quinta-feira, janeiro 03, 2013

Fácil

Noite tranquila para o Benfica, que carimbou a passagem aos quartos-de-final da Taça de Portugal com uma goleada num jogo que cedo soube tornar muito fácil.


Nem vale a pena estar a escrever muito sobre um jogo cuja história praticamente se resume à meia dúzia de golos que o Benfica marcou. Com meia equipa titular de fora, não foi por isso que a equipa se ressentiu, e os jogadores que alinharam tiveram vontade de mostrar serviço. Mesmo sem impor um ritmo elevado ao jogo, o Benfica marcou logo aos cinco minutos, praticamente na primeira oportunidade de que dispôs, com o Rodrigo a aproveitar a assistência do Gaitán (grande passe do Cardozo a desmarcá-lo) para finalizar de forma muito fácil à boca da baliza. A defesa em linha do Aves foi muito pouco eficaz, as marcações quase não existiram, e os nossos jogadores aproveitavam para surgir diversas vezes soltos nas costas da defesa. Com pouco mais de meia hora de jogo decorrido já o Benfica tinha a questão mais do que resolvida, com quatro golos marcados sem resposta, depois do Cardozo ter feito um hat trick (dos verdadeiros) no espaço de catorze minutos - começou aos dezoito e acabou aos trinta e dois. Primeiro aproveitou um mau atraso de um adversário para contornar o guarda-redes e marcar, e depois cabeceou de forma certeira dois cruzamentos do Rodrigo. E se calhar o resultado ao intervalo até poderia ser mais dilatado, mas entre algum excesso de confiança, alguns foras-de-jogo mal tirados e até o que me pareceu um penálti claro sobre o Gaitán que ficou por marcar, nada se alterou.


A segunda parte trouxe a experiência (forçada) do Matic a central, dada a lesão do Jardel, mas nada de diferente no jogo. O Benfica nem sequer forçou muito, foi simplesmente jogando, sabendo que mais um ou outro golo acabaria por aparecer. O Aves continuava a defender mal - com uns dez ou quinze segundo decorridos já o guarda-redes tinha oferecido a bola ao Rodrigo, e o lance só não resultou em golo porque nem ele, nem o Nolito quiseram rematar - e o resultado acabou por ser ampliado num bom lance individual do Rodrigo, que sobre o lado direito tirou um adversário do caminho e rematou cruzado para o poste mais distante. Depois disto o Aves criou finalmente algum perigo num curto espaço de tempo, primeiro num remate que não passou longe da barra, e depois num cabeceamento que obrigou o Artur à defesa da noite. O nosso sexto golo chegou da marca de penálti, quando à terceira falta dentro da área (antes já tinha havido outra sobre o Nolito) o sportinguista Hugo Miguel lá se decidiu a apitar - deve ter sido esse o nosso erro o ano passado em Coimbra: só houve dois lances para penálti. Pareceu-me que o Lima, que tinha sofrido a falta, iria deixar o Nolito marcar, mas o Jorge Jesus mandou que fosse mesmo o Lima, e este não falhou. Ainda faltavam dezoito minutos para o final, mas o marcador não voltou mais a funcionar.


Os destaques maiores da equipa vão para a dupla de avançados: o Cardozo fez três golos e teve participação decisiva noutro, e o Rodrigo marcou dois e deu outros dois a marcar ao parceiro de ataque.

Demos mais um passo na direcção do Jamor, onde já não vamos há demasiado tempo. Espera-nos agora um adversário complicado nos quartos-de-final, que em casa defende o troféu conquistado a época passada. Mas se o campeonato é o principal objectivo, a Taça deverá ser o que se lhe segue. Teremos apenas que jogar o nosso futebol e provar que o empate com o Xistra no jogo para a Liga naquele estádio não foi mais do que um acidente de percurso.

1 Comments:

At 1/04/2013 4:51 da tarde, Blogger joão carlos said...

Mais uma crónica muito bem conseguida.



Achei bem a atitude do treinador perante quem devia marcar o penalty é ele que manda na equipa é ele quem decide quem deve marcar todos os lances inclusive o penalty mas é pena que ele não tenha tido a mesma atitude no jogo anterior, e até nem é por o jogador ter falhado que como sabemos todos falham, desta forma ao intervir nuns casos e não noutros demonstra ter jogadores favoritos uns podem quebrar as regras os outros não e o treinador não percebe que este tipo de atitude mina o espírito de grupo do plantel.
Torna-se urgente a recuperação dos lesionados já estamos num ciclo intenso de jogos e convinha termos quase todos disponíveis caso tal não aconteça vamos ter algumas unidades muito sobrecarregadas neste período o que acarretará graves consequências lá mais para o fim da época.

 

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