Pouco
Nem vou perder muito tempo a escrever de um jogo sobre o qual pouco haverá a escrever. Ganhámos pela quinta vez consecutiva e voltámos a não sofrer golos, e é isso que se vai reter sobre o jogo.
Desta vez houve de facto mudanças no futebol do Benfica, e é justo admiti-lo. O modus operandi do Benfica tem sido fazer primeiras partes horríveis e depois apresentar melhorias nas segundas partes que nos permitem ganhar os jogos. Desta vez enganámos o adversário e depois da tradicional primeira parte horrível, voltámos para a segunda parte decididos a jogar ainda pior. O que foi conseguido com total sucesso. Na primeira parte, apesar do futebol pobre, ainda fomos criando uma ou outra ocasião de maior perigo, quase sempre com intervenção ou do Grimaldo, ou do Zivkovic. Acho que não é exagerado escrever que conseguimos ser melhores do que uma equipa que não vence desde Agosto e que tem o pior ataque do campeonato, pelo que a vantagem ao intervalo era justificada. Vantagem essa que foi conquistada através de um penálti cometido sobre o Jonas (depois de um bom cruzamento de trivela do Cervi) e convertido pelo mesmo. Na segunda parte, pouco mais fizemos do que segurar essa mesma vantagem. Com o Pizzi os noventa minutos em campo a espalhar toda a sua 'magia' - neste momento as exibições dele já passaram de fracas a patéticas, tendo na primeira parte protagonizado duas situação ridículas em que em posição de finalização primeiro falhou o remate, e depois hesitou e nem chegou a rematar - a qualidade do futebol foi sempre a decrescer ao longo do tempo, até terminarmos com uns vinte minutos finais penosos. É certo que o Marítimo foi tão mau que nem sequer conseguiu ameaçar grandemente o empate. Assistimos sobretudo a inúmeros livres despejados (mal) para a área, sem que algum deles chegasse sequer a causar grande perigo. Mas a nossa produção ofensiva foi quase nula e simplesmente parecemos abdicar de atacar ou sequer ter bola, o que é sempre uma receita para as coisas correrem mal. Felizmente não foi o caso e voltamos da Madeira com os três pontos.
Para mim os menos maus do Benfica foram o Zivkovic (em particular durante a primeira parte, já que na segunda acabou por se afundou também na mediocridade geral da equipa) e o Grimaldo. A titularidade do Pizzi neste momento, mais do que injustificada já começa a parecer-me uma afronta.
Desde o descalabro de Munique que tem sido só vitórias (cinco) e todas elas sem sofrer golos. O que não deixa de ser bom. Mas o futebol apresentado continua a deixar a desejar. À excepção da segunda parte contra o Feirense, regra geral continuamos a jogar de forma bastante desinspirada e previsível e não vislumbro particulares melhorias. Ainda bem que estamos a conseguir ganhar mesmo jogando assim, mas parece-me optimista esperar que esta situação se possa manter se continuarmos neste registo exibicional.
1 Comments:
A crónica esta muito bem conseguida.
No fundo o nosso jogo fica reduzido a dez ou quinze minutos, os últimos da primeira parte, onde tivemos três oportunidades e antes disso e depois disso foi uma completa miséria uma mão cheia de nada e mesmo a segurar o resultado foi quase sempre de pontapé para a frente sem conseguir ter bola, excepção feita aos últimos momentos em que conseguimos ter bola e no meio campo adversário.
Sempre as mesmas substituições sempre nos mesmos momentos isto é tudo tão previsível e depois da insistência até ao nojo sempre nos mesmos jogadores estejam eles bem ou vergonhosamente mal ainda vemos jogadores serem substituídos ficando outros em campo que estão muito piores quer em jogo produzido quer fisicamente.
Continuamos sem sequer vislumbrar melhorias naquilo que é mais simples e fácil de alterar que são as bolas paradas continuam a ser patéticos os lances que dai resultam isto já nem é sequer o não marcar de lances de bola parada, nem sequer o não conseguir criar oportunidades para o fazer neste tipo de lances é o nem perigo sequer criar e o problema é tão grave que vai muito para alem de ser sempre o mesmo a executamos ou mesmo de este as executar sempre mal e porcamente e ou rapidamente alteramos este estado de coisas e começamos a produzir nos lances de bola parada ou vamos passar por muitas dificuldades já que no jogo corrido não se prevê nem antevê melhorias tão cedo.
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