segunda-feira, dezembro 13, 2004

Catástrofe



O senhor Giovanni Trapattoni afirmou, no rescaldo da derrota com o Belenenses, que 'perder um jogo assim não é uma catástrofe'. É um ponto de vista possível, e analisando as coisas sob uma certa relatividade, até pode ser verdade.

De facto, quando o treinador do Sport Lisboa e Benfica tenta transmitir uma imagem de uma certa naturalidade e normalidade, após a sua equipa ter soçobrado de forma tão evidente contra uma equipa teoricamente mais fraca, e consentindo três golos no espaço de 10 minutos, à luz das possíveis 'catástrofes' que se podem imaginar ser possíveis mantendo esta atitude, o resultado de ontem pode muito bem não ter sido a pior das humilhações que sofremos esta época.

P.S.- Uma palavra de agradecimento para o
Rui Silva pela sua menção a este blog logo no seu primeiro dia de vida.

2 Comments:

At 12/14/2004 6:35 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

 
At 12/14/2004 6:53 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Nisso estamos de acordo. Eu não posso ter o desplante de acusar um treinador com o historial do Trapattoni de ser um mau treinador. O que eu acho é que ele tem uma mentalidade demasiado retrógrada para o futebol actual, e que, sobretudo, não tem a mentalidade certa que se exige a um treinador do Benfica. A sensação que eu tenho é exactamente a mesma que a sua: que a nossa equipa anda com as rédeas muito curtas.

Por norma, sou relativamente calmo em relação às opções tácticas dos treinadores, porque seria presunçoso da minha parte assumir que sei mais do que eles nesse campo. Mas a questão da atitude/mentalidade da equipa em campo é que não perdoo. A maior fúria que tive esta época foi no jogo da Taça UEFA contra o Beveren, em que a jogarmos contra a pior equipa do grupo, reduzida a 10, a TV mostrou imagens do treinador a pedir aos jogadores para abrandarem após o 2-0. Custava muito sermos um bocadinho mais agressivos, e atacar o primeiro lugar do grupo?

Não me esqueço que o Trapattoni foi virtualmente corrido do Bayern, não por não ganhar, mas por 'não jogar um futebol atractivo'. E conseguiu pôr grande parte dos jogadores contra ele (casos dos internacionais Mario Basler e Thomas Strunz).

Claro que se acabássemos por ser campeões, esquecer-nos-íamos disto, e o Trapattoni seria aclamado como herói...

Saudações benfiquistas,
GPA

 

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