quinta-feira, janeiro 16, 2014

Resolvido

São jogos com esta qualidade que se calhar (também) ajudam a que a Taça da Liga seja uma competição que desperta pouco interesse. Do jogo desta noite, que não teve grande história, o melhor foram os dois bonitos golos que marcámos e a vitória por dois a zero, que nos garantiu desde já o primeiro lugar no grupo e consequente apuramento para as meias finais da competição.


O Benfica entrou em campo com uma equipa de segundas escolhas - nenhum dos jogadores do onze que defrontou o Porto foi titular hoje. Seria uma boa oportunidade para que alguns dos jogadores menos utilizados mostrassem serviço. Houve quem aproveitasse, mas houve também quem mostrasse a razão pela qual fica de fora das primeiras escolhas. À parte a curiosidade para ver jogar alguns desses jogadores em acção, o jogo teve pouco interesse. A superioridade do Benfica foi sempre indiscutível, mas o ritmo de jogo foi relativamente lento, e provavelmente o relvado pesado terá também contribuído para isso. A fase inicial de jogo foi particularmente má, com os nossos jogadores a fazerem uma quantidade inusitada de passes disparatados, muitos deles para terra de ninguém. Perto da meia hora aconteceu um dos momentos altos do jogo, que foi o golo do Djuricic. Livre do Rúben na posição central, enviando a bola para perto da linha de fundo onde apareceu o Jardel a cabeçear para trás na direcção do Djuricic, que controlou a bola no peito e rematou para o golo sem a deixar cair. Um pormenor de grande qualidade técnica num jogo pobre nesse particular. A segunda parte, durante a qual entraram Markovic, Lima e Rodrigo, fica apenas assinalada por mais um bonito golo, já quase a fechar o jogo, da autoria do Ivan Cavaleiro. A passe do Rúben (grande pormenor na jogada), tirou um adversário do caminho e fuzilou de pé esquerdo. Finalmente, depois de já ter estado tantas vezes tão perto, o Ivan marcou pela equipa principal. Podíamos ter marcado mais golos, mas tal não aconteceu não por desperdício de ocasiões de golo, mas mais por termos falhado no chamado último passe.


Para mim o melhor jogador do Benfica foi, de longe, o Rúben Amorim, que teve intervenção directa nos dois golos e foi um dos jogadores que esteve sempre a um ritmo mais elevado. Foi digno da braçadeira de capitão que envergou. Sílvio, Fejsa e Jardel também me pareceram bem, embora o sérvio falhe ou complique demasiado sempre que tenta construir jogo. Por falar em complicação, é talvez um aspecto a corrigir no Ivan Cavaleiro. Gostei do jogo que fez, mas continuo a achar que em várias jogadas peca por se agarrar demasiado à bola e não a soltar no momento certo. Apesar do bonito golo, esperava ver mais do Djuricic neste jogo. Teve um ou outro pormenor de qualidade, mas no geral pareceu-me desmotivado e alheado do jogo - bastou ver a forma como (não) festejou o golo, e calculo que até tenha sido por isso que o Rúben foi falar com ele nesse momento. Outro jogador que parece ter um problema de empenho é o Ola John. Dá pena ver tanto talento desperdiçado por falta de vontade em correr. Pelo contrário, o Funes Mori é um jogador que trabalha bastante e não vira a cara à luta, mas reforcei a opinião de que é tecnicamente limitado. E fiquei surpreendido pela negativa com a exibição do Steven Vitória, porque o que eu vi dele o ano passado no Estoril e até este ano pela equipa B faz-me esperar mais e melhor. O regressado Artur teve uma falha que poderia ter sido comprometedora, mas recompôs-se e esteve bem durante o resto do jogo.

Foi bom termos ficado já com o tema do apuramento resolvido. Assim podemos encarar a recepção ao Gil Vicente na última jornada com total tranquilidade, e resta-nos ficar à espera para saber qual a desagradável visita que teremos que fazer no jogo da meia-final.

2 Comments:

At 1/16/2014 7:25 da tarde, Blogger joão carlos said...

O post mais uma vez muito fiel aquilo que foi o jogo.


Mudamos de relvado mas por incrível que pareça menos de um mês depois e com apenas dois jogos realizados o relvado esta quase no mesmo estado que o anterior muito preocupante a situação já no ano passado se verificou o mesmo mas com a desculpa da intensa utilização por culpa da equipa b mas este ano nem isso existe.
Fica sempre difícil criticar uma estratégia que deu resultados mas a ultima substituição foi demasiado arriscada com o relvado naquele estado e o resultado incerto a melhor opção era sem margem para duvida o reforço do meio campo, até porque deste modo permitia minutos a quem não os tem, valeu por um lado o tempo ter dado umas tréguas e por outro eles não terem tido a capacidade para fazerem um jogo directo e assim partirem o jogo.
Este treinador sempre foi, é, sempre será um elefante numa loja de porcelanas e as suas declarações são a prova disso mas isso impede-o de tirar partido de determinados jogadores que não vão lá com berros e puxões de orelhas com uns resultam com outros não, depois temos jogadores, e não é só um ou dois, que parecem alheados do jogo sem garra parece que estão a fazer um frete e que não querem estar ali, quando no fundo o que lhes falta é motivação e quem acredite no seu valor coisa que este treinador é incapaz de fazer a certos jogadores.

 
At 1/18/2014 2:48 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Não me parece que se possa dizer que o relvado está na mesma. O relvado anterior tinha peladas. Havia várias zonas, em especial dentro das áreas, em que quase não havia relva. O novo relvado tem o problema natural de ainda não ter assentado, porque não tem parado de chover. O problema é que por isso está bastante pesado, e a relva levanta facilmente.

 

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