segunda-feira, abril 14, 2014

Quase

Mais uma importante vitória a caminho do título, num jogo que dominámos do primeiro ao último minuto. A nossa exibição foi no entanto em crescendo: não entrámos bem, fizemos uma primeira parte aquém das expectativas, mas depois fomos melhorando, conseguindo uma segunda parte bastante melhor em que até poderíamos ter construído um resultado mais dilatado, pois o guarda-redes do Arouca foi um dos melhores em campo.


Duas ausências com alguma surpresa no onze inicial: o Luisão e o Fejsa. Para os seus lugares foram chamados o Jardel e o André Almeida. Perante uma autêntica Luz em miniatura, já que a onda vermelha lotou as bancadas do Municipal de Aveiro, o início do jogo não foi particularmente promissor. O Arouca apresentou-se conforme lhe competia, bem fechado atrás, com os jogadores muito juntos e organizados em frente à sua área e a procurar manter o nulo. O Benfica, ao contrário do que tem acontecido nos últimos jogos, pareceu entrar a jogar com demasiada lentidão. O Rodrigo ainda fez uma primeira ameaça logo nos primeiros minutos, num remate que obrigou o Cássio a uma defesa um pouco mais apertada, mas fomos anormalmente inofensivos durante a maior parte do tempo. Não sei se foi do calor, se do cansaço de alguns jogadores, ou algum excesso de confiança, mas a verdade é que a equipa pareceu-me demasiado estática durante a primeira parte. Até a relva parecia estar demasiado grande e não colaborar, pois a bola não rolava com muita velocidade. O jogo foi sendo animado por algumas iniciativas individuais, mas situações de verdadeiro perigo foram muito poucas. Houve um remate cruzado do Maxi, que não passou muito longe, e já na fase final da primeira parte houve a primeira grande oportunidade de golo para o Benfica (e em dose dupla). Primeiro foi o lima a aproveitar uma má intervenção de um adversário dentro da área para, completamente sozinho, rematar e ver o Cássio defender por instinto; a bola sobrou então para o Rodrigo, que fez a recarga para fora. Mas pouco depois foi a nossa vez de passar por um grande susto, quando o Oblak teve uma má saída até ao limite da área e não conseguiu afastar uma bola que tinha sido despejada para lá. A bola sobrou para um adversário, que em balão a encaminhou para a baliza, valendo-nos uma intervenção no limite do Maxi, que conseguiu afastá-la quase em cima da linha. Quando já se jogava o período de dois minutos de compensação, e parecia que o nulo ao intervalo era uma inevitabilidade, aconteceu o nosso golo. Foi mesmo na última jogada da primeira parte (faltavam quatro segundos para acabar) que o Lima fugiu pela direita, e uma intervenção desastrada de um defesa do Arouca na zona do segundo poste deixou a bola à frente do Rodrigo, que só teve que a empurrar para a baliza.


Depois daquela primeira parte, temi que na segunda o Benfica aproveitasse a vantagem no marcador para baixar ainda mais o ritmo, gerindo o resultado, mas felizmente não foi isso que aconteceu. Ao contrário do que tem sido mais habitual, o Benfica entrou com vontade de ampliar o resultado e conquistar maior tranquilidade no jogo, o que nem demorou muito a conseguir.  Com dez minutos decorridos o Markovic agarrou na bola e arrancou com ela pelo meio, ultrapassando adversários até à entrada da área, onde a deixou para o Gaitán. Depois o argentino limitou-se a picá-la com classe à saída do guarda-redes. No minuto seguinte, quase a repetição do cenário, pois o Makovic voltou a levar a bola até à área e a deixá-la nos pés do Gaitán, em posição privilegiada para marcar, mas desta vez o Cássio conseguiu evitar o golo. Com os dois golos de vantagem o Benfica continuou a controlar perfeitamente o jogo, embora num ritmo mais pausado, mas sem deixar de espreitar a oportunidade de ampliar a vantagem. O momento de maior preocupação foi o da lesão do Oblak, que depois de um choque violento com um adversário perdeu os sentidos e teve que ser substituído - pelos vistos teve mesmo um traumatismo craniano. Depois da lesão do Sílvio, esperemos que não tenhamos agora nova lesão grave num momento tão decisivo da época. Quanto ao jogo, tudo na mesma, com o Benfica a controlar e o Cássio a teimar em negar-nos o terceiro golo. Com mais uma boa defesa, voltou a evitar que o Gaitán marcasse o seu segundo golo, depois de um remate colocado. O jogo caminhou tranquilamente para o final, já com o Cardozo e o Salvio em campo (troca com o Rodrigo e o Markovic), com mais uma defesa enorme do Cássio a tirar-nos o terceiro golo, desta vez a remate do Lima, terminando com o estádio num clima de enorme festa feita pelos nossos adeptos.


Melhor em campo, para mim, mais uma vez o Gaitán. Já nem vale muito a pena estar a elogiar o momento de forma que atravessa - esta é sem dúvida a melhor época que faz desde que está no Benfica. O Jardel e o André Almeida cumpriram os seus papéis, como tem sido norma para qualquer jogador que é chamado a substituir um dos titulares mais habituais. Bom jogo do Siqueira, Enzo e Markovic.

E agora está mesmo quase, porque faltam apenas mais dois pontos. Dependemos só de nós para fazer a festa no dia de Páscoa, e se a nossa equipa mantiver a atitude e concentração, só muito dificilmente isso não acontecerá. Antes disso teremos porém um jogo difícil contra o Porto, para decidir o acesso à final da Taça de Portugal. Temos mais do que capacidade para ultrapassar este adversário e tentar conquistar mais um troféu esta época. Só teremos que ter cuidado com a 'atitude competitiva' do nosso adversário. É que a julgar pelo exemplo do primeiro jogo, ainda nos arriscamos a perder mais alguns jogadores para a fase decisiva da época.

1 Comments:

At 4/14/2014 5:58 da tarde, Blogger joão carlos said...

O post mais uma vez é de uma grande fidelidade ao que se passou em campo.


Numa fase em que já se começa a denotar algum desgaste nas unidades mais utilizadas e onde a ansiedade tira alguma fluidez ao jogo é da maior importância as bolas paradas que podem decidir ou desbloquear um jogo e neste na primeira parte onde as coisas não estavam a correr como se desejava a quantidade de cantos e livres que dispusemos foram em grande numero mas tal como no inicio da época em nenhuma delas conseguimos sequer criar perigo seria importantíssimo voltarmos a ter alguma eficácia nesse lances se não for possível ter a tremenda eficácia de à um mês atrás pelo menos ter alguma porque tantas hipóteses não se podem desperdiçar assim.
Como já vinha a avisar os centrais precisam de descansar e como não o fizemos quando o poderíamos ter feito fomos agora obrigados a faze-lo mas levar as situações até ao limite não é bom porque corremos o risco de uma lesão mais grave alem de que não podemos escolher o momento que mais nos convêm para fazermos descansar os jogadores era perfeitamente evitável levarmos os jogadores ao limite.
Não percebi a ultima substituição é verdade que mais uma vez devido a lesão ficamos sem uma substituição que muita falta nos fez mas tendo em conta o próximo jogo existiam dois ou três jogadores que dada a sua condição física no jogo e o desgaste acumulado não só na época como nestes últimos tempos varia mais sentido a sua substituição do que o jogador que saiu sinceramente por vezes não percebo estas opções.

 

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