domingo, fevereiro 22, 2015

Complicada

Foi uma vitória demasiado complicada para a superioridade que o Benfica demonstrou em campo durante todo o jogo. A falta de eficácia poderia ter custado caro, já que apesar do domínio completo do jogo não fomos capazes de o exprimir em golos e vimos o Moreirense colocar-se em vantagem no único remate que fez à nossa baliza, obrigando-nos depois a correr atrás do resultado.


Sem surpresa, o André Almeida foi o escolhido para ocupar a vaga no meio campo deixada pela suspensão do Samaris, mantendo-se o resto do onze como esperado. O Benfica entrou bem no jogo, instalando-se imediatamente no meio campo adversário e remetendo o Moreirense para junto da sua área. Ao contrário do que tinha visto nos três jogos anteriores contra esta mesma equipa, desta vez o Moreirense apostou numa atitude claramente defensiva, tentando tapar todos os caminhos para a sua baliza acantonando os seus jogadores na zona defensiva e tentando queimar tempo em qualquer reposição de bola em jogo desde o primeiro minuto. Apesar do domínio total do jogo, o Benfica não conseguiu traduzir isso em muitas ocasiões flagrantes de golo. Fomos evidentemente muito mais rematadores (quase mesmo a única equipa a rematar), conquistámos diversos cantos, mas apenas me recordo de uma ocasião flagrante de golo, na qual o Jonas acertou no poste depois de um centro do Pizzi. Foi portanto completamente contra a corrente do jogo que o Moreirense se colocou em vantagem. Tudo começou numa perda de bola do Salvio perto da linha do meio campo, que originou um contra-ataque pelo lado direito da nossa defesa. O André Almeida veio fazer a dobra, porque o Maxi estava adiantado, mas ninguém foi compensar a sua ausência no meio, o que permitiu que o jogador do Moreirense recebesse a bola na zona frontal à nossa área e tivesse todo o tempo do mundo para olhar e colocar o remate. Se as coisas já pareciam complicadas, pior ficaram, e se o Benfica já dominava completamente o jogo desde o apito inicial, era necessário imprimir mais velocidade no nosso jogo e maior agressividade na hora de atacar a baliza adversária, porque mais uma vez, e perante a floresta de jogadores do Moreirense, os nossos jogadores eram pouco expeditos e revelavam pouca vontade de arriscar rematar, perdendo-se jogadas sempre com mais um toque, um passe para o lado, ou uma finta.


Foi essa atitude que o Benfica trouxe para a segunda parte, e devido a isso a pressão sobre o Moreirense tornou-se cada vez mais intensa. Os pontapés de canto continuaram a acumular-se, o guarda-redes do Moreirense viu finalmente o amarelo por perder tempo (quando logo na primeira parte este amarelo já se justificava, isso diz muita coisa). O golo do empate acabou por aparecer ainda antes de se completar o primeiro quarto de hora. Depois de uma dúzia de pontapés de canto que nada deram, foi num que até nem era (o Salvio foi o último a tocar na bola) que chegámos ao golo. Canto marcado na direita pelo Pizzi e entrada fulgurante de cabeça do nosso capitão Luisão ao primeiro poste. Logo a seguir o Moreirense facilitou-nos a vida, já que ficou reduzido a dez devido a palavras dirigidas ao árbitro por um jogador seu. Por efeito directo da expulsão ou não, a verdade é que não tardou muito até que o Benfica resolvesse o jogo. Apenas cinco minutos depois da expulsão, e na sequência de mais um canto, num remate de ressaca de fora da área o Eliseu fez o segundo golo. O guarda-redes não ficou muito bem no lance, porque o remate foi relativamente fraco e feito com o pé direito, mas a bola passou pelo meio de um monte de jogadores e bateu à frente dele antes de entrar. E depois, para acabar com quaisquer dúvidas, bastaram mais sete minutos para marcarmos o terceiro golo. Cruzamento tenso e rasteiro do Salvio na direita, e o Jonas apenas teve que encostar quase em cima da linha. Com este golo o jogo ficou definitivamente resolvido, e os minutos finais passaram-se sem grande história, ficando no ar apenas a dúvida sobre se o Benfica ainda conseguiria ampliar a vantagem - e esteve muito perto de o conseguir, num grande remate do Talisca.


O Pizzi voltou a ser dos jogadores que mais me agradaram. Tem obviamente que evoluir no aspecto defensivo - no golo do Moreirense pareceu-me que houve passividade - mas foi dos mais activos e criativos no ataque. Além disso dá jeito que saiba marcar cantos de uma forma mais eficaz do que o Talisca, porque já andava cansado de ver os nossos cantos serem quase todos cortado ao primeiro poste devido à bola nunca ser suficientemente levantada. Muito bem o nosso capitão, a liderar por exemplo e a dar início à reviravolta. O Salvio acabou por fazer a assistência para o terceiro golo, mas nos últimos jogos tem conseguido irritar-me por excessos de individualismo que resultam em diversas perdas de bola.

Obviamente que há gente suficientemente desonesta para tentar fazer um cavalo de batalha do canto que resultou no golo do empate. Não era obviamente pontapé de canto, já que foi o Salvio o último a tocar na bola e o auxiliar claramente enganou-se (e confesso que também não acho, ao contrário do que alguns defendem, que fosse lance para penálti sobre o Salvio). Mas o Benfica já tinha conquistado uma dúzia de cantos, e querer fazer passar uma imagem de benefício ao Benfica pelo facto do árbitro ter assinalado mais aquele, como se soubesse que era mesmo naquele que o Benfica iria marcar, parece-me profundamente estúpido. Como seria igualmente estúpido se eu achasse que tínhamos sido prejudicados quando o árbitro, na primeira parte, transformou um pontapé de canto a nosso favor em pontapé de baliza, porque tinha a certeza que era naquele que o Benfica marcaria. O importante é que passou mais uma jornada e mantivemos a nossa vantagem no topo da tabela. É isso que deixa alguma gentinha mais nervosa, e a põe a disparatar ainda mais do que é costume.

1 Comments:

At 2/23/2015 6:47 da tarde, Blogger joão carlos said...

A analise ao jogo esta mais uma vez muito bem conseguida.


Já é o terceiro golo que sofremos deste jogador e para mais quando ele nem sequer é um goleador e não terá na carreira sequer muitos golos por vezes parece que os jogadores não tem a noção de quem tem pela frente nem que motivações os movem quando jogam contra nós ou não é feita bem a preparação dos adversários e daquilo que eles podem fazer, o que eu até nem acredito muito já que vários jogadores já vieram dizer que essa preparação é feita, ou essa mensagem sendo dada não esta a chegar aos jogadores ou então os jogadores não ligam aquilo que lhes é dito e neste caso foi apenas um jogador mas noutros tem acontecido que a equipa parece surpreendida com a forma como o adversário se apresenta quando o expectável era ele se apresentar daquela forma.
Se o lançamento de objecto para o terreno de jogo já é uma coisa em si própria má, o clube que o diga com as multas avultadas que paga, o lançamento de objectos para o terreno de jogo interrompendo o decorrer do mesmo quando a equipa não esta em vantagem, mesmo que tenha naquele momento alcançado o empate que de todo não nos servia, é absolutamente estúpido é dar tempo ao adversário para respirar para repensar objectivos e corta sempre alguma da motivação do momento que os jogadores viviam alem de que poderia ter servido para um qualquer jogador adversário aproveitasse para queimar tempo por vezes parece que certas pessoas deixam o cérebro à porta dos estádios.
Finalmente utilizamos jogadores da equipa principal na equipa B, como eu alias já venho defendendo à muito, e mais vale tarde do que nunca mas não deixo de registar que passamos do oito para o oitenta ou não utilizamos ninguém durante mais de meia época ora utilizamos logo três de uma vez que seja para continuar e com outros jogadores que o que não nos falta é jogadores a precisarem de recuperar o ritmo de jogo após longas pausas não precisam de ser tantos de uma vez basta ser de forma continuada e que todos sejam beneficiados e não só alguns que seja efectivamente para continuar é o que se espera.

 

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