terça-feira, abril 16, 2013

Regresso

O regresso ao Jamor foi garantido, num jogo em que o Benfica fez uma exibição mais apagada do que habitual, mas mesmo assim q.b. para evitar quaisquer sobressaltos maiores numa eliminatória que esteve sempre controlada.


Não houve de facto poupanças no onze escolhido, com o Benfica a apresentar a equipa mais forte - eventualmente poder-se-á apenas considerar que a titularidade do Rodrigo em vez do Lima foi a única excepção. O jogo teve poucos motivos de interesse - o Benfica tomou naturalmente a iniciativa, ainda que sem acelerar muito o ritmo, e o Paços, mesmo em desvantagem, nunca mostrou vontade de assumir grandes riscos, preferindo manter sempre a sua boa organização e saindo para o ataque apenas pela certa. Mesmo numa toada convenientemente morna o Benfica foi sempre mais rematador e construiu as melhores oportunidades de golo, quase sempre com o Cardozo em destaque, tendo inclusivamente atirado uma bola ao poste. O Paços apenas por uma vez durante o primeiro tempo conseguiu responder com perigo, tendo o Artur sido obrigado a uma boa intervenção aos pés do Hurtado, que se tinha isolado pela direita da nossa defesa. Apesar das várias tentativas de remate da nossa equipa - para além do Cardozo também o Rodrigo ou o Salvio tiveram remates perigosos que falharam o alvo por pouco - o nulo manteve-se até ao intervalo, ficando-se com a sensação de que os nossos jogadores estiveram sempre  plenamente conscientes de que tinham a eliminatória na mão.


Nos minutos após a reentrada o Benfica pareceu acelerar um pouco mais o ritmo, e com oito minutos decorridos chegou ao golo, e sem surpresa pelo Cardozo, na conclusão de uma jogada agradável entre o Enzo e o Gaitán, que fez o centro da esquerda para o remate rasteiro e colocado de primeira por parte do paraguaio. Com a vantagem de dois golos trazida da primeira mão já o Benfica parecia dono e senhor da eliminatória, e com este golo então todas as dúvidas terão ficado dissipadas. Julgo que mesmo os nossos jogadores terão ficado demasiado convencidos disso, e baixaram ainda mais o ritmo. Acho que em alguns momentos terá mesmo havido alguma complacência por parte da nossa equipa, e disso se aproveitou o Paços para crescer no jogo. Infelizmente isto acabou por resultar no golo do empate, que aconteceu a dez minutos do final e assim estragou o registo defensivo imaculado do Benfica na prova. O golo resulta precisamente de um passe displicente do Maxi, que isolou o recém-entrado Cícero e este não teve grande dificuldade em marcar - mas já antes do golo se tinham visto outras ocasiões em que houve falta de concentração dos nossos jogadores, ou excesso de confiança. O Paços é uma boa equipa, muito bem orientada, e voltou a demonstrá-lo neste jogo, pelo que era previsível que acabasse por aproveitar algum erro nosso.


O melhor do Benfica foi, para mim, o Cardozo. Foi o mais rematador e a grande maioria dos lances de perigo do Benfica passaram por ele, tendo feito por merecer plenamente o golo que marcou.

Conseguiu-se o regresso ao Jamor, que era o que mais importava. A exibição não foi por aí além, mas foi suficiente para garantir o objectivo desejado, e o jogo não pareceu ter exigido um grande esforço da parte dos nosso jogadores, permitindo gerir a condição física para a fase decisiva da época que se aproxima. Agora é recarregar baterias para vencermos a próxima final.

1 Comments:

At 4/17/2013 11:03 da tarde, Blogger joão carlos said...

A análise ao jogo tem mais uma vez a qualidade habitual.


Fizemos poucas mexidas e praticamente jogamos na máxima força dando uma importância alta ao jogo e não facilitando eu esperava mais duas ou três alterações até porque alguns jogadores estão nos limites e eles próprio começaram a fazer gestão física dentro do jogo tirando alguma intensidade essas alterações teriam permitido que a intensidade do jogo tivesse caído tão drasticamente como acabou por aconteceu.
Começa a ser preocupante muito preocupante esta falta de concentração que tem acontecidos nos dois últimos jogos e em que em ambos nos custou golos este que tinha sido um dos méritos da equipa até agora a concentração e seriedade como encarávamos todas as situações dos jogos esta agora a sofre uma quebra e não podia ter acontecido em pior altura neste momento exigisse maior concentração e não facilitarmos em nada estamos num momento em que não podemos errar temos de ser perfeitos.
Esta a tornar-se um habito desperdiçarmos muitas possibilidade de marcar nos últimos jogos temos um baixíssimo índice de concretização e cada vez esta a piorar e não mostra sinais de se inverter precisamos urgentemente de ultrapassar esta situação ou melhoramos os índices de concretização ou vai ser muito difícil alcançar os nossos objectivos.

 

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