Dispensas
O jornal 'O Jogo' noticia na sua edição de hoje a possibilidade da dispensa, já em Janeiro, dos jogadores Zahovic, Argel, Paulo Almeida, e Yannick.
No caso dos dois primeiros, a minha opinião é 'Já não era sem tempo!'. Aliás, nunca percebi a súbita renovação de contrato com o Argel por mais dois anos, quando a certo ponto da época anterior parecia um dado assumido que ele seria dispensado no final da época, quando o seu contrato terminasse. As asneiras que o referido jogador tem feito esta época não são diferentes daquelas que ele já tinha feito a época passada. Não se podia esperar que de uma época para a seguinte houvesse um súbito acréscimo de qualidade, sobretudo num jogador na casa dos 30 anos. Quanto ao Zahovic, foi infelizmente um dos maiores erros desportivos desta direcção. Custou-nos muito dinheiro, e um jogador jovem e bom (Marchena). O Zahovic que nós conhecíamos dos tempos do FC Porto teria sido um grande reforço, mas não podíamos prever que o jogador que se nos deparou estava muito longe desse Zahovic. Além de que o relação qualidade/custo do esloveno sempre me pareceu ser um potencial foco de instabilidade. É difícil aceitar que, por exemplo, um jogador com a utilidade do Ricardo Rocha seja um dos mais mal pagos do plantel, e o Zahovic esteja no extremo oposto da folha de ordenados.
Em relação aos dois últimos, só posso intepretar a sua eventual dispensa uns curtos 6 meses após a sua contratação como uma pequena admissão da errada política de contratações seguida para esta época. Em princípio, o objectivo dessa política seria manter a base da equipa do ano passado (o que foi conseguido, tendo saído, do núcleo forte da equipa, apenas o Tiago), e contratar jogadores que fossem opções válidas na luta pela titularidade. Nenhum destes dois jogadores o é. A contratação do Yannick motivou, aliás, um comentário bastante negativo da parte do Jose Antonio Camacho ainda a época passada ('se isso é verdade, quem o contratou devia demitir-se'). Quanto ao Paulo Almeida, foi um falhanço brutal. Não colocando em causa a qualidade ou não do jogador, o que me parece é que ele não tem a mentalidade certa para o futebol europeu. É um jogador com um raio de acção muito reduzido, sem velocidade, e sem grande visão ofensiva. Quando recupera a bola, normalmente livra-se dela rapidamente para os lados ou para trás, sendo rara a ocasião que aproveita para tentar lançar um contra-ataque. O facto de nós benfiquistas termos como termo de comparação para aquela posição jogadores como o Petit, Tiago, ou Manuel Fernandes, todos eles mais agressivos e rápidos, também não o ajuda.
Numa altura em que o nosso plantel parece reduzido face à onda de lesões, no caso de se confirmarem estas saídas fico na expectativa sobre quem entrará para os seus lugares. Serão, como promete José Veiga, jogadores para entrarem 'de caras' na equipa, ou passaremos a apostar mais na equipa B, uma vez que nenhum destes quatro jogadores é o que se possa chamar uma primeira opção?
0 Comments:
Enviar um comentário
<< Home