segunda-feira, novembro 10, 2014

Trabalho

Mais uma vitória pela margem mínima - a terceira consecutiva - num campo tradicionalmente complicado. Mérito para a forma como a equipa reagiu a um início de jogo adverso e conseguiu rapidamente inverter o resultado negativo.

O Benfica apostou na dupla Lima/Jonas para o ataque, deixando o meio campo para o Enzo e o Talisca. Na lateral esquerda manteve-se o André Almeida. O início de jogo dificilmente poderia ser pior: antes de se completar o primeiro minuto já o Nacional estava na frente do marcador, graças a um grande remate  muito colocado desferido de fora da área, na zona central, que levou a bola a embater ainda no poste antes de entrar. A resposta do Benfica foi quase imediata, e passados cinco minutos tinha restabelecido a igualdade: centro do Gaitán na esquerda e cabeceamento do Salvio, na zona do segundo paste, com o guarda-redes a defender para dentro da própria baliza. Os primeiros minutos deste jogo foram muito movimentados e com oportunidades claras de parte a parte, antevendo-se um jogo emocionante. O meio campo formado pelo Enzo e o Talisca parecia ser curto para tudo, e quando o Enzo saía do meio para acudir a fogos noutras zonas concedíamos demasiado espaço à frente da nossa defesa. O Nacional respondeu ao golo do Benfica com mais um remate na zona frontal que obrigou o Júlio César a uma enorme defesa, tendo mesmo introduzido a bola na nossa baliza no canto que se seguiu, mas o golo foi bem anulado por claro fora de jogo. A resposta do Benfica foi dada pelo Jonas, que com um remate colocado obrigou o guarda-redes a uma grande defesa para canto. No seguimento do mesmo, a bola voltou aos pés do Jonas depois de uma cabeçada do Luisão e desta vez o guarda-redes, mesmo tocando na bola, já não conseguiu impedir o golo. Estava consumada a reviravolta, e depois disso o jogo acalmou um pouco. Até ao intervalo houve ainda um par de boas ocasiões desperdiçadas pelo Benfica, a mais flagrante delas um cabeceamento torto do Salvio quando, sozinho ao segundo poste após cruzamento do Lima, parecia ter tudo para marcar.

A segunda parte foi completamente diferente da primeira. O Benfica esteve mais interessado em gerir o resultado e manter o jogo controlado, e conseguiu fazê-lo durante uma boa parte do tempo. Houve muito menor intensidade e menos espaços concedidos, e consequentemente muito menos ocasiões de golo, tornando-se o jogo cada vez mais enfadonho. Jogou-se também bastante pior, e da parte que nos toca fomos progressivamente sendo cada vez mais incapazes de organizar jogadas de ataque e manter a bola em nosso poder. Essa situação foi-se agravando nos minutos finais do jogo, em que o Nacional se conseguiu acercar mais da nossa área, dispondo também de diversos livres nas zonas laterais para despejar a bola lá para dentro. Foi bastante incómodo ver-nos incapazes de sair a jogar e levar a bola para o ataque, perdendo-a rapidamente e em sucessivas ocasiões para os adversários. Não assistimos propriamente a um sufoco por parte do Nacional, mas a bola andou demasiado tempo no nosso meio campo e nas imediações da nossa área para que me sentisse confortável, sobretudo estando nós a vencer apenas pela margem mínima. Houve dois grandes sustos, o primeiro num disparate dos nossos centrais que acabou num adversário a isolar-se, sendo-lhe erradamente assinalado fora de jogo (não houve qualquer golo anulado - ele rematou para a baliza com toda a gente parada). O segundo aconteceu já mesmo sobre o final da partida, quando um cruzamento largo vindo da esquerda encontrou um jogador do Nacional completamente solto na zona do segundo poste. Mas, imitando aquilo que o Salvio tinha feito na primeira parte numa situação praticamente igual, o cabeceamento saiu completamente disparatado por cima da baliza e poupou-nos a males maiores.

Honestamente, não consigo escolher um jogador para destacar pela positiva. Acho que a equipa esteve mais ou menos homogénea e conseguiu arrancar a vitória com bastante trabalho e empenho, mesmo sem grande nota artística. Pode ser apenas embirração minha, mas continuo a não estar convencido com a aposta sucessiva do André Almeida a lateral esquerdo. Fiquei sempre com a sensação de que os adversários conseguiam entrar por aquele lado com relativa facilidade, e que criavam grande parte do perigo por ali.

Acabei de saber que o campeão anunciado não passou na Amoreira, e portanto conseguimos dilatar a nossa vantagem sobre eles para três pontos, passando agora o Vitória de Guimarães a ser o adversário mais próximo. Acabou portanto por ser uma jornada ainda mais positiva. É importante e motivador conseguirmos continuar a vencer jogos destes, em que não sendo possível dar espectáculo conseguimos pelo menos lutar e trabalhar para arrancar o resultado desejado.

1 Comments:

At 11/10/2014 7:18 da tarde, Blogger joão carlos said...

Mais uma crónica com a qualidade que nos tens habituado.


Pelo terceiro ano consecutivo que nos deixamos surpreender pela entrada forte do adversário resultado sempre em golo nos primeiros minutos, e foi bem expresso pelos jogadores no final que disseram-se surpreendidos por aquela entrada, se à primeira todos caiem, à segunda cai quem quer à terceira só quem é burro existir um único jogador que por muito pouco tempo que esteja no clube seja surpreendido pelo aconteceu no inicio do jogo demonstra falta de preparação dos jogadores para o que era previsível que acontecesse e o pior é que não é a primeira vez que os jogadores se dizem surpreendidos com o adversário e a sua forma de jogar quando a mesma é mais que conhecida de todos.
Como é fácil marcar golos e criar perigo basta enviar a bola para o nosso lado esquerdo da defesa onde não temos defesa esquerdo centrar a bola para a entrada da área onde não temos médio defensivo, porque esta a jogar e mal a defesa esquerdo, e voltar e voltar a repetir o mesmo isto tudo porque por teimosia mantemos em campo um avançado que corre muito, luta muito mas joga muito pouco e marca nada e com isto fazemos deslocar das suas posições três jogadores que assim deixam de render o que podem e sabem para ter um sub-rendimento e por serem tantos não existe equipa que resista a isto.
Olhar para o nosso banco neste jogo e pensar-mos se não tinha sido escalado por algum adepto quer perceba pouco de futebol sem nenhum lateral, e o que aconteceria no caso de alguma lesão dos titulares inventávamos alguma solução sem sentido, sem um único extremo no banco se dois estão lesionados existe um terceiro que pelos visto não conta mais ainda assim para que serve a equipa b é que por acaso um deles esta em boa forma, mas o cumulo dos cúmulos é ter três avançados centro no banco alias este deveria ser um exemplo de como não se deve fazer um banco de suplentes.

 

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