segunda-feira, fevereiro 09, 2009

Lixívia

Na crónica que fiz ontem ao jogo, afirmei sentir-me curioso em relação à forma como aquilo que se passou durante o mesmo seria branqueado. A minha aposta pessoal foi que o jogo seria revisto ao pormenor, e no final apareceriam, como que por magia, uns lances a favor da larapiagem que, de alguma forma, seriam utilizados como contrapeso para justificar que, afinal, o Benfica até nem teria sido claramente prejudicado. Ora, manda a honestidade que eu admita que não sou nenhum visionário, nem possuo dons extra-sensoriais, portanto esta aposta minha não foi nenhuma espécie de profecia. Foi sim uma conclusão lógica, resultante da observação da estratégia de branqueamento que, ao longo dos anos, é sistematicamente (e o advérbio não é escolhido ao acaso) aplicada sempre que o Benfica é claramente prejudicado por uma má decisão de arbitragem. Esta estratégia de branqueamento, a que poderíamos chamar de "Processo de Reequilibração da Balança", não mais faz do que alinhavar uma série de situações que, na sua grande maioria, não foram sequer visíveis durante o decorrer do encontro, tendo passado completamente despercebidas mesmo ao mais fanático, mas que têm em comum o facto de nelas, supostamente, ser sempre o Benfica o beneficiado. Colocando todas essas situações no mesmo prato da balança, acham eles então que reequilibram o peso do outro prato, onde está o erro grosseiro que prejudicou o Benfica. O resultado final é uma desdramatização do erro grosseiro que nos prejudicou, do género 'o árbitro errou para os dois lados', passando-se então à análise da justiça do resultado, obviamente como se o tal erro grosseiro com influência directa nesse mesmo resultado final não tivesse sequer existido.

A lógica deste processo assemelha-se em muito à lógica brilhantemente enunciada pelos Monty Python, que leva à conclusão evidente e insofismável de que uma bruxa deverá pesar o mesmo do que um pato (a referência aos Monty Python é obrigatória, já que eu considero que a sua obra contém todos os axiomas que ajudam a explicar os princípios básicos da existência humana e, em particular, o futebol português - além disso os homens eram visionários, já que conseguiram criar a personagem Luigi Vercotti, empresário da noite, muito antes de qualquer pessoa saber sequer quem era o Reinaldo Teles). Quando este processo é particularmente bem sucedido, chegamos mesmo ao ponto em que saímos do estádio plenamente convencidos de que fomos espoliados (parafraseando um comentador desportivo que até nem é das nossas cores, anteontem quando saí do Estádio do Ladrão a minha primeira reacção foi levar a mão ao bolso para ver se ainda lá tinha a carteira), e quando chegamos a casa umas horas depois descobrimos que não, e que afinal até fomos beneficiados. Isto acontece mesmo que seja necessário fazer equivaler o efeito de um elefante numa loja da Atlantis com o de um hamster no Continente (ou dizer que uma bruxa pesa tanto quanto um pato).

Voltando ao roubo de anteontem, verifico sem surpresa que o processo acima descrito já funciona a todo o vapor. Hoje descubro penáltis por marcar a favor da ladroagem, uma expulsão do Sídnei (o pisão do Malandro ao joelho do Katsouranis já não tem a mesma apreciação), outra do David Luiz porque entra de pé levantado a um lance, mesmo sem atingir ninguém (mas a tentativa de coice do Bruto Alves ao Suazo, logo no início do jogo, já não se enquadrará neste critério rigoroso), um braço do Yebda atingido pelo Malandro em pleno mergulho que afinal já justifica o penálti inventado ou, pelo menos, o erro do Pedrito Providência, e mais não sei quantos casos que tentam provar que afinal devemos é ficar calados, porque fomos beneficiados, e muito, isto porque os salteadores é que nunca são, nem nunca foram, ajudados (convém notar que este processo de revisão é bastante selectivo, e nunca inclui lances que possam ter sido decididos desfavoravelmente ao Benfica, que só iriam contribuir para um ainda maior desequilíbrio do fiel da balança para o nosso lado da argumentação). Ora ontem tive a oportunidade de assistir à gravação do jogo no Ladrão, e verifiquei que os avençados parecem estar cada vez mais solícitos e eficientes na aplicação deste processo. O branqueamento desta vez começou ainda durante a transmissão televisiva da SportTV, antes mesmo do Pedrito Providência bufar no apito para finalizar a partida. Segue-se uma transcrição das apreciações exactas do relatadeiro de serviço ao jogo (o nosso bem conhecido e imparcial Rui Orlando) ao tal lance entre o Reyes e o Lucho, que justificará a farsa despudorada a que assistimos depois. Na altura em que o lance ocorre, e assim que é mostrada a repetição:

"E a verdade é que Lucho González sofre uma entrada de Reyes, mas o primeiro impulso é positivo de... de... de Lisandro. Ele acredita que tem possibilidades de conseguir atirar à baliza do Benfica, ou fazer com que um companheiro... uhm... seja servido, e portanto não caiu na tentação que muitas vezes os jogadores têm de se deixarem cair e fazer-se... e fazer-se ao penálti, não é? Cá está o lance outra vez... ele tira o adversário do caminho, sofre um toque de... de Reyes... eventualmente, não suficiente para o derrubar, não suficiente para o retirar do lance, como de facto não foi, não é? A verdade é que em muitas destas circunstâncias os jogadores não... não... não ajudam nada à verdade do jogo e... e muitas vezes deixam-se cair. Portanto merecerá aqui um forte aplauso Lucho González, porque é uma atitude de fair-play, uma atitude positiva desportiva.(sic)"

Repare-se como é elogiada a atitude do Lucho não adulterar a verdade do jogo, ao não se atirar para o chão num lance que não é falta, dado que o toque do Reyes 'não é suficiente para o derrubar ou retirar do lance' - aliás, eu até acho que ele só não se fez ao penálti não por uma questão de desportivismo, mas apenas por achar que era descarado demais, já que as repetições mostram que o toque do Reyes é no pé direito, e quando o Lucho tem a tentação de cair fá-lo atirando a perna esquerda para trás (agora queria colocar aqui um link para as imagens desse lance, em que é possível ver precisamente isto, mas estranhamente esse vídeo não aparece no conjunto de vídeos oficiais existentes na net para este jogo - o que não deixa de ser interessante, dado este ser aparentemente 'apenas' um dos lances fulcrais do jogo... calculo que seja mais conveniente dizer-se que foi penálti e pronto, acreditaremos em quem nos diz isto). Assinale-se também o facto sempre interessante de se achar que um jogador é merecedor de um forte aplauso apenas por fazer aquilo que deveria ser normal, ou seja, não tentar enganar o árbitro.

Depois vem a roubalheira do minuto setenta. Após o alívio notório aquando do assinalar do penálti, é mostrada a repetição do lance, e depois um prolongado silêncio comprometido - ia dizer 'envergonhado', mas depois lembrei-me que vergonha é um sentimento desconhecido por aqueles lados - durante a segunda repetição lá se admite, de forma seca, que o Yebda não toca no Malandro, e que não há penálti. "Não toca. Não toca. Não há grande penalidade." E siga para a frente que é serviço, e não convém falar muito mais nisto.

Passados dez minutos o jogo é interrompido para assistência ao Reyes, e o realizador mete imagens dos dois golos da partida, o que inclui uma repetição da apoplexia do Malandro (seguida do olhar suplicante na direcção do árbitro assim que chegou ao chão, a ver se a batota tinha pegado). Isto não se faz. Ora o bom do Rui Orlando estava tão satisfeito tentando ignorar o lance, e vai o realizador e mostra uma repetição. Lá teve ele que balbuciar uma qualquer justificação, que teve que ser inventada ali, no calor do momento, e por isso não foi particularmente inspirada, saindo-se com esta (peço desculpa por algumas partes não parecerem fazer grande sentido, mas isto foi o que ele disse mesmo):

"E neste jogo... enfim... acaba aqui por emergir uma ideia que tem a ver... falámos nisso no momento em que Lucho González sofre uma falta... uhm... hmm... que era grande penalidade, no início da partida... segue a jogada... uhm... não a conclui e o árbitro... uhm... não... não marca a falta e portanto, no fundo... digamos... não ajuizou também em função da queda do jogador, e ajuizou mal. Agora ajuizou em função da queda, e ajuizou mal."

É de notar que as afirmações do Toni que se seguiram a este brilhante exercício de contorcionismo, em que ele diz que o Providência, a um metro do lance, viu claramente que era teatro do Malandro, foram olimpicamente ignoradas. Repare-se como, no espaço de uma hora, o que inicialmente era uma situação não passível de falta, em que é louvada a atitude do Lucho de não se atirar para o chão, não se fazer ao penálti, não tentar enganar o árbitro e não adulterar a verdade do jogo, passa de repente a ser peremptoriamente uma grande penalidade não assinalada e um consequente erro grosseiro do árbitro. Na mente tortuosa do bom do Orlando, está assim reencontrado o equilíbrio. Atinge um estado zen, e ele poderá então agradar à mão que acena com o osso, dizer para si mesmo que uma mão lava a outra, e passar a vender a imagem de que foi um resultado justo, porque fomos todos beneficiados e prejudicados em medidas iguais, e agora somos todos amigos e não se fala mais nisto. Continua, Orlando. Pode ser que um dia, com sorte, até consigas seguir as passadas do Cerqueira. Quanto a nós, continuem a tentar fazer-nos crer que eles são isentos.

21 Comments:

At 2/10/2009 6:03 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Li no CManhã on line que o Proença pediu desculpa pelo erro, aqui

A ser verdade, esta nova tecnica cada vez mais comum merece referencia no Manual do "Processo de Reequilibração da Balança".

 
At 2/10/2009 8:37 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Mesmo o Proença admitiu. Aqui no Porto e em Gaia já pegou, coitadinhos eles é que foram roubados.

O branqueamento viu-se logo na caixa de comentários deste blogue, com um monte de esterco portista a fazer-se de educado para não lhe limparem os comentários, e a debitar todas essas alarvidades que referes.

E os comentadores habituais do blogue a argumentarem com ele em vez de o deixarem a falar sozinho, e lhe chamarem aquilo que o gajo é: um corrupto nojento e mentiroso.

Quem mora aqui na zona do Porto conhece bem os dois tipos básicos de portistas: o boçal atrasado mental com não mais de um neurónio, e o mais fino, desonesto e aldrabão até à medula.

 
At 2/10/2009 10:56 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Não tenho quaisquer dúvidas sobreo facto de muitos deles estarem convencidos de que eles é que foram gamados, JFilipe. Acabei mesmo agora de mandar para o lixo um comentário de um membro dessa espécie em que ele consegue afirmar, aparentemente convicto, que de facto é penálti sobre o Lucho e que o penálti sobre o Malandro é bem assinalado.

Mas é preciso dar desconto. Afinal de contas, são décadas seguidas a verem jogar à bola com regras especiais nos jogos do seu clube, por isso é normal que isso lhes cause uma certa confusão. Além disso, durante esse mesmo período de tempo têm permanentemente sido submetidos a lavagens cerebrais por parte da gentinha de mentalidade pequenina e desonesta que se eterniza nas cúpulas dirigentes do seu clube. Isso deve afectar qualquer um, e pouco a pouco vai-se abandonando a capacidade de pensarmos por nós próprios.

Por vezes pergunto-me se o George Orwell não estaria era a pensar no fóculporto quando escreveu a sua obra prima. O Giorgio é o BB por excelência, que protege o seu 'povo' da ameaça do inimigo externo, que ao longo dos anos tanto pode ser a Eurásia ou a Lestásia, consoante o que convenha, o reescrever da história (mais notoriamente evidente no processo de invenção de uma nova data de fundação), e os paralelos continuam. Até mesmo o Reinaldo faria um óptimo O'Brien, que impõe a doutrina à custa de força bruta. Isto era capaz de dar um post interessante.

 
At 2/10/2009 10:56 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Caramba, acabei de ver as imagens do pretenso penalti e aquilo é de ir às lágrimas.
http://www.youtube.com/watch?v=iN38Kmnngbw
O pé que leva o "toque" não é o que se mexe. Incrível.

O Lucho bem quis fazer a simulação, mas depois teve medo de levar um amarelo e arrependeu-se.

Melhor ainda foram as badaladas oportunidades de golo dos corruptos na primeira parte. Duas jogadas do Lisandro, uma em que faz falta outra em fora de jogo. Nada assinalado. Só não fomos mais roubados porque não calhou.

 
At 2/10/2009 11:17 da tarde, Blogger Rod McLeven said...

Eu acho é que faltava o Gabriel Alves vir falar da movimentação das pedras em campo.

Só assim se pode explicar tais fenómenos....

 
At 2/10/2009 11:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Já agora, viram o lixo do Record sobre o futuro do Quique? Comparem o que lá vem escrito com o que o Quique diz de facto na entrevista em Espanha. O meu castelhano pode ser fraco mas ísto é a minha tradução, que julgo correcta:

"regressarei a Espanha quando o interesse de um clube coincidir com a minha vontade"

Temos uma comunicação social que tresanda.

 
At 2/11/2009 12:02 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Já nada daquilo que o Pasquim escreve sobre o Benfica me surpreende. Nada.

 
At 2/11/2009 8:59 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O que eu acho é que a exibição da equipa que foi nitidamente superior ao porto, está a ser "secundarizada" pela polémica à volta dos casos do jogo.
Afinal o que é que há de novo em sermos roubados nas Antas?
O que há de novo é que ao contrario de épocas anteriores, penso que desta vez isso tornar-nos-à mais fortes.
Embora isso só se possa avaliar no próximo jogo, penso que os niveis de confiança estão a subir, o Aimar está a subir, a equipa funcionou como um "organismo" quase perfeito. Vejamos agora como se comporta contra uma equipa fechada de tracção atrás.
Descontando a habitual bipolaridade constato que os experts e os amadores da desgraça estão agora mais calmos, dando tréguas ao carrasco da Luz, que se fosse a atender aos pedidos diários de execuções, estaria bem tramado pois não lhe chegava o machado para as encomendas.
Bem, até à próxima semana pelo menos...

 
At 2/11/2009 11:03 da manhã, Anonymous Anónimo said...

D´arcy......tu és o Goldstein.


Goldstein!!!!!....GoldStein!!!!

 
At 2/11/2009 11:50 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Meu caro d'arcy, de facto, o branqueamento será um padrão que teremos de contar até ao final do campeonato. Relembro que esta semana foi terrível para a gestão estratégica desse clube de corruptos: por um lado, apostaram de uma forma absolutamente errada por menosprezar o jogo com os queques de Lisboa. A paga foi uma derrota copiosa; por outro, apostaram efectivamente numa ofensiva contra o Glorioso. As coisas correram, igualmente, mal e só não desceram ao inferno pq foram vergonhosamente ajudados por uma equipa de arbitragem (relembro também um lance logo no ínício do jogo que o Suazo foi rasteirado quase à entrada da pequena área e não foi marcado qualquer falta e um respectivo cartão amarelo). Desta forma, julgo que teremos de contar com uma campanha insidiosa contra o Glorioso vinda da Comunicação Social/televisão e só nos resta mantermos uma forte União em volta da nossa equipa e do nosso treinador. Já no Domingo estarei no meu cativo a puxar pelo nosso Glorioso.

 
At 2/11/2009 2:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Excelente crónica D'Arcy.

Sinceros parabéns

 
At 2/11/2009 4:42 da tarde, Anonymous Anónimo said...

JFilipe,

imagina que eu também fazia uma separação entre os vários tipos de adeptos benfiquistas (básicos ou não). Em qual deles achas que tu encaixarias?
Achas mesmo que te comportas (pelo menos neste post e no anterior) como um adepto calmo e ponderado, que dá ouvidos à razão?

Ou seja, se os adeptos portistas que conheces são maus por esse motivo, tu optas por ser como eles?
É um raciocínio que, confesso, me escapa.




Quanto às percepções diferentes dos mesmos lances, nada a fazer. Por isso mesmo é que eu duvido muito da utilização de imagens televisivas pelo árbitro. Mesmo após horas e horas de análise, as opiniões dividem-se. E se hoje em dia se consegue (pelo menos alguns conseguem) desculpar a um árbitro por errar num lance confuso e rápido, no calor do momento, etc etc, se calhar muita gente ia ficar ainda mais frustrada ao ver um árbitro analisar as imagens de tv e chegar a uma conclusão diferente da sua.

Mas isto é outra história...

 
At 2/11/2009 4:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Por falar em branqueamentos, muito gostaria que alguém neste fórum me esclarecesse, preto no branco, a razão ou razões pela(s) qual(is) semana após semana o Benfica renuncia - ou parece renunciar - à denúncia de casos passíveis de levar à aplicação de sanções disciplinares aos corruptos. O coice "na forma tentada" do Burro Alves ao noss Suazo é, parece-me, um excelente exemplo disso mesmo. Será que não há aqui matéria suficiente para por uns tempoos afastar dos relvados aquela cavalgadura?

 
At 2/11/2009 5:55 da tarde, Anonymous Anónimo said...

D'Arcy andas a (re)ler B.Vian? ou será o Vernon Sullivan? ;))

 
At 2/11/2009 7:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Boa questão Koelhone.
O que eu acho é que a introdução dos meios televisivos já se deu mas oficiosamente (é o meu ponto no post anterior)mas não regulamentarmente.
Prefiro a introdução regulamentar dos meios audiovisuais como auxiliares de decisão, do que excertos de jogos manipulados pela SportV como meio de condenação.

Por exemplo ontem quando te referiste ao facto de Sidney merecer o cartão por uma entrada sobre o Lucho, tambem podias referir uma outra entrada do Fucille sobre o Aimar (não juro que fosse o Aimar...)com um pontapé de bicicleta que lhe ia arrancando a cabeça...que tambem passou sem condenação.Mas como vis-te num resumo da Sportv aduziste na tua argumentação esse facto no "julgamento" do árbitro.
Assim começa a manipulação.

Penso, no entanto, que a introdução desses meios não é tão fácil como se imagina, não tanto pela sua utilização mas pela inevitabilidade de se exigir a quase infalibilidade por parte do árbitro.
No caso do rugby deparamo-nos com um desporto com regras diferentes, espirito diferente e uma cultura de respeito pelas decisões do arbitro e , já agora, uma cultura desportiva inteiramente diferente.
Penso no entanto que no futebol desde que introduzida de uma forma pedagógicamente correcta (e não da forma demagógica como o idiota do Rui (arrghhh) Santos faz crer)os ganhos na fiabilidade das decisões superam largamente os riscos.

 
At 2/12/2009 9:03 da manhã, Anonymous Anónimo said...

No miseravel jogo de ontem, um penalty que não existiu a favor de Portugal e um por marcar a favor dos Nokia.

O K.Ross sofreu a bom sofrer e depois acabou o jogo mais satisfeito. Eu pergunto, porquê?
Há algum merito em ganhar a uma equipa de telemoveis de 1º geração com um penalty inexistente?

A Suécia foi à Austria ganhar por 2-0, embora a Austria não seja uma selecção de Top, o grau de dificuldade é sempre um tanto superior ao do Nokia Team, e ainda por cima o jogo foi fora, e depois um dos golos foi tremendo.
Nós, e já não é de hoje, andamos sempre a fazer jogos contra equipas fraquíssimas sempre que fazemos um jogo particular (excepção feita a estes jogos com o Brasil)sempre com medo de perder e depois dizemos que é o adversario ideal porque se parece muito com o que vamos defrontar. Os Nokia parecidos com a Suecia, em quê? Ah! Tá bem são lá da região...é assim como dizer que Portugal é parecido com a Espanha, pois...

 
At 2/12/2009 9:41 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Não vi o jogo (a essa hora estava na Benfica TV), mas disseram-me no final que não jogámos nada e que o penálti tinha sido inventado.

Pode ser que eu esteja enganado, mas parece-me difícil que a classe jornalística em Portugal seja incapaz de ver que com o Queirósz não vamos a lado nenhum (a começar pela África do Sul). É impressionante a boa imprensa que este bluff consegue ter. Hoje olho para a capa d'A Bola, e o que lá vem é 'Classe que marca a diferença', com o Burgesso em grande plano. Classe? Agora marcar um penálti inventado é uma demonstração de classe?

Por mim pouco me importa. A 'selecção de todos eles' pouco ou nada me diz. E quanto menos jogadores do Benfica lá estiverem, melhor. Só de imaginar o trabalho que o Quique depois tem para recuperar aquilo que eles desaprendem com o Queirósz fico assustado. Deve ser pelo menos um mês para recuperar de três dias de 'ensinamentos' queiroszianos. O Quim, por exemplo, ainda não conseguiu recuperar.

 
At 2/12/2009 11:04 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Se forem jogar com a formação que jogou ontem contra os suecos, estão feitos.Mas como é que vão "rotinar" esta selecção para o jogo com a Suécia? E se não alinharem com esta formação para o que é que serviu o jogo treino, então?


A necessidade de salvaguardar a imagem levou a que se "queimassem" alguns jogadores como culpados do que aconteceu no Brasil, estratégia que contou com o apoio de alguns "xibos" como o Maniche, que em fim de carreira e de malas aviadas do Atl.Madrid "comprou" um lugarzinho na montra da selecção que lhe poderá valer um contratozito mais apetecível.

Perante o que ontem aconteceu parece-me que o K.Ross não tem a minima ideia do que fazer, voltará atrás ou continuará com experiências em jogos cruciais para o apuramento?
Eu não sei...e parece-me que ele tambem não...é a Selva .
É tudo um grande imbroglio.

 
At 2/12/2009 5:24 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Em homenagem ao Charles Darwin, quero aqui presentear o K.Ross como o maior símio do futebol português.
Ele é o elo perdido entre a Lucy e o homofutebolensis quadratus, espécie rara que se perdeu numa Selva perto da Africa do Sul.

 
At 2/12/2009 6:10 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Fazendo um ponto de situação da época até agora e perspectivando o futuro (não é assim que os pivots desportivos falam?) a médio prazo, acho que o Benfica se deve reforçar nas seguintes posições:

Doggystyle - Especialmente nos jogos em que as defesas contrarias não sobem muito e a alternativa é jogar nas costas do adversário.

BDSM - A equipa revela um comportamento muito debil quando tem que assumir o jogo, as técnicas evoluidas de dominação e submissão farão aumentar a olhos vistos a capacidade de liderança e de fortalecimento do caracter, nesse capítulo.

Obviamente que não se pode dispensar uma abordagem mais holistica, em especial a nova edição do Kamasutra que tem todas as posições devidamente explicitadas através de fotografias em relevo, e com acabamentos de luxo.


PS- D'Arcy sendo eu um apoiante do ZZ K. não podia deixar de dar voz a esta parte de mim , ultimamente adormecida, mas que talvez devido a estes tentadores raiozinhos de sol, quer sair de cá dentro como o Alien de dentro daquelas criaturas em que se aloja sempre que vê a Tenente Ripley.

Ai Manitu salva-me do Mal e da Tentação, grande Espírito!!

 
At 2/14/2009 7:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Hoje o Orelhas esteve bem, falou claro e disse aquilo que devia, ie, que tudo está na mesma, e que o futebol português não se limpa enquanto uns quantos não forem irradiados. Mas para isso é preciso coragem, coisa que em Portugal é um bem mais raro que o petróleo.

Só me lembro de um pequeno ser, oriundo de Gaia...

 

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