quinta-feira, dezembro 19, 2019

Justíssima

Uma vitória difícil mas justíssima permitiu ao Benfica deixar o Braga pelo caminho e assegurar o apuramento para os quartos de final da Taça de Portugal. Isto apesar de uma arbitragem simplesmente deplorável (mais uma) de Artur Soares Dias, auxiliado por Carlos Xistra no VAR. 

Já não há grandes surpresas, e o Benfica voltou a apresentar a equipa dos últimos jogos havendo apenas a rotatividade na baliza, onde o Zlobin rendeu o Vlachodimos. Apesar de já termos derrotado confortavelmente o Braga para a liga, antecipava uma noite complicada frente a este adversário. Na Luz certamente que poderiam utilizar a fórmula que tão bons resultados tem dado na Liga Europa. E as coisas até começaram a complicar-se para nós, quando logo aos catorze minutos de jogo o Braga se apanhou em vantagem praticamente na primeira vez que chegou à nossa baliza. Um bom cruzamento da direita teve uma abordagem menos feliz do Ferro, que acabou por desviar a bola para a própria baliza. Afortunadamente, a reacção do Benfica foi boa e nem deu para ficar preocupado muito tempo: apenas quatro minutos depois já o habitual Pizzi se encarregava de fazer a igualdade. Depois de receber a bola do Vinícius à entrada da área, um óptimo trabalho num curtíssimo espaço e rodeado de vários adversários culminou num remate cruzado e rasteiro que fez a bola entrar bem juntinho ao poste. O Benfica tinha a clara iniciativa de jogo, enquanto que o Braga se fechava bem atrás e ia manetendo a nossa equipa em sentido com tentativas de saída para o ataque. A ajudar a tarefa do Braga o facto do Artur Soares Dias lhes permitir toda a margem de manobra para usar e abusar da agressividade no ataque à bola. Qualquer possibilidade de falta nas imediações da sua área era olimpicamente ignorada - ou então, como chegou a acontecer, era marcada falta ao nosso jogador que recebia a pancada. Este suposto 'melhor árbitro português da actualidade' é um dos meus ódios de estimação, mas creio que hoje teve das actuações mais descaradamente parciais que lhe vi fazer. O Benfica esteve sempre por cima e mais perto de chegar ao segundo golo, sobretudo quando insistia pela direita, mas foram várias as vezes em que depois de ganha a posição o centro acabava invariavelmente por ser interceptado por um defesa. A melhor ocasião foi do Chiquinho, que depois de uma bonita jogada de trocas sucessivas de bola pela zona central ficou isolado e acabou por acertar no poste.

Na segunda parte, e a exemplo do que tem acontecido quase sempre nos últimos jogos, uma entrada muito forte do Benfica, que caiu completamente em cima do Braga e remeteu o adversário completamente para o seu meio campo. Logo nos primeiros minutos houve um lance de possível penálti por corte com o braço de um defesa bracarense, mas com o Soares Dias no campo e o Xistra nos bastidores nem sequer alimentei qualquer tipo de esperança. O golo acabou por surgir, inevitavelmente, aos sessenta e dois minutos. E pelo outro suspeito do costume, Vinícius. Passe do Taarabt a solicitar a corrida do Vinícius, que levou a bola quase até à linha de fundo do lado esquerdo e acabou por rematar daí (tenho até dúvidas se não terá sido uma tentativa de passe) sem muita força, mas de alguma forma o guarda-redes do Braga foi incapaz de parar a bola e esta rolou muito devagarinho até ultrapassar mesmo a linha de golo. E se escrevo que o golo era inevitável é porque o Braga até então não tinha feito um único lance de ataque na segunda parte. Não é uma força de expressão, tenho até dificuldades em lembrar-me se o Zlobin chegou a tocar na bola. Obtida a vantagem, o Benfica abrandou claramente o ritmo, o que permitiu ao Braga voltar a ter bola no nosso meio campo. Mas o Braga nunca conseguiu ser uma equipa especialmente incómoda, e os lances mais perigosos que conseguiu foram um golo que foi anulado por clara posição irregular (estranhamente o VAR conseguiu demorar imenso tempo a avaliar uma situação tão clara - presumo que estivesse a esforçar-se por encontrar algum frame que lhe permitisse validar o golo) e um remate à entrada da área que passou por cima da baliza. Já o Benfica, sobretudo nos minutos finais, dispôs de diversas ocasiões para sentenciar o jogo. Mas o Pizzi, o Chiquinho e sobretudo o recém entrado Seferovic estiveram francamente desinspirados na finalização e desperdiçaram todas as situações.

Mais uma vez destaques para o Pizzi, Vinícius, Taarabt e até Gabriel, embora este último tenha perdido demasiadas bolas em especial durante a primeira parte. E mais um jogo muito confiante do Tomás Tavares - começa a parecer que o regresso ao onze titular do André Almeida quando estiver recuperado da lesão não será uma coisa tão clara assim.

A encomenda pareceu-me estar feita para este jogo, mas o estafeta vindo do Porto não conseguiu fazer a entrega. O Benfica foi superior ao Braga e venceu com inteiro merecimento. Nem a arbitragem parcial, nem a infelicidade do autogolo madrugador que nos colocou em desvantagem conseguiram afectar a nossa equipa. Estamos a atravessar o melhor momento da época.

1 Comments:

At 12/19/2019 7:03 da tarde, Blogger joão carlos said...

A analise esta um espelho daquilo que se passou em campo.


Sinceramente continuo sem perceber estas trocas de guarda redes quando não se troca mais ninguém na equipa e eu até percebia que se tivesse feito uma ou outra alteração quer por motivos físicos, e ficou visto durante o jogo que até nem seria descabido, ou por uma questão estratégica tendo em conta o adversário, coisa que a alteração do guarda redes não era nem uma nem outra, pior quando a diferença entre o guarda redes titular e o que jogou é muito maior do que a diferença entre o titular e o respectivo suplente em qualquer outra posição de campo.
Desta vez perante o recuo da equipa, muito por questões físicas, já não existiu o erro de não refrescar, até reforçou, o meio campo e não foi por isso que a equipa recuou mais, alias até pelo contrario nos últimos momentos até a equipa conseguiu subir mais ao meio campo adversário do que em períodos imediatamente antes das substituições, depois só não se percebe aquela coisa de guardar a ultima para queimar tempo e depois guarda tanto que nem isso faz é que nem refresca a equipa nem queima tempo.
Com três pontas de lança disponíveis não se percebe a insistência num, mesmo que agora a suplente, que tem tão clamorosas falhas técnicas é que só defender não chega principalmente para aquela posição é que não são só as falhas são os lances que ele ainda estraga aos outros e ou o treinador deixa de insistir para já no jogador, alias como felizmente deixou de insistir para titular, ou vamos passar por dificuldades.

 

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