Cruel
No regresso a Amesterdão repetiu-se a sina da final da Liga Europa, e fomos derrotados com um golo mesmo ao cair do pano. É uma derrota cruel, sobretudo porque já era completamente inesperada naquela altura e porque o Benfica jogou e lutou para merecer outro resultado.
Com o Rúben Dias suspenso, coube ao Conti ocupar a sua vaga no centro da defesa, formando dupla com o regressado Jardel. A outra alteração foi o Gedson no meio campo, quando muitos apontavam o Gabriel à titularidade. Quanto ao jogo, acho que raramente vi jogos com tão poucos golos que me tivessem entretido tanto. Desde o primeiro minuto que vimos duas equipas a tentar marcar e ganhar este jogo. O Ajax com algum ascendente, ou não estivesse a jogar em casa, mas com o Benfica a conseguir sempre dar resposta e a manter os holandeses em sentido. Houve quase sempre espaço para atacar, um ritmo elevado e a bola a andar de uma área à outra. Que diferença para aqueles jogos a que estamos mais habituados, com uma equipa apenas interessada em destruir. O intervalo chegou com 0-0 mas podia estar facilmente 1-1 ou 2-2, porque as equipas contruíram ocasiões de perigo suficientes para isso. No Benfica eram os homens da frente, sobretudo Rafa e Seferovic, quem aproveitava o espaço e as muitas situações em que se apanhavam em um para um com os seus marcadores directos, já que cautelas defensivas houve sempre poucas, para se soltar e criar as jogadas mais perigosas. Pouco mudou na segunda parte e continuei com a sensação de que qualquer uma das equipas poderia marcar um golo que seria quase de certeza decisivo. Nenhum dos treinadores mostrou sequer vontade de alterar grande coisa, porque foram guardando as substituições para os minutos finais do jogo, e acabaram por nem sequer as gastar todas. E no último minuto do tempo de compensação, quando já nada o fazia prever, o Ajax chegou ao golo num remate de fora da área que fez a bola desviar no Grimaldo e trair o até então intransponível Odysseas. O lance começa numa falha do Conti (talvez a única no que até então estava a ser um jogo muito positivo) que não conseguiu um corte que parecia fácil, mas imediatamente antes houve um outro lance que me deixou muitas dúvidas na área do Ajax, já que me pareceu que o Cervi foi tocado em falta.
No geral achei que toda a equipa fez um bom jogo e não mereceu um desfecho tão cruel. Destaques maiores para o Odysseas, Rafa e Seferovic. O Conti também fez um jogo bastante bom e não merecia a mancha que foi o último lance do jogo.
Este resultado deixa-nos numa posição muito complicada no que diz respeito ao apuramento, pois deixámos de depender de nós próprios. Temos obrigatoriamente que vencer os dois jogos em casa e depois ver o que acontece nos outros jogos. Não tenho grandes críticas à forma como o Benfica se apresentou a jogar em Amesterdão. Acho que fizemos um bom jogo e procurámos ganhar. Fomos traídos por um lance de infortúnio, mas isso não altera a minha opinião sobre todo o jogo. Agora é fundamental não deixarmos que isto afecte a equipa, e que regressemos às vitórias já no próximo jogo.
1 Comments:
Discordo que tenhamos disputado o jogo da mesma forma na segunda como o fizemos na primeira, quanto muito foi até aos sessenta minutos, alias foi por esta altura o nosso ultimo remate, a partir daqui a equipa apenas se preocupou em segurar o resultado, agora se foi por instruções ou por desgaste físico só o treinador, e os jogadores, saberão mesmo que tenha sido por estratégia até seria uma estratégia legitima não fosse o caso de todos nós sabermos que não temos nem equipa nem jogadores para executar a mesma com sucesso e não tivéssemos vários e sucessivos exemplo de como ele não funcionou algumas vezes até a estratégia a ruir nos mesmo momentos em que esta ruiu.
Fosse qual fosse o problema ou por estratégia ou por quebra física, que foi evidente nos avançados, o que não se percebe foi o tardar das substituições e o não termos sequer as esgotados porque se era para segurar o resultado o meio campo precisava de ser reforçado e não apenas refrescado, e pouco, como foi, se era para continuar a tentar até ao fim não se percebe com o nosso melhor marcado no banco como ele não entra para refrescar o ataque, e no fundo deixou sempre a sensação de que ficou á espera do que os outros faziam em termos de substituições, sempre reactivo, e mal, e nunca afirmativo.
Já são vários os casos em que nos últimos momentos, e não só no final das partidas perto do intervalo também, em que em vez de se ter uma maior concentração os jogadores parece que descontraiam e as situações acontecem já foi assim no jogo que decidiu o titulo o ano passado, já foi assim em dois jogos da liga dos campeões perto do intervalo, uma em que perdemos uma vantagem na outra um jogador, pelo mesmo motivo já nos custou pontos no campeonato e agora neste e ou isto é trabalhado para que os jogadores mantenham, mas sobretudo aumentem a concentração neste momentos, ou vão continuar a acontecer situações como estas.
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