Classe
O jogo era previsivelmente complicado, face ao bom futebol que o Estoril tem apresentado, ainda demorámos um pouco a assentar o nosso futebol, mas no final conseguimos uma vitória incontestável e sem grandes sobressaltos, decidida com pinceladas de classe dos nossos jogadores.
O Rodrigo e o Gaitán mantiveram a titularidade que lhes tinha sido dada no jogo com o Aves para a Taça de Portugal, deixando o Lima e o Ola John no banco, sendo também de destacar a presença no mesmo do Aimar, finalmente de regresso após a longa ausência por lesão. Não foi muito boa a primeira parte do Benfica. Apesar de estarmos sempre mais por cima no jogo e pressionarmos mais na procura do golo, foram poucas as vezes em que conseguimos atacar bem ou criar lances de grande perigo junto à baliza do Estoril. O jogo foi muito disputado na zona central, e o Matic e o Pérez estiveram algo apagados durante os primeiros quarenta e cinco minutos, o que acabou por atrapalhar a nossa construção de jogo ofensivo. Durante a primeira meia hora, apenas por uma vez o Benfica desenhou uma boa jogada, em que o Cardozo acabou por desperdiçar de uma forma um pouco escandalosa um cruzamento do Rodrigo da esquerda. Nos dez minutos finais começámos a apertar um pouco mais, e fomos recompensados. Primeiro vimos o Melgarejo, isolado sobre a esquerda, ver o guarda-redes defender para canto. Na sequência do canto (marcado, de forma pouco habitual, pelo Cardozo), à segunda tentativa, saiu um remate fantástico no Gaitán, de calcanhar, que resultou no primeiro golo. E ainda antes do intervalo, nova oportunidade para o Benfica, mas o Rodrigo rematou com pouca força e acabou por ser um defesa do Estoril a conseguir aliviar quase sobre a linha de golo.
Para a segunda parte veio o Lima no lugar do desinspirado Rodrigo, e veio um Benfica a pressionar bastante mais em busca do golo da tranquilidade. O Lima jogou mais próximo do Cardozo - na primeira parte o Rodrigo andou mais solto, tendo inclusivamente chegado a trocar de posição com o Gaitán - e deu bastante mais trabalho aos defesas do Estoril, ajudando assim a que forçássemos o adversário a encolher-se cada vez mais para junto da sua área. No nosso meio campo o Matic e o Pérez (sobretudo este) subiram muito de produção, e contribuíam para matar quase à partida as saídas do Estoril para o ataque, aspecto em que costumam ser fortes. Foi aliás de uma recuperação de bola do Pérez numa destas situações que resultou o segundo golo do Benfica. A bola seguiu para o Gaitán, que fez um grande passe para o Lima. E se o passe foi bom, o trabalho do Lima foi melhor ainda, controlando a bola com o peito para depois fuzilar a baliza do Estoril. Uma hora de jogo estava passada, e tínhamos a sensação de que a vitória já não escaparia. E a sensação ficou reforçada seis minutos depois, com mais um grande golo do Benfica, num remate acrobático do Salvio, de primeira, que levou a bola a bater na barra e depois a cair já para lá da linha de golo, valendo-nos a atenção do auxiliar para confirmar o golo. Com um resultado dilatado no marcador, o Benfica relaxou um pouco e passou a gerir o jogo com tranquilidade, sendo-nos até proporcionada a alegria de assistirmos ao regresso do Aimar, para os últimos quinze minutos do jogo. A única mancha aconteceu mesmo a fechar, quando um erro do Artur, largando uma bola vinda de um cruzamento da esquerda, permitiu ao Estoril marcar o golo de honra, mas não foi nada que colocasse em causa a nossa vitória ou a justeza da mesma.
Garay, Gaitán e Lima são os destaques maiores da nossa equipa. O primeiro continua praticamente sem cometer um erro. É quase intransponível no um para um, e ainda parece aparecer em todo o lado para fazer cortes incríveis ou compensar falhas dos colegas. O segundo confirmou neste jogo as boas indicações que tinha deixado a meio da semana, contra o Aves, e ajudou a decidir o jogo com pormenores de classe: um golo incrível e um grande passe para outro. O terceiro foi decisivo para a melhoria do jogo do Benfica na segunda parte, tendo marcado um grande golo que sentenciou o vencedor.
Mais uma vez o Benfica soube tornar fácil um desafio que se previa complicado. A nossa equipa está a jogar com muita confiança, e vai chegar ao importante jogo do próximo fim-de-semana num pico de forma. Basta-nos agora manter as coisas simples e continuar a fazer aquilo que sabemos. Confio muito no nosso valor.
1 Comments:
A crónica mais uma vez fiel ao que se passou em campo.
Na primeira parte um jogador da equipa adversaria fez só ele cinco ou seis faltas, é verdade que foram faltas sem grande gravidade, mas por si só o numero de faltas e a sua reincidência mereciam castigo por outro lado é mostrado amarelo aos nossos jogadores em lances em que jogamos a bola mas em que acabamos por derrubar o adversário se a falta se aceita o amarelo é claramente exagerado, temos de estar atentos e reagir esta a aproximar-se uma altura importante da época e vamos cada vez ser mais atacados ou reagimos ou acontece-nos o mesmos que o ano passado.
A equipa esta num bom momento quando se aproxima uma serie de jogos decisivos só espero que não seja como no ano passado que à entrada para o ciclo decisivo de jogos estávamos também em grande momento de forma mas que rapidamente se esfumou quando entramos nos jogos decisivos espero que tenhamos aprendido com o erro do ano passado e que agora seja completamente diferente.
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