domingo, maio 04, 2014

Descompressão

Num jogo em que houve mais festa do que futebol, um Benfica em clara descompressão fez um jogo fraquinho e acabou por empatar com um Setúbal que, por algum motivo que desconheço, meteu na cabeça que um empate esta tarde na Luz valia ouro.


Foi com uma equipa obviamente bastante diferente da habitual que o Benfica entrou em campo - apenas três dos habituais titulares de início (Maxi, Luisão e Siqueira) e oportunidade para o Paulo Lopes ser também efectivamente campeão nacional. Foi uma opção lógica e que eu esperava e espero aliás que se repita na próxima jornada, tendo em conta as três finais que temos por disputar. Sobre o jogo propriamente dito na primeira parte, pouco há a dizer. O Benfica foi demasiado lento e até apático, criou poucas ocasiões de golo, e acho que o Setúbal até deve ter rematado mais vezes. As poucas tentativas de dar algum safanão eram feitas sobretudo pelo André Gomes, acompanhado pelo Maxi e o Salvio na direita, mas era difícil causar muito perigo quando o ataque do Benfica praticamente não existia. Quer o Cardozo, quer o Djuricic estiveram demasiado estáticos, raramente criando uma linha de passe para os colegas, e na maior parte das vezes estragando até as jogadas sempre que a bola lhes chegava aos pés. O jogo foi-se arrastando sonolentamente até ao intervalo, com o mais que justificado nulo no marcador.



Voltámos do intervalo um pouco mais espevitados - a troca do Djuricic pelo Lima também ajudou a isso - e pela primeira vez no jogo vimos o Benfica a carregar claramente sobre a baliza adversária. Esta pressão exercida na reentrada acabou por resultar em golo, quando se completava o primeiro quarto de hora, numa tabela entre o André Gomes e o Cardozo (provavelmente a única contribuição positiva que conseguiu fazer em todo o jogo) que deixou o primeiro entrar na área para depois marcar num remate de pé esquerdo. O Setúbal respondeu ao golo com uma ocasião em que levou a bola, depois de defendida pelo Paulo Lopes, a tocar ainda na barra da nossa baliza, e o Benfica teve uma ocasião soberana para fazer o segundo, em que o Enzo (tinha entrado entretanto para o lugar do Siqueira) falhou o alvo depois de isolado pelo Lima. A um quarto de hora do final o Setúbal empatou, através de um penálti (claro) cometido pelo Maxi, e a partir daqui o Benfica, num assomo de brio, tentou carregar na procura do golo da vitória. Mas apesar da vontade, faltou algum jeito para procurar esse golo, até porque do outro lado o Setúbal parecia estranhamente convencido de que este empate era valiosíssimo, e dedicou-se a queimar o máximo de tempo que podia até final. Já mesmo a acabar tivemos a melhor oportunidade para voltar a marcar, mas o remate do Lima foi cortado em cima da linha de golo por um defesa adversário.



Os jogadores que me agradaram mais foram o André Gomes, Siqueira e Salvio. O Maxi também, mas fica com a exibição manchada pelo penálti cometido, que deu o empate ao adversário. No extremo oposto, o Cardozo e o Djuricic estiveram francamente desinspirados.

Não foi a despedida ideal dos adeptos em casa, mas a poupança de esforços e jogadores era completamente justificada. Temos três finais para disputar, e obviamente que desejo poder ganhá-las todas. Incluindo a da Taça da Liga, que é já o jogo que se segue. Um troféu é sempre um troféu, e o Benfica é um dos clubes que mais tem valorizado esta competição.

1 Comments:

At 5/05/2014 6:01 da tarde, Blogger joão carlos said...

O post é muito fiel ao que se passou no jogo.


Eu até acho que as poupanças poderiam ter sido mais, não tanto como algum defendiam que poderiam jogar vários da b e até juniores o que eu acho um completo exagero não só porque não faz sentido como eles ainda estão em competição, e dadas as lesões e castigos pelo menos poderíamos ter chamado um jogador da b e com isso fazer descansar o nosso defesa esquerdo é verdade que ainda o fizemos com a segunda substituição mas poderíamos ter feito mais.
Sinceramente não percebi porque arriscamos tanto na terceira substituição fazer entrar um jogador que acabou de vir de uma lesão muscular e que no jogo anterior já tinha saído por fadiga não faz sentido não só porque naquela altura a equipa até estava em vantagem e não se colocava a necessidade de ir atrás do resultado, como por exemplo foi o caso da primeira em que o risco se percebe, mas porque no banco existia uma solução para aquela posição sem termos que arriscar e com o jogador a precisar de minutos tendo em conta os impedidos para os jogos que ai vem.
Este terá sido o pior jogo do nosso ponta de lança nos últimos tempos contrariamente a opinião de alguns ele nos últimos jogos em que foi titular embora com pouco jogo, muito fruto da qualidade dos adversários e das condicionantes do jogo, até tem estado bem trabalhando muito fazendo um desgaste enorme nas defesas permitindo depois que jogadores vindos do banco mais frescos e em forma marquem, neste jogo ele por ter estado muito precipitado e querer fazer tudo bem, sobretudo marcar, fez quase tudo mal mostrou muita ansiedade que resulta de não marcar mas não podemos esquecer que ele não teve pré-época e esteve parado três meses numa fase importante da época e a sua boa forma está-nos a fazer muita falta.

 

Enviar um comentário

<< Home