sábado, fevereiro 21, 2009

Canzoada

Embora isto de certeza não deva agradar aos defensores dos direitos dos animais, estava agora a pensar que a forma mais eficaz de ensinar truques aos cães ainda é com um pau numa mão e uma recompensa na outra. Há os cães de pedigree, com personalidade forte, que por mais vezes que levem no lombo não se vergam. E depois há os rafeiros, que só querem é um ossito raquítico para roer, e que ao primeiro aceno do pau metem o rabo entre as pernas e rastejam direitos à mão que acena com a recompensa. A partir daqui, de uma forma pavloviana, passam a rastejar sempre que alguém lhe sugere o ameaço do pau.

Mudando de assunto (ou talvez não), em mais uma das suas verborreias habituais, o jornalista (e aqui utilizo o substantivo de forma generosa, uma vez que alguém com um domínio tão superficial da língua portuguesa e uma ignorância tão profunda do código deontológico da profissão nunca deveria ser considerado um membro de pleno direito desta classe) Eugénio Queirós presenteou-nos com um texto do mais ordinário que alguma vez me foi dado a ver na imprensa portuguesa. Este senhor, autor do 'livro' mais parcial, mais mal escrito, e mais factualmente incorrecto sobre o processo Apito Dourado, consegue com um simples texto fazer o epítome daquilo que, infelizmente, tem sido a norma do jornalismo desportivo em Portugal nos últimos anos, onde o desrespeito e o insulto ao Benfica são lugar-comum, acompanhados quase invariavelmente pelas loas ao clube da ladroagem. E disto, também, se faz o maldito Sistema. Este texto não foge à regra: é mais um desfilar de insultos ao Benfica, acompanhados do lambe-botas ao patrão que segura a trela. O 'jornalista' em questão tem sido, como sabemos, um dos mais activos no estratagema de branqueamento do processo Apito Dourado pelo que, perante a decisão irrevogável e não passível de recurso das condenações ao Boavista e à Ladroagem pela Liga, viu-se na obrigação de mostrar serviço mais uma vez. E fê-lo da única maneira que sabe: latindo.

Noutras notas, a Ladroagem prossegue em mais uma das suas tentativas para inscrever o seu nome do Guiness. Desta vez, é pelo maior número de penáltis ridículos e roubados consecutivos de que há memória. Hoje foi o terceiro. Eu confesso que o nome do Olegário me fez temer o pior para o jogo de mais logo no Alvalixo. Mas face ao que tem sido visto, começo a prever que a 'incompetência' e 'inaptidão' vão é tender ao longo do jogo para o lado que for mais conveniente no momento, de forma a que no final o marcador se equilibre. Embora, claro, a vitória dos amigos da Ladroagem seja sempre vista como um mal menor. Vamos ter que saber ser muito, mas muito melhores em campo. Ou seja, vamos ter que ser Benfica.