quarta-feira, dezembro 11, 2013

Insuficiente

Exibição agradável, que deu para vencer o PSG mas foi, conforme esperado, insuficiente para garantir a passagem à próxima fase da Champions, já que o resultado do jogo na Grécia não nos serviu.


Regresso ao 4-3-3, sendo o Rodrigo o avançado preterido. O trio do meio campo foi formado pelo Fejsa, Matic e Enzo, com este último a jogar numa posição mais avançada, muitas vezes em apoio directo ao ponta-de-lança. Na defesa, realce para o regresso do Sílvio à esquerda. Boa entrada do Benfica no jogo, com o Enzo a dar logo o primeiro sinal de perigo num bom remate de fora da área, que obrigou o guarda-redes a uma defesa mais apertada. O PSG tentou fazer o mesmo que tinha feito no jogo em França, procurando manter a posse de bola trocando-a entre os seus jogadores no seu meio campo defensivo, sem grande progressão e tentando manter o ritmo de jogo baixo, mas acabou por ter que abandonar essas intenções devido à pressão que o Benfica procurou fazer logo em zonas mais adiantadas do campo. Só o Benfica parecia ter iniciativa no jogo, e foi por isso natural que as oportunidades acontecessem quase exclusivamente para o nosso lado. Infelizmente a falta de eficácia voltou a ser um problema o que explica que o resultado se fosse mantendo em branco. Houve duas ocasiões em particular que deveriam ter sido mais bem aproveitadas, pelo Gaitán, num remate cruzado, e pelo Matic, num cabeceamento em que ele apareceu completamente livre de marcação no interior da área. Em ambas as ocasiões a bola passou muito perto do alvo. Já é um chavão que quem não marca arrisca-se a sofrer, e mais uma vez isso se verificou. O PSG apenas por uma vez, num remate cruzado do Ménez, tinha dado um verdadeiro sinal de perigo no ataque. Da segunda vez que o fez, conquistou um canto, e na sequência do mesmo mais uma vez a nossa equipa revelou dificuldades em afastar a bola (não percebi bem como, mas pareceu-me que à saída da área o Gaitán e o Markovic desentenderam-se e nenhum deles acabou por atacar a bola) e na insistência da jogada o Cavani marcou à boca da baliza. Faltavam oito minutos para o intervalo, mas este tempo foi suficiente para que o Benfica corrigisse a injustiça no marcador, já quase a terminar a primeira parte, num penálti do Lima a castigar uma falta sobre o Sílvio.


A entrada do Benfica na segunda parte foi bastante positiva. A equipa surgiu mais adiantada e ainda mais agressiva na pressão sobre o adversário, conseguindo recuperar diversas bolas ainda no meio campo deste. durante este período praticamente só houve Benfica em campo, e o segundo golo surgiu como consequência natural disto mesmo, quando estavam decorridos treze minutos nesta segunda parte. Uma incursão do Maxi pela direita, em que combinou com o Enzo, terminou com um centro rasteiro que foi mal interceptado por um defesa, o que permitiu ao Gaitán aparecer em corrida para finalizar dentro da pequena área. Nos minutos que se seguiram o Benfica continuou a jogar da mesma forma, e parecia possível chegarmos a um terceiro golo, mas mais uma vez o pouco acerto na hora de decidir ou finalizar (com o Lima numa noite particularmente infeliz neste aspecto) foi quem levou a melhor. Depois disso o PSG dispôs de uma oportunidade flagrante para chegar ao empate, nos pés do Lavezzi, e este lance pareceu de alguma forma intimidar o Benfica, que passou a arriscar menos no ataque e optou por jogar de forma mais segura. O resultado disto foi um jogo bem menos interessante e até mesmo mal jogado de parte a parte, com jogadas desgarradas, várias perdas de bola e passes disparatados, e quase nenhumas oportunidades de golo - do PSG não houve uma única, e do Benfica talvez apenas um remate do Ivan Cavaleiro já na fase final do jogo.


No geral toda a equipa esteve uns furos acima daquilo que mostrou na passada sexta-feira (o que não era nada difícil). Matic em muito bom plano, e o Enzo com o andamento do costume. Não se, a correr aquilo que ele corre em todos os jogos, ele conseguirá aguentar este ritmo durante muitos mais tempo. Mas parece que há mais gente preocupada com a saúde física dele, e portanto ofereceram-lhe um jogo de descanso já no próximo fim-de-semana. Gostei também de ver o regresso do Sílvio, e pareceu-me que o Maxi esteve melhor do que aquilo que tem feito ultimamente. Pela negativa, o Lima, que praticamente apenas esteve bem na marcação do penálti. A confiança com que o marcou pareceu estar completamente ausente em praticamente todas as outras jogadas em que interveio, onde perdeu tempo de remate ou oportunidades de passe por se agarrar demasiado à bola ou dar sempre mais um toque.

Fez-se o possível, mas o nosso destino só muito dificilmente seria alterado. O mais normal seria que dez pontos fossem suficientes para nos apurarmos, mas desta vez não foi o caso, o que nos atira para a Liga Europa - e o consequente sobrecarregar do calendário. Pena foi que não tivessem jogado desta forma contra o Arouca. Trocava esta vitória pelos três pontos nesse jogo.

1 Comments:

At 12/11/2013 7:55 da tarde, Blogger joão carlos said...

Mais um post muito bem conseguido.


A opção feita sobre o avançado que começou o jogo é discutível tendo em conta a moral do nosso outro avançado mas que se entende dado o maior estatuto de quem foi titular e o que este treinador sempre nos habituou foi que prefere sempre o estatuto aos momentos de forma agora o que não se percebe é perante mais uma exibição em que nada lhe sai bem, tirando a conversão do penalty e ai dou-lhe todo o mérito, tenha permanecido em campo o tempo todo e que o treinador não tenha lançado um avançado com a moral em alta que poderia ter feito estragos muito á semelhança do ultimo jogo europeu.
A passagem á segunda fase desta competição era sobretudo um objectivo financeiro mas também desportivo mas quando este treinador perante este insucesso diz que não vai tirar nenhumas ilações do acontecido diz muito da qualidade do mesmo quem não aprende com os erros, alias recusa-se a ver erros onde eles claramente existem, simplesmente não serve.
Já não tem explicação é uma tragédia de proporções nunca vistas a quantidade de golos sofridos de bola parada o exemplo disso é que eles tiveram três cantos num deu golo nós tivemos nove e só num é que causamos algum, pouco, perigo até quando vamos manter esta ineficácia defensiva e ofensiva nas bolas paradas.

 

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