sexta-feira, fevereiro 22, 2019

Controlo

Um jogo marcado pelo controlo quase absoluto do mesmo da parte do Benfica, que geriu confortavelmente a vantagem trazida da primeira mão. A exibição pode não ter sido das mais exuberantes, mas foi claramente suficiente para ganhar este jogo, por isso apesar do nulo final nos servir perfeitamente até acaba por saber a pouco.


Desta vez não houve tantas alterações no onze em relação ao último jogo, pois foram apenas três: entradas do Florentino, Gedson e Cervi para os lugares do Samaris, Gabriel e Rafa. Conforme escrevi, a palavra chave deste jogo é controlo. Em momento algum este jogo e muito menos a eliminatória pareceu estar em causa. O Benfica teve uma entrada forte no jogo, o Benfica tentou fazer o seu jogo habitual, com pressão alta sobre o adversário mas sem a presença do Gabriel vimos bastantes menos lançamentos longos para as faixas nas costas da defesa adversária. Depois de uma primeira fase mais acelerada foi o próprio Galatasaray que contribuiu para reduzir a ritmo de jogo, parecendo até que não eram eles quem precisava de marcar dois golos. Para a segunda parte, o Benfica regressou decidido a marcar e esteve completamente por cima no jogo, construindo oportunidades suficientes para justificar a vitória, mas o desacerto na finalização foi sempre uma constante ao longo de todo o jogo. O Galatasaray esteve sempre completamente manietado e raramente conseguiu criar ocasiões de perigo ou sequer chegar muito perto da nossa baliza. A única grande ocasião que criaram resultou num golo anulado, e isso foi a cinco minutos do final do jogo. Chegámos mesmo a ver os turcos a adoptar tácticas mais comuns a equipas de menores recursos, aproveitando livres ainda dentro do seu meio campo para despejar a bola para perto da área, porque de outra forma quase não conseguiam fazer a bola lá chegar. A defender a nossa equipa esteve quase exemplar.

Mais um bom jogo dos miúdos Ferro e Florentino. Neste momento creio que ninguém terá ainda desconfiança neles por causa de alguma inexperiência, e são simplesmente mais duas opções muito válidas para o onze titular. O Grimaldo também fez um bom jogo, ainda que menos interventivo no ataque do que lhe é habitual (faltaram aqueles lançamentos longos do Gabriel). O Seferovic chegou ao final do jogo absolutamente esgotado, e acho que praticamente se arrastou em campo durante os vinte minutos finais.

Missão cumprida e passagem carimbada. Era o que se exigia. Apesar de um onze com vários miúdos (e sete portugueses) a nossa equipa geriu o resultado e a eliminatória como se tivesse imensa experiência em competições europeias. E ao contrário de um passado recente, em que 'gerir' significava cerrar fileiras atrás e entregar a iniciativa ao adversário, a gestão hoje passou sempre por procurar o golo e assim manter o adversário em sentido. Como deve ser.

1 Comments:

At 2/22/2019 6:48 da tarde, Blogger joão carlos said...

O post é um espelho daquilo que se passou em campo.


Não é o facto de ter feito um jogo menos conseguido que incomodou, até porque não foi necessário mais nem a exibição deles exigiu mais de nós, nem o resultado que também não foi preciso mais e eles nem sequer pareceram sequer tentar mais exceptuando os últimos quinze minutos, após as substituições, é que tentaram atacar o que incomoda mais foi termos ficado em branco sobretudo porque tivemos oportunidades mais do que suficientes, e claras, para tal não acontecer e que não podemos falhar sobretudo nas competições europeias.
Desta vez não pareceu tanto que a equipa tenha tido alguma quebra nos últimos instantes do jogo, pareceu mais que eles é que só decidiram arriscar nessa altura, mas se calhar foi precisamente por uma analise do que tem acontecido em vários jogos nossos e que eles tenham tentado aproveitar aquilo que tem sido uma debilidade nossa e convêm corrigir estas coisa porque não somos só nós que sabemos avaliar os adversários os outros também o sabem fazer.
Mais uma vez faltou rotação no ataque, os outros sectores até vão tendo rotação mas o ataque sobretudo o ponta de lança não, e isso acabou por ter reflexo um ataque menos dinâmico e sobretudo a isso se deve muito o facto de termos falhado muito na finalização, com a agravante de termos ficado em branco, e se serve de desculpa termos poucas alternativas validas para rodar no ataque a verdade que temos de utilizar todas as que temos, mesmo poucas, e ou rapidamente começamos a fazer rotação no ataque ou o desgaste vai continuar, e cada vez pior, e com isso vamos passar dificuldades na finalização.

 

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