quinta-feira, fevereiro 12, 2015

Fácil

Jogo que começou mal mas que acabou por se tornar demasiado fácil para o Benfica, que assim garantiu a passagem à sexta final da Taça da Liga em oito edições.


O Benfica apresentou um onze com várias alterações em relação ao do último jogo: Sílvio, Lisandro, Cristante, Pizzi, Gonçalo Guedes, Talisca e Derley foram titulares esta noite, mantendo-se no onze apenas Artur, Jardel, Eliseu e Ola John. O Setúbal entrou de rompante no jogo e esteve muito perto de marcar logo nos minutos iniciais, com o Benfica a ser salvo por um corte quase milagroso do Lisandro. Só a partir dos dez minutos é que me pareceu que o Benfica conseguiu assentar um pouco o seu jogo, mas mesmo depois disso jogámos sempre numa toada algo lenta e devido a isso não foi fácil ultrapassar a organização defensiva do Setúbal, que quando perdia a bola acumulava vários jogadores em frente à sua área. Só a cinco minutos do intervalo é que as coisas se começaram a facilitar, com um penálti cometido sobre o Gonçalo Guedes que custou a expulsão ao jogador do Setúbal, já que o nosso jogador estava em posição privilegiada para marcar. O Talisca converteu no primeiro golo e, quatro minutos depois, esteve na origem do segundo, já que depois de uma perda de bola infantil da defesa do Setúbal foi sobre ele que novo penálti foi cometido. Desta vez foi o Pizzi a convertê-lo, o que levou a equipa para intervalo a vencer por dois e com mais um jogador em campo.


Não se esperava por isso uma segunda parte particularmente emotiva ou problemática para o Benfica, e foi o que aconteceu. A exibição do jovem Gonçalo Guedes estava a ser um motivo de interesse e ele até esteve perto de marcar um grande golo, mas o remate desferido de bastante longe embateu com estrondo na barra. Pouco depois foi substituído pelo Salvio. O Setúbal não conseguiu fazer qualquer tipo de oposição e a segunda parte foi por isso jogada quase por inteiro em metade do campo, com a bola a rondar muito a área mas houve pouco acerto da nossa equipa, que desperdiçou várias jogadas em que poderia e deveria ter feito melhor. Mas o jogo continuou a ser disputado a um ritmo pouco intenso e por vezes foi até monótono de assistir - não sei se me recordo de estar num estádio a assistir a outro jogo durante o qual tenha bocejado tanto. Ainda acertámos mais uma vez a bola nos ferros da baliza adversária, desta vez pelo Salvio, e só mesmo o inevitável Jonas (tinha entrado para o lugar do Cristante ao intervalo) acabou por fazer o gosto ao pé, após jogada de entendimento que envolveu o Ola John e o Derley. É de assinalar também o momento do regresso aos relvados do Rúben Amorim, que pode ser um importante reforço para estes últimos meses da época.


Gostei do Lisandro. Já disse antes que tenho pena que ele pareça render mais a jogar na posição do Luisão, porque assim tem a presença no onze muito mais dificultada. O Gonçalo Guedes teve bons pormenores e é bom vê-lo ir ganhando experiência. Também fiquei agradado com a exibição do Pizzi.

Passagem à final sem grande esforço ou sobressaltos era o que eu esperava. Expectativas cumpridas. Agora é preparar novo jogo contra este mesmo adversário no domingo.

1 Comments:

At 2/12/2015 10:48 da tarde, Blogger joão carlos said...

A crónica mais uma vez fiel aquilo que se passou em campo.


Como é possível que neste período de seis anos em apenas dois deles tivesse-mos a posição de defesa esquerdo resolvida mais uma vez temos muitas debilidades ali e são tão evidentes que os nossos adversários atacam-nas em força foi por mais evidente a insistência do adversário em atacar por aquele lado declaradamente acaba por dar frutos e foi por muito pouco que não fomos penalizados por isso é verdade que com tanta alteração e com tanta gente com poucas rotinas e ritmo permitiu um começo mau que permitiu isso mas os problemas aconteceram não do lado de jogadores sem ritmo, que até era compreensível, mas de um jogador que é titular indiscutível e apesar de existir muita gente sem ritmo eles deliberadamente decidiram ainda assim atacar pelo lado de alguém que não tinha esse problema o que é esclarecedor.
A primeira substituição de tirar um médio defensivo por um atacante quando temos mais um em campo não oferece qualquer duvida mas quando quem sai precisa de minutos para evoluir e quando o resultado a isso não obriga fazer entrar um titular indiscutível que poderia ter num lance fortuito ter uma lesão, e o que não faltam é exemplo disso nos últimos temos, é um risco desnecessário e sem sentido mas pior foi a segunda substituição não só pelas mesmas razões de quem entra mas sobretudo de quem saiu que precisa de jogar para evoluir ainda para mais quando as coisas lhe estavam a sair bem e que até poderia marcar eu até percebia se o jogador estivesse já em declínio físico, o que de todo ainda não era o caso, até que sai-se mais cedo para os aplausos sem duvida mas para isso não era preciso sair tão cedo existem coisas que sinceramente não fazem sentido.
Temos um jogador que se lesionou em fins de Agosto com uma previsão de retorno de oito meses felizmente mês e meio a dois meses regressa o que é sempre de louvar agora o que nos temos de interrogar, mesmo levando em atenção que o problema é o mesmo mas que são pessoas diferentes que dão respostas diferente ao mesmo problema, é como é que um jogador que se lesiona em Abril só é operado em Junho tem a mesma previsão de retorno, os oito meses, e já passados esses oito meses continua sem sequer se vislumbrar retorno é que já nos bastou o caso do mantorras e todos desejamos que se tenha aprendido com os erros ai cometidos e que não se voltem a comete-los é o que se espera.

 

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