quinta-feira, setembro 29, 2016

Erros

Sofremos esta noite uma derrota pesada, por culpa de erros próprios e de uma grande eficácia do adversário. Felizmente o outro resultado do grupo acabou por ser o mais interessante para nós, o que significa que a questão do apuramento continua completamente em aberto.

Acho que desde que o Rui Vitória é o nosso treinador que não o tinha visto alterar tanto a equipa de um jogo para outro, sobretudo em termos tácticos. O Benfica hoje apostou no reforço do meio campo, numa disposição mais próxima do 4-2-3-1, colocando o André Almeida ao lado do Fejsa. O André Horta foi o terceiro médio, e na alas o Pizzi regressou à direita, tendo o lado esquerdo sido infelizmente entregue ao Carrillo (peço desculpa, mas eu não consigo gramar este gajo - sim, esteve praticamente um ano sem jogar e dou-lhe desconto por isso, mas eu já não conseguia perceber o que viam de tão especial nele quando estava no anterior clube). A estratégia até parecia estar a surtir efeito, porque a primeira parte foi equilibrada e o Benfica até teve duas ocasiões soberanas para se colocar em vantagem, ambas pelo Mitroglou. Mas aos vinte minutos o Nápoles confirmou o chavão das equipas italianas e na primeira ocasião de que dispôs, marcou. Mais um golo sofrido de cabeça, no seguimento de uma bola parada (um canto). O canto em si nem foi particularmente bem marcado, mas Fejsa não atacou a bola de forma decidida e deixou-se antecipar ao primeiro poste pelo Hamsik. O descalabro do Benfica aconteceu na entrada para a segunda parte, e num período muito curto - três golos sofridos no espaço de oito minutos, entre os cinquenta e um e os cinquenta e nove. Desconcentração da equipa e muito em particular do Júlio César, que me pareceu que poderia ter feito melhor no segundo golo (de livre directo), cometeu o penálti que deu o terceiro golo (afinal este sacana de árbitro sabe marcar penáltis) e fechou da pior forma esta série negra com uma saída e falso a um cruzamento e consequente falha primária, que permitiu o quarto golo ao Nápoles. O jogo estava perdido, restava ao Benfica tentar dignificar ao máximo a sua imagem. Honra aos nossos jogadores que não baixaram os braços e lutaram até final, tendo sido recompensados com dois golos, Gonçalo Guedes (ao fim de três minutos em campo já tinha feito mais do que o Carrillo) e do Salvio, que amenizaram o resultado.

Conforme escrevi no início, felizmente esta derrota acabou por não comprometer a possibilidade de apuramento. Espero que para o resto dos jogos já possamos apresentar uma equipa mais forte - em particular, com o Jonas e a dupla Lindelöf/Jardel na defesa, para ver se acaba esta série de golos sofridos em bolas paradas e pelo ar. E apesar do muito respeito que tenho pelo Júlio César, parece-me que o jogo de hoje poderá ter dado uma vantagem decisiva ao Ederson na luta pela titularidade. Enfim, o mal está feito, agora o único caminho é deitar isto para trás das costas e pensar em ganhar ao Feirense.

1 Comments:

At 9/30/2016 6:07 da tarde, Blogger joão carlos said...

Embora tenha existido uma alteração táctica não acho que tenha sido por isso que tivemos este mau resultado até acho que ela estava a resultar muito bem já que na primeira parte eles só por uma vez criaram perigo e nós fomos a equipa mais perigosa e com mais oportunidades até ao primeiro golo agora não existe é táctica nenhuma que resista a erros individuais e aquele vendável de desconcentração individual que se alastrou depois ao resto da equipa em tão curto espaço de tempo, agora utilizando esta táctica os extremos utilizados tem de ter características diferentes daqueles que utilizamos na nossa táctica habitual e daqueles que acabamos por usar neste jogo terão de ser neste caso mais avançados pelas alas que extremos e ai é que esteve o grande erro.
Uma equipa com tão baixa estatura no seu global e com esta dupla de centrais que não conjuga entre si e nem é especialmente forte no jogo aéreo não pode conceder tantos cantos e faltas no ultimo terço do campo é que se uma equipa forte defensivamente nas bolas paradas já terá muitas dificuldades com tantos lances destes quanto mais uma que tem notórias dificuldades e o problema não se vai resolver só com a entrada de um novo defesa central os problemas vão muito para alem só disso.
A este nível muito poucas equipas resistem a tantas e tão importantes ausências que vão muito mais alem do que os titulares em falta como de segundas linhas que encaixavam que nem uma luva nesta táctica utilizada e não é só a quantidade deles ao mesmo tempo são os longos períodos de ausência já vamos com dois meses de época e alguns jogadores praticamente ainda não estiveram disponíveis e como temos visto não só isto não para como cada vez aumenta mais e não é só a equipa principal a B é outro estaleiro autentico e o pior é que parece que ninguém anda preocupado com isto e ou estancamos isto rapidamente ou não existe plantel que resista a tanta ausência.

 

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