sábado, maio 30, 2015

Sexta


Mais uma Taça da Liga conquistada (a sexta em oito edições), mais um troféu no nosso historial, mais um 'triplete' (Supertaça, Liga e Taça da Liga) conquistado. Como já é quase um hábito, uma final contra uma equipa das chamadas mais pequenas acabou por resultar numa vitória pela margem mínima arrancada a ferros. O Marítimo não nos fez a vida fácil e usando (e muitas vezes abusando) de um jogo ríspido conseguiu manter o resultado incerto até final - beneficiando também, é certo, de um excessivo desacerto do Benfica na hora de atirar à baliza.

O inevitável Jonas abriu o marcador, de cabeça, numa jogada de laboratório - livre marcado pelo Pizzi para a zona lateral da área, onde surgiu o Jardel a controlar a bola e a enviá-la em balão para a marca do penálti para a cabeçada sem grande força mas com muita colocação do Jonas. Este golo surgiu já relativamente perto do intervalo, mas antes já o Benfica tinha desperdiçado uma flagrantíssima ocasião pelo Lima, que atirou ao lado quando estava isolado. A segunda parte iniciou-se num ritmo elevado, logo com uma oportunidade de golo para o Marítimo e outra para o Benfica na resposta. A seguir o Raul Silva foi finalmente expulso - finalmente porque viu o segundo amarelo à quarta ou quinta falta que fez merecedora disso. O Benfica ficou ainda mais por cima no jogo, o Lima voltou a desperdiçar uma excelente ocasião depois de ter feito quase tudo bem, mas num contra-ataque rápido o Marítimo fez o empate. Foi tudo bem feito, desde o passe para as costas da nossa defesa, passando pela desmarcação do João Diogo e depois a finalização foi muito boa também. A partir daqui o Marítimo apostou obviamente em tentar segurar o empate e levar o jogo para os penáltis, com queimas de tempo e quezílias, e mais uma vez o Benfica complicou a vida a si próprio desperdiçando ocasiões soberanas para marcar. As entradas do Talisca e do Ola John foram positivas e acabou por ser o holandês quem, a dez minutos do final, num remate cruzado a aproveitar uma sobra de uma boa intervenção do Jonas na área, fez o golo decisivo.

O Jonas foi o homem do jogo, com um golo e intervenção decisiva no outro. O nosso meio campo não esteve muito bem e falhou passes em demasia, em especial o Pizzi (embora o golo do Marítimo até tenha começado num mau passe do Samaris), pelo que se justificou a sua troca pelo Talisca. O Ola John entrou muito bem no jogo e dinamizou muito o nosso ataque, tendo literalmente oferecido um golo ao Maxi ainda antes de marcar o golo decisivo.

Assim se colocou um ponto final na época 2014/15. A tal que muitos entendidos (e não só) consideraram perdida à partida, em que os resultados da pré-época deram para exigir eleições antecipadas e em que a catástrofe era completamente previsível - só os fanáticos 'qualquercoisistas' é que se recusavam a constatar o óbvio. No final, conquistámos três dos quatro troféus internos em disputa mesmo depois da sangria que sofremos no plantel, conseguindo voltar a apresentar o melhor futebol que se viu em Portugal. Agora, na minha modesta opinião, será fundamental tentar manter a estrutura que nos deu todos estes títulos nas últimas épocas. E peça fundamental nesta estrutura é, para mim, o treinador. Espero que as pessoas saibam conversar e chegar a um entendimento que signifique o melhor para o Benfica.

2 Comments:

At 6/01/2015 7:01 da tarde, Blogger joão carlos said...

A analise esta com a qualidade que já nos vens habituando.


Nem sempre é mais fácil jogar contra dez do que contra onze mas já não é a primeira vez que a equipa em vantagem numérica passa a jogar pior do que contra onze e até me parece que por sobranceria e facilitismo do que propriamente por uma falta de adaptação à vantagem numérica é difícil de perceber como se permitem determinadas jogadas ao adversário quando ele tem menos um que não se permitem quando em igualdade numérica e o mais grave é que isto já não é a primeira vez que acontece.
Muita da dificuldade da equipa neste jogo resulta da falta de agressividade e de conhecimento táctico do nosso médio mais ofensivo se perante equipas que tem uma postura mais defensiva e recuada no terreno ele funciona bem , alias funciona muito melhor do que aquilo que eu pensava, com o extra da qualidade de marcação das bolas paradas agora perante equipas de uma qualidade superior ou que pressionem muito a coisa já não funciona falta agressividade e capacidade de luta perante isto para o próximo ano nestes jogos previsivelmente mais equilibrados utilizamos nesta posição um jogador mais defensivo com maior capacidade de luta, e existem varias opções no plantel tem é de ser mais vezes utilizadas, ou então encontrar outra solução por que é pouco provável que nos aspectos defensivos, onde se nota muito menor evolução, exista uma melhoria significativa.
Este jogo veio demonstrar aquilo que foi a época inteira do nosso ponta de lança muita irregularidade alternou grandes jogos em que foi sem duvida o melhor decidindo-os entremeando-os com vários maus em que para alem de não marcar ter falhas absolutamente escandalosas é verdade que os outros também falham, por vezes de forma escandalosa, mas vão marcando regularmente e isso como podemos ver pela nossa historia é muito mais importante, e decisivo, quem marca regularmente do que quem marca o mesmo mas esporadicamente necessitamos assim de alguém mais regular para titular até para podermos ter assim alguém no banco experiente e fresco, até porque a idade começa a não perdoar, para podermos lançar mão quando os jogos estiverem mais complicados.

 
At 6/07/2015 5:17 da tarde, Blogger Sakana said...

SAKANAGEM...ESTOU DE VOLTA...ihihihihihi.....

sakanagem69.blogspot.com

 

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