Remake
Muitas alterações esta noite, mas infelizmente quase o mesmo resultado dos últimos jogos. Apesar de se notar vontade em alguns jogadores, a qualidade da exibição voltou a deixar a desejar e a vitória voltou a fugir-nos, no remake de um filme a que temos assistido ultimamente.
Para além das muitas trocas no onze inicial, uma alteração táctica: talvez pela primeira vez desde que o Rui Vitória é o nosso treinador, a equipa alinhou numa disposição táctica mais próxima do 4-3-3, com um trio do meio campo formado por Samaris, Filipe Augusto e Krovinovic, e um ataque com Rafa, Jiménez e Gabriel Barbosa, este último a jogar sobre a direita. Na defesa regressaram o Jardel e o eliseu por troca com o Luisão e o Grimaldo, e a baliza ficou entregue ao Júlio César. O filme do jogo não foi muito diferente daquilo que tem acontecido nos últimos tempos. O Benfica nem entrou mal, e chegou relativamente cedo à vantagem, na sequência de um livre lateral, sobre a direita do nosso ataque. A bola foi ter com a cabeça do Jardel no poste mais distante, que a enviou para o centro e o alívio da defesa do Braga fê-la cair à entrada da área, onde o Jiménez rematou de primeira para o golo. Só que depois do golo, mais uma vez, ficou-se com a sensação de que a equipa se foi encostando ao resultado e revelou no geral alguma passividade. O Braga foi subindo no terreno e entretanto devem ter reparado que uma boa táctica era simplesmente deixarem-se cair de cada vez que disputavam uma bola com um jogador do Benfica, porque a certa altura fomos submetidos a uma autêntica barragem de livres perigosos nas imediações da nossa área. Mas a verdade é que em jogo jogado o Braga passou a ter mais bola, e embora o Benfica ainda conseguisse esporadicamente criar perigo junto da baliza adversária, parecia ser mais provável o golo do empate - a melhor ocasião para isso acontecer, no entanto, surgiu num lance que me pareceu claramente irregular, por fora-de-jogo de dois jogadores do Braga após (mais) um livre, mas incrivelmente o lance não foi interrompido.
Na segunda parte pouco mudou. O jogo pareceu-me ficar progressivamente mais partido e comecei a temer a repetição dos últimos jogos, até porque não estávamos a criar grandes ocasiões para marcar o golo da tranquilidade - apenas me recordo de uma boa ocasião, que foi interrompida devido a um fora-de-jogo (mal) assinalado ao Gabriel Barbosa. E o golo do empate inevitavelmente apareceu. Com tantos livres e cantos ao longo do jogo até seria de estranhar que não acabássemos por cometer um erro, e foi isso mesmo que aconteceu. No seguimento de um canto, de alguma forma conseguimos deixar que um dos centrais adversários aparecesse completamente à vontade para cabecear quase à entrada da pequena área - uma incompreensível falha de marcação que nos saiu bem cara. Depois do empate, foi o habitual correr atrás do resultado. Foi necessário lançar o Jonas e o Pizzi, e nos minutos até final o Benfica conseguiu atacar mais e ser mais perigoso do que em todo o tempo decorrido entre o nosso golo e o golo do empate. Infelizmente a inspiração na altura de finalizar não foi muita - o Zivkovic, por exemplo, tem um par de situações em que tem espaço e tempo na esquerda e os passes saem-lhe horrivelmente maus, e mesmo sobre o final, quando isso não aconteceu, foi uma enorme defesa do guarda-redes do Braga a negar um grande golo ao Jonas.
Com este empate desperdiçámos a oportunidade para nos colocarmos já em vantagem sobre aquele que deverá ser o nosso principal adversário no apuramento para a fase seguinte desta competição. É o terceiro mau resultado seguido, e o quarto jogo que não ganhamos nos últimos cinco (e o que ganhámos foi com extrema dificuldade). O mau momento é uma realidade e urge dar a volta a esta situação o quanto antes, sob pena de ficarmos desde já irremediavelmente afastados dos principais objectivos para esta época. E para isso é necessário jogarmos muito mais e uma atitude competitiva diferente. Custa compreender que, nos últimos três jogos, tendo estado sempre em vantagem, tenha parecido que nos deixámos sempre adormecer à sombra dessa mesma vantagem e tenhamos acabado por permitir a recuperação aos nossos adversários.
1 Comments:
Estes últimos maus resultados são uma consequência da estratégia do nosso treinador de que em vantagem a equipa procure arrefecer e controlar o jogo e ficar à espera do erro adversário só que este ano ele não tem qualidade para isso nem na posse de bola com demasiadas bolas perdidas que permitem contra ataques nem na defesa que tem muito menos qualidade e por isso é muito mais permissiva a que se soma a incapacidade da equipa produzir jogo como nos anos anteriores, aqui menos compreensível ou explicável, a que se tem somado a falta de eficácia de outros anos mas sem um ponta de lança de raiz a coisa fica mais difícil.
O problema nem tem sido as bolas paradas mas os cantos se nos livres laterais quer defensivamente onde com mais ou menos aflição vamos resolvendo a questão e onde ofensivamente ainda vamos marcando, como foi o caso, nos cantos os problemas já são outros por norma em todos os jogos temos quatro a cinco vezes mais cantos que o adversário mas enquanto ofensivamente somos uma nulidade, até porque quase todos são cantos abertos, nos defensivos é um completo terror mais uma vez o adversário tem dois e marca um golo como aconteceu com os russos que eles de três ou quatro cantos marcaram dois golos na sequência dos mesmos.
Algumas das escolhas para os onze e sobretudo nos jogadores que são substituídos, saindo por vezes quem até nem esta a ser dos piores ficando em campo autênticas nulidades, não tem ajudado nada quer à produção futebolística da equipa quer à relação com o publico continuar a apostar em jogadores que nado produzem e os adeptos não apreciam em nada beneficia a equipa em tempos difíceis apostar em escolhas duvidosas não é a melhor politica e ou rapidamente as escolhas se centram em quem sempre deu garantias sem invenções ou as relações entre equipa e adeptos vai continuar a piorar.
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