segunda-feira, abril 21, 2014

Campeões

Não vale muito a pena estar a escrever uma crónica extensa para este jogo. Ganhámo-lo, como se esperava e exigia que o fizéssemos, e garantimos a conquista do título. O único ponto negativo no jogo e na festa foi a lesão do Salvio, que partiu o braço e ao que tudo indica terá terminado a época mais cedo.

O Benfica entrou rápido e decidido a resolver cedo a questão, mas o acerto na hora de finalizar foi pouco, e durante os primeiros minutos de jogo desperdiçámos oportunidades flagrantes suficientes para poder fazer de todo o jogo um imenso e ininterrupto festejo - as oportunidades falhadas pelo Rodrigo (acertou mal na bola) e pelo Lima (atirou por cima com a baliza escancarada) foram particularmente escandalosas. Com o acumular de oportunidades falhadas pareceu-me que algum nervosismo se instalou na equipa, o que eu não esperava que acontecesse - e um exemplo disso foi uma ocasião flagrante (a única durante todo o jogo) de golo do Olhanense, nascida de um mau controlo de bola do Garay. O domínio do jogo por parte do Benfica foi quase total perante um Olhanense quase só preocupado em defender, mas a má finalização determinou que saíssemos para intervalo ainda com o nulo no marcador. 

Na segunda parte nada mudou, e o desacerto na finalização continuava - mais um remate disparatado do Lima por cima quando parecia ter tudo para marcar foi disso exemplo. Mas depois de tanto falhanço, acabou por ser mesmo o Lima a tornar-se no herói do jogo, quando apareceu no sítio certo para fazer a recarga de uma defesa incompleta do guarda-redes a um primeiro remate do Gaitán e inaugurar o marcador. Foi aos cinquenta e sete minutos, e dois minutos depois arrumou de vez o assunto, correndo meio campo com a bola para depois rematar por entre as pernas do guarda-redes, com a bola a viajar muito devagarinho até ultrapassar a linha. Estava tudo resolvido, o Olhanense nada ameaçou, e o tempo até final decorreu em ambiente de festa antecipada, que poderia até ter ficado mais abrilhantada com alguns golos, pois continuámos a desperdiçar ocasiões soberanas para marcar (Rodrigo e Lima, em particular) e ficou um penálti claro sobre o Rodrigo por marcar.

O Lima foi o homem do jogo pelos dois golos que marcou, mas podia ter marcado pelo menos outros tantos. O Salvio estava a ser dos melhores na primeira parte, o Enzo fez aquilo que costuma fazer, e achei que houve muito menos Gaitán do que costuma ser habitual. A entrada do Markovic foi importante.

Somos outra vez campeões nacionais, e com toda a justiça. Somos a melhor equipa, temos o ataque mais concretizador, a defesa menos batida, temos o nosso maior adversário e ex-tricampeão a quinze pontos, e a equipa que nos deu mais luta a sete, mesmo tendo esta há muito tempo que jogar apenas uma vez por semana, e menos dezasseis jogos (são vinte e quatro horas de futebol) nas pernas - e quando os defrontámos vulgarizámo-los de uma forma brutalmente evidente. Hoje festejamos este título, amanhã é tempo de nos concentrarmos já no que ainda há para ganhar. Devemos sentir orgulho nesta conquista, mas não podemos pensar que o trabalho acabou. O Benfica tem que manter o lugar de hegemonia do futebol português que lhe pertence, e para isso é fundamental continuarmos a ganhar, não repetindo os erros de 2010/11.

1 Comments:

At 4/21/2014 7:42 da tarde, Blogger joão carlos said...

A cronica está mais uma vez fiel ao que foi o jogo.


Desta vez esperava mais alterações na equipa e voltamos a cometer o erro do ano passado depois de um jogo muito desgastante física e emocionalmente impunha-se mais alterações valeu que a margem este ano dava mais tranquilidade e que o adversário não era tão forte é verdade que dado às lesões e castigos estávamos condicionados nalgumas posições mas isso era mais uma razão para alterar-mos naquelas em que tínhamos mais alternativas para refrescar a equipa e compensar os outros e reflexo disso acabou por serem aqueles que vinham a ser os nosso melhores e mais decisivos jogadores nos últimos jogos que claramente estiveram uns furos abaixo do normal.
Este jogo dada a previsível estratégia do autocarro por parte do adversário pedia um avançado com presença na área, ainda por cima fruto do jogo anterior esse avançado estava fresco, e não tanto avançados moveis para mais um deles teve o jogo anterior desgastante e isso viu-se neste jogo e a prova do que estou a dizer é que num jogo com tanto volume atacante ambos os golos foram obtidos de lances de contra ataque são por vezes estas opções que não se percebem mesmo que tenham resultado.
Mais um jogo com uma lesão e que somos obrigados a queimar uma substituição nos últimos tempos são incontáveis as vezes que tal acontece e são umas atrás das outras com a consequente sobrecarga sobre os restantes jogadores mas desta vez a infelicidade é tremenda não só porque é menos uma opção como neste momento era um jogador que estava pertíssimo da sua melhor forma e muito mais fresco do que o resto da equipa isto para não falar que um jogador que esteve tanto tempo afastado por grave lesão não merecia novamente outra.

 

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