sábado, julho 16, 2011

Evolução

Contra o adversário mais forte da pré-época até agora, o Benfica já se mostrou alguns furos acima daquilo que tínhamos visto na Suíça, tendo vencido o PSG por 3-1 com alguma naturalidade.

Apresentando um onze inicial cuja maior novidade era a presença do Gaitán como segundo avançado, o Benfica entrou bem no jogo, mostrando uma boa dinâmica no ataque e conseguindo exercer uma pressão bastante alta ainda no meio campo adversário. Marcámos cedo, pouco depois dos dez minutos, com o Cardozo a aproveitar, já perto da pequena área, um ressalto após uma boa iniciativa individual do Aimar. Infelizmente a defesa comprometeu quatro minutos depois, consentindo o empate numa jogada em que o PSG aproveitou o espaço dado pelo André Almeida, que não acompanhou o seu adversário directo (Nené) quando este fez uma diagonal para o centro. A este golo seguiu-se o pior período do Benfica no jogo, e só no último quarto de hora é que voltámos a subir de rendimento e a empurrar o PSG para a sua defesa.

A segunda parte trouxe as habituais alterações, com uma equipa quase toda diferente do meio campo para a frente: entraram Nolito, Saviola, Jara e Witsel para os lugares do Bruno César, Pérez, Aimar e Cardozo, e minutos depois foi a vez do Urreta substituir o Gaitán, com o Benfica a passar a jogar numa disposição mais próxima do 4-4-2 clássico. O Benfica entrou melhor, e acabou por chegar ao segundo golo pelo Jara, isolado após uma insistência do Nolito, que recuperou a bola na defesa do PSG. Pouco depois deu-se a expulsão de um jogador francês, e os últimos vinte minutos foram quase de sentido único para a baliza do PSG, com o terceiro golo a chegar mesmo no final, quando o Saviola aproveitou mais uma jogada individual do Nolito para rematar com êxito. No 'desempate' por penáltis, o Benfica voltou a vencer, aproveitando a defesa do Artur ao remate final do PSG, e ainda um dos penáltis mais caricatos que vi acabar em golo, marcado pelo Javi.

Destaques do Benfica o Artur, sempre seguro durante todo o jogo, Aimar na primeira parte, e Nolito na segunda. Não gostei muito de ver o Gaitán jogar como segundo avançado; pareceu-me que ficou demasiado ausente do jogo. O Saviola continua a atravessar um momento infeliz, e só no final, com o golo e um passe fantástico para o Jara, é deixou uns lampejos daquilo que sabe fazer. O Matic ainda me causa alguma confusão. Parece ser bastante bom posicionalmente, mas depois fico sempre com a sensação que arrisca demais para o estilo de jogador que é e a posição que ocupa, pois demora algum tempo a libertar-se da bola e nem sempre procura jogar simples. Quanto à estreia do Witsel, não se pode dizer muito. Julgo que se terá preocupado em não complicar. Tacticamente, vi-o muitas vezes preocupado em ajudar a fechar o lado direito, por onde o PSG tinha causado mais problemas na primeira parte, e a verdade é que o André Almeida teve uma segunda parte bem mais tranquila. Mas não podemos ignorar o facto do melhor jogador do PSG (Nené), que jogava naquela zona, já não estar em campo.

O mais importante é mesmo notar-se evolução na equipa. Vi, mesmo que a espaços, o Benfica construir jogadas agradáveis e ser capaz de pressionar de forma eficaz. Temos o problema de ter que jogar com aquela defesa de circunstância, mas por outro lado causa-me bastante expectativa pensar o que é que esta equipa poderá fazer assim que tivermos a defesa completa. Porque para jogar à frente dela julgo que temos muitas e boas soluções.

1 Comments:

At 7/16/2011 4:23 da tarde, Blogger GM said...

Foi mais um bom teste. A evolução foi notória.
Tenho a sensação que o Benfica terá um plantel muito bem apetrechado. Falta apenas limar algumas arestas que se conhecem.

Estou em crer que ficaremos limitados ao factor externo como principal obstáculo para reconquistarmos os títulos que nos escaparam no ano passado.

Náo podemos falhar.

P.S. Javi "El Capitán" Garcia deve renovar contrato antes do fim da época. O futuro grande CAPITÃO do Benfica. Tem TUDO.

 

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