Aberto
Vitória bastante sofrida num jogo de luta e com qualidade muito abaixo daquilo que se espera na Champions. A vitória acabou por sorrir-nos com mais um golo do suspeito do costume, mas também poderíamos ter perdido ou empatado, porque o jogo foi equilibrado e poderia ter caído para qualquer uma das equipas, ainda que com ligeira superioridade do Benfica, que conseguiu construir mais oportunidades de golo.
Relativamente ao jogo com o Rio Ave, duas alterações no onze: Jardel no lugar do Lisandro, e Derley no lugar do Lima. Quanto ao jogo, nem sei como posso conseguir escrever muito sobre ele. Achei-o francamente mal jogado, e acho que já vi jogos da nossa equipa B na segunda liga com mais qualidade. Os primeiros minutos até prometeram, com o Benfica a entrar relativamente bem devido sobretudo a algumas boas iniciativas do Gaitán, e com uma boa oportunidade desperdiçada pelo ultimamente desastrado Salvio. Mas depois disso o jogo depressa caiu para um nível muito pouco aceitável, com jogadores como o Salvio ou o Talisca muito desastrados, a perder bolas atrás de bolas e quase sem acertar uma. Apenas o Enzo me pareceu ir mantendo lucidez e tentando empurrar a equipa para a frente de forma mais organizada. Oportunidades nem vê-las, e a bola a passar a maior parte do tempo na zona do meio campo a saltitar de uma equipa para a outra, com nenhuma delas a parecer ter muita vontade de arriscar. Sobretudo o Mónaco, que claramente entrou em campo interessado em manter o empate e eventualmente explorar algum contra-ataque ou erro do Benfica para obter algo mais. Só mesmo a fechar a primeira parte é que voltou a haver emoção, numa enormíssima oportunidade de golo que surgiu nos pés do Gaitán, após aquela que terá talvez sido a melhor jogada que o Benfica construiu durante todos os noventa minutos. Mas o Gaitán acabou por demorar um bocado e o remate foi desviado já no limite por um defesa.
A segunda parte continuou a ser mal jogada, mas foi bastante diferente da primeira. O jogo ficou muito mais partido, com vários remates à baliza de parte a parte. Numa fase inicial foi mais uma vez o Benfica quem tomou a iniciativa, mas depois de uns dez ou quinze minutos foi o Mónaco quem passou para cima. O Gaitán nesta fase parecia já estar em condições físicas bastante longe das desejáveis e ajudava pouco na defesa, limitando-se quase a correr apenas quando tinha a bola nos pés. Atrás dele o André Almeida claramente não estava a conseguir dar conta do recado - e o Jardel ajudava à festa - e o seu adversário directo (Ferreira-Carrasco) fazia dele o que queria, resultando daí que era pelo nosso lado esquerdo que o Mónaco ameaçava quase sempre. Numa dessas investidas foi este jogador a obrigar o Júlio César a uma enorme defesa, que nos salvou de males maiores e manteve o resultado em branco (já na primeira parte tinha feito uma enorme defesa, mas o lance foi anulado por fora de jogo). Na entrada para a fase final do jogo, e numa altura em que já jogávamos com dois avançados após a troca do Samaris pelo Lima, o Benfica voltou a aparecer mais no ataque e acabou por ser recompensado a oito minutos do final, com um golo do inevitável Talisca. No seguimento de um canto, desvio de cabeça do Derley ao primeiro poste e o Talisca surgiu completamente sozinho na zona do segundo poste para fazer o golo. Este era mesmo jogo para ser decidido por um único golo, e portanto a vitória já não nos fugiu, ainda que um disparate do Jardel pudesse ter deitado tudo a perder - resolveu fazer a parvoíce de tentar agarrar a bola depois de cair, esquecendo-se que o árbitro por acaso nem tinha assinalado falta e ainda que estava dentro da área.
O jogador que mais me agradou foi o Enzo, que foi sempre um dos jogadores mais lúcidos durante todo o jogo, e aquele que os companheiros procuravam para organizar jogo. O Gaitán deve mais uma vez ter-se sacrificado pela equipa, porque me pareceu que claramente estava bastante longe da sua melhor condição física. Ainda assim foi importante nas acções ofensivas quando teve a bola nos pés. Gostei também do Luisão, e o Talisca melhorou da primeira para a segunda parte. Não gostei nada do André Almeida esta noite, que teve demasiadas dificuldades com o seu adversário directo e concedeu demasiadas facilidades pelo seu lado. O Salvio continua a atravessar uma fase má, e a desperdiçar demasiadas jogadas por insistir num individualismo excessivo.
Esta vitória em conjunção com o resultado no outro jogo significa que voltou a estar tudo em aberto no grupo. A manutenção na Champions está apenas à distância de um ponto, e qualquer uma das equipas à excepção do Leverkusen poderá seguir em frente, cair para a Liga Europa, ou ficar eliminada. Mas creio que para o Benfica poder manter qualquer tipo de aspirações concretas, terá que pontuar na Rússia.
1 Comments:
A analise ao jogo esta com a qualidade que nos habituaste.
Jogar a defesa esquerdo com o jogador que não é defesa nem sequer é esquerdino, embora ele já o tenha feito e até se aguente em jogos e com adversários mais fáceis, é arriscar muito e basta um treinador adversário conhecer a situação, ou se não conhecer ver e tirar partido disso, para explorar ao máximo as debilidades provocadas por esta escolha que faz pouco sentido é verdade que o suplente natural do lugar teve muito mal no primeiro jogo oficial mas até tinha dado boas indicações nos particulares anteriores e se ele não tem qualidade superior a esta adaptação que nunca convenceu então voltamos a ter um grave problema na esquerda da defesa porque o titular já nem é um jogador que defenda bem sequer.
Na segunda parte fomos com o passar do tempo perdendo o meio campo porque o nosso meio campo quase sempre em inferioridade já que uma das unidades das três unidades do meio campo apenas lá estava a espaços quando do lado adversários os três estavam sempre presentes impunha-se já nem digo o reforço mas pelo menos o refrescar dessa zona para voltarmos a pegar no jogo mas como sempre a decisão é a contraria ainda desfalcar mais o meio campo consequência disso ainda perdemos mais o controlo do jogo valeu desta vez a garra da equipa impulsionada pelo publico que jogando mais com o coração ia a espaços ao ataque mas quase sempre já em desespero conseguindo o golo e não fosse isso e tínhamos tido mais do mesmo.
Finalmente um golo de canto continua a ser um caso estranho que tem vindo a piorar de época para época acentuando-se nestas três ultimas é que somos quase inofensivos neste tipo de jogadas quase nunca criando perigo quanto mais marcar e o mais estranho é que nos lançamentos laterais somos fortíssimos marcamos não só mais golos dessa forma do que de cantos como muitas mais vezes criamos jogadas de perigo é um mistério que não se percebe e como vimos por este jogo a importância deste tipo de lances é enormíssima.
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