

Os assobios ao NG são revoltantes. Sim estava com ele pelos cabelos, sim estava farto dele, sim fiquei satisfeito por sair mas FODA-SE não o assobiei!!!!!!
Não percebo o q estes anormais q assobiam pensam conseguir com estes gestos....

Estamos em vantagem. Ao menos isso.
Estou tão preocupado com o jogo de domingo q nem consigo pensar muito mais no jogo de ontem (ou noutra coisa qqr mesmo...)

 
At 2/15/2007 10:29 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Miséria Franciscana
Não tenho palavras para qualificar a exibição de ontem do Benfica. Mau demais para ser verdade, valeu o golo de Miccolli. Claro que iremos sofrer muito para passar a eliminatória, mas interrogo-me se o Benfica terá capacidade para estar em 2 frentes.
Acho que não, e o plantel é curto como se provou na Póvoa. Depois o facto de jogarmos sempre com 10 (Nuno Gomes é mais um central do adversário, como ontem se comprovou) e com um lateral direito que mais parece um jogador da equipa adversária, não ajuda mesmo nada.
Por outro lado, parece-me que a equipa está de rastos, fisica e animicamente. Para este estado de coisas muito contribui estar no banco um treinador amorfo, sisudo, sem garra e que faz substituições ridiculas a um minuto do final. Mas porque será que quando é preciso queimar tempo (Paços de Ferreira, Dragão, etc) não faz uma substituição assim???
P.S: E Katsouranis anda todo roto, nota-se bem!
Maluco do Futebol

 
At 2/15/2007 10:29 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Também estou bastante preocupado com o próximo jogo. É importantíssimo ganhar.

Assobios ao Nuno Gomes ou a qualquer outro jogador do Benfica por parte dos nossos próprios adeptos são sempre revoltantes. Eu também fiquei satisfeito com a decisão de substituir o Nuno Gomes, ando exasperado com a má forma dele, mas aplaudi-o quando saiu. Alguém duvida que haverá alguém mais chateado com este mau momento do que o próprio Nuno Gomes? Será que pensam que ele anda a falhar golos de propósito? Neste momento o maior problema que ele terá será falta de confiança, e não é com assobios que o ajudam a recuperá-la.

 
At 2/15/2007 11:05 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Força Chelsea...

6 milhões de benfiquistas estão contigo!!!

Saudações benfiquistas

 
At 2/15/2007 11:06 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Acho que o principal problema de ontem foi ter jogado contra um adversário que está há um mês ou mais a preparar este jogo, até fizeram um estágio em Portugal e jogaram contra equipas portuguesas e viram varios jogos do Benfica para o Campeonato. Defensivamente o Dinamo esteve muito bem e notou-se que havia um conhecimento muito bom da maneira do Benfica jogar (lembro-me por exemplo que havia sempre um jogador pronto para cortar os passes em profundidade do Rui Costa). De resto, continuo a achar que estamos numa fase anti-baliza, o que estranho bastante já que há 2 ou 3 semanas eramos uma equipa com uma eficácia terrivél.

 
At 2/15/2007 11:29 da manhã, Blogger Bakero said...

O problema desta equipa é que afunila muito o jogo! Não há extremos e, como referiste, quando o Nélson e o Léo não sobem, fica ali tudo a jogar em 20 metros. De qualquer maneira, 1-0 em casa na Europa é um bom resultado e acho que vamos passar. E seria bonito jogarmos em Paris com o PSG, para termos um grande apoio dos nossos imigrantes.

Ps: Coloquei no memoriagloriosa outro jogo do Benfica na Taça UEFA: o 2-1 à Juventus em 93 :-)

 
At 2/15/2007 11:33 da manhã, Blogger último! said...

Este golo do Micolli, fez-me lembrar o seu golo contra o Lille mesmo no fim do jogo que acabou por motivar o Benfica e relembro que nesse ano deixámos para trás o Manchester e o Liverpool.

Nestes jogos, jogar primeiro em casa é sempre complicado mas o Benfica mostra mais experiência, pois os jogadores sabem da importância de não sofrer golos em casa.

Não gostei da exibição e estranho como um resultado negativo mexe tanto com uma equipa cheia de jogadores internacionais!?!?
Quando o golo não aparece os fantasmas voltam a aparecer.

Na Roménia o Dínamo terá que atacar obrigatoriamente e o Benfica sente-se bem a jogar em contra-ataque.

Quanto ao velho assunto Nuno Gomes realmente falta-lhe confiança e o golo teima em não entrar mas os assobios não o vão ajudar.
Lembro-vos que o Liedson esteve 6 jogos sem marcar já nesta época mas os adeptos tiveram paciência e se o Nuno não jogar não marca nem melhora e infelizmente os nossos adeptos têm tudo menos paciência.
Também não fico chateado se o treinador o encostar no banco mas o Benfica perde muita mobilidade quando joga sem o Nuno agora com o Derlei pode ser que tenhamos uma boa alternativa.



Abraços e força Benfica

 
At 2/15/2007 11:50 da manhã, Blogger rsa said...

Penso que a condição física de alguns jogadores Katsouranis e a falta de confiança de outros N.Gomes e Nelson condicionou e muito o jogo do SLB.
Neste momento também tenho muitas dúvidas da nossa capacidade para enfrentar as duas competições o plantel é curto em opcções e o engenheiro continua a não saber gerir o plantel substituir um jogador nos descontos só serve para irritar quem estava a assitir no estádio, além disso que motivação ou mesmo ritmo têm alguns jogadores que num jogo são opcções e noutro vão para a bancada .
N.Gomes preçisa de ir um ou dois jogos para o banco, mais grave é o Katsouranis fisicamente esgotado precisa de descansar mas o SLB não têm alternativas nem pode prescindir dele e qunto ao Nelson não temos mesmo alternativa .

 
At 2/15/2007 11:52 da manhã, Blogger Pedro Neto said...

Ouvi dizer que houve malta a fazer pedidos de casamento na Luz.
Alguém confirma?

:)

 
At 2/15/2007 12:03 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Não dei por nada... será que aquelas imagens no início do vídeo da bs7 serão um exemplo disso?

 
At 2/15/2007 12:21 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Melhor o resultado do que a exibição,mas atenção lá não vai ser fácil.
Fiquei com a impressão que demos meia parte de avanço, então entrar com o mesmo ataque, com o Miccoli disponivel? Ainda não dá para perceber o que se passa na cabeça do FS, e a equipa reflecte as duvidas e falta de confiança que ele deve ter.
Era bom ganharmos ao Nacional, para abordarmos a 2ª mão c/mais confiança. Num espaço de 2 semanas a época pode ficar mais ou menos decidida. Quanto a mim Massive Attack, os guerreiros morrem a lutar e prá frente é que é o caminho.

 
At 2/15/2007 2:16 da tarde, Anonymous Anónimo said...

D'Árcy,

Percebo e respeito a tua paixão pelo Nelson, mas deixa que diga o seguinte:

É evidente que o Nelson e o Nuno Gomes, são bons jogadores. Já todos vimos do que são capazes. O Beto é um mau jogador de futebol. Também já todos reparamos.

A culpa, contudo, não é totalmente de uns ou do outro. A culpa é do Sr. Santos. Porquê?

Porque coloca a jogar o Beto e porque não coloca os outros dois no banco durante uns tempos.

Todos os bons jogadores têm o direito a atravessar uma fase menos boa durante as temporadas. Mas quando isso acontece o treinador só tem que os proteger e retirá-los da equipa principal. Ora, não é isso que o Sr. Santos faz. O que ele faz é exactamente o contrário. Só piora as coisas. Quanto mais insistir no Nelson e no NG, mais eles jogam pior e mais a malta se irrita com eles. É um círculo vicioso!

Por outro lado, os jogadores, principalmente o Nelson, têm a obrigação de perceberem (melhor que ninguém)que não estão em forma e por isso devem parar de inventar e devem concentrar-se no básico do futebol: recepcionar, desmarcar e passar. Fintinhas nem vê-las! Concentração no máximo e esperar que a forma reapareça. É isto que um jogador minimamente inteligente deve fazer.
Ora, não é isso que o Nelson faz. Há meses que não lhe sai uma finta; há meses que raramente lhe sai um centro e há meses que por falta de concentração só mete água a defender.

Mas repito, o maior culpado é o Sr. Santos que não percebe a ponta de um corno de futebol!

 
At 2/15/2007 2:25 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Mas isso foi precisamente o que o Nélson fez ontem. Não arriscou absolutamente nada, limitou-se a ser certinho defender. E assim ninguém o critica, mas para mim isso é uma seca :) Eu gosto do Nélson precisamente porque ele é um dos nossos jogadores com a capacidade de surpreender, e são jogadores destes que me fazem ter prazer em ver futebol. E tenho a nitida sensação que ultimamente andam com a mania de empolar qualquer falha mínima dele - com o Varzim batem-lhe por causa da falta que deu origem ao golo, um ou dois minutos antes o Léo fez uma praticamente igual e ninguém diz nada - a verdade é que a falha maior nesse lance não é do Nélson, é sim da falta de marcação ao Mendonça na sequência do livre.

O Nélson e o Nuno Gomes acabam por jogar mesmo estando em baixa de forma porque após as saídas em Dezembro ficámos com poucas ou nenhumas alternativas.

 
At 2/15/2007 3:45 da tarde, Anonymous Anónimo said...

A nossa exibição foi, uma vez mais, paupérrima. De facto, foi bem melhor o resultado do que a exibição.
A equipa está descrente, fisicamente em baixo, animicamente muito instável (basta um assomo maior dos adversários e fica tudo às aranhas...), muito pouco criativa e também muito pouco objectiva. Este foi mais um daqueles jogos em que se jogou, invariavelmente, a passo, sem alegria, sem garra, sem ambição...
E isto tem a ver com os jogadores (que podem estar em melhor ou pior momento de forma...), mas tem muito mais a ver com o homem que devia ir ao leme da embarcação... e não vai!!!
Infelizmente, não é novidade para mim que o Nuno Gomes só muito esporadicamente faz um jogo que valha a pena; ou que o Nélson, em cada dez jogadas em que arrisca no duelo individual, só tem sucesso real em uma; ou que o Beto em cada dez passes que faz só acerta, na melhor das hipóteses, em dois; ou que o Rui Costa só joga qualquer coisa se tiver muito espaço e se o jogo estiver lento; ou que o Katsouranis cada vez joga menos porque está todo roto, em termos físicos; etc, etc, etc...
E também não é novidade para mim que enquanto não tivermos um treinador não vamos a lado nenhum!!!...
É o treinador quem programa o trabalho da equipa, quem elege aqueles com que conta, quem os (não!) põe a jogar e quem tem a responsabilidade de inverter o rumo das coisas, quando elas não estão bem. FS não faz nada disto. Ou melhor, nunca o fez, e não me parece que o venha a fazer alguma vez!!!...
É uma dor de alma ver um plantel destes (apesar de algo curto é, em minha opinião, de muito boa qualidade...) estragado às mãos de quem não percebe nada de horta...

O nosso adversário de ontem, e do próximo dia 22, apesar de não ter jogado um futebol ofensivo é um oponente que me impressionou, sobretudo pela organização táctica e pela capacidade técnica de muitos dos seus jogadores. Ao contrário do que alguns quiseram fazer crer (e do que outros querem acreditar...), não se trata de nenhuma equipa tipo Artmedia ou Gençlebirligi(?). E lá, na Roménia, a avaliar pelo momento actual, será mesmo muito complicado...

A ver vamos...

PS - E, antes disso, temos o Nacional, que não é, propriamente, um Varzim qualquer...

 
At 2/15/2007 8:33 da tarde, Blogger redordead said...

E eu que fui obrigada a ver o Bolton-Arsenal, porque aqui em Manchester ninguém passava o jogo que interessava :'(

 

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