Fácil
Noite tranquila com uma vitória fácil (talvez até inesperadamente fácil, tendo em conta o que tínhamos visto deste adversário no jogo para a Liga há um par de meses) que ficou praticamente garantida logo nos instantes iniciais do jogo, permitindo depois uma boa gestão do esforço.
Não houve nenhuma revolução no onze, que apresentou apenas três novidades em relação ao que tem sido habitual: Benito, Cristante e Derley, com o André Almeida a passar para a direita. O Benfica teve uma entrada de rompante no jogo, e ao sete minutos já tinha feito o marcador funcionar por duas vezes, ambas com golos do Jonas. O primeiro num remate à entrada da área, muito colocado, a passe do Salvio, e o segundo num bom trabalho individual já dentro da área, depois de receber um passe da esquerda do Gaitán. Tudo simples, com jogadas em velocidade e pormenores de classe. O Salvio estava em noite endiabrada e era dos seus pés que surgiam grande parte dos lances de perigo. No meio campo o Cristante pareceu mais confortável na posição de médio defensivo, o que libertou o Enzo para uma exibição bastante positiva, aparecendo frequentemente a apoiar o ataque. E os dois avançados que jogaram hoje complementaram-se muito bem, com o Derley numa posição mais fixa a prender eficazmente os defesas e a conseguir segurar a bola para as entradas dos colegas, enquanto que o Jonas aproveitava para jogar mais solto e deambular pela frente, vindo atrás buscar jogo. O terceiro golo surgiu pouco depois dos vinte minutos, em mais uma jogada bonita que merecia ter acabado com o hat trick do Jonas. Mas o corte do defesa do Moreirense acabou por levar a bola para os pés do Salvio que, sobre a linha de fundo e quase encostado à baliza, finalizou com facilidade. O Moreirense ainda reduziu cinco minutos depois, num cabeceamento após um livre lateral, mas o golo não afectou o Benfica, que continuou tranquilo no jogo, ainda que com menos intensidade no ataque.
Para a segunda parte o Benfica trocou o Gaitán, que apesar da participação no segundo golo tinha estado relativamente apagado no primeiro tempo, pelo Ola John. O registo do jogo pouco mudou, com o Benfica a manter-se por cima e a ameaçar chegar ao quarto golo, o que aconteceu ainda antes de completado o primeiro quarto de hora. Novamente o Derley na jogada, a soltar para o Salvio já dentro da área, que depois passou pelo meio de um cacho de adversários e finalizou na cara do guarda-redes. Pouco depois o Benfica retirou o Salvio e a seguir o Enzo do campo, e com a saída daqueles que estavam a ser dos principais dinamizadores do nosso futebol o jogo ficou mais desinteressante e perdeu qualidade. Os jogadores que os substituíram (Talisca e Samaris) não mantiveram o nível exibicional dos dois argentinos e o nosso jogo ficou mais confuso e menos perigoso. O Moreirense tentou alguns remates de longe, a que o Júlio César se opôs sempre bem, e já nos últimos minutos - período durante o qual o Benfica voltou a melhorar um pouco o seu jogo - o Jonas esteve novamente perto do hat trick, mas viu o golo ser-lhe negado por uma boa defesa do guarda-redes do Moreirense.
A equipa em esteve geralmente bem, mas o destaque maior é para o Salvio, que marcou dois golos e fez a assistência para mais outro. Os dois golos do Jonas também merecem o natural destaque. O Derley não marcou mas na minha opinião fez uma exibição muito positiva, com participação activa em três dos golos. Hoje terá sido, na minha opinião, o melhor jogo (também não foram muitos, é verdade) que o Cristante fez desde que chegou ao Benfica. E conforme disse, creio que isso terá contribuído também para que o Enzo tenha podido jogar de forma mais solta e aparecer mais frequentemente a apoiar o ataque.
Jogo resolvido cedo e sem grandes dificuldade, apuramento para os oitavos e gestão eficaz de esforço antes de um decisivo jogo da Champions conseguida. Missão totalmente cumprida, portanto.
1 Comments:
O post é mais uma vez o espelho daquilo que foi o jogo.
Que diferença faz jogarmos com um defesa esquerdo mas principalmente com uma ponta de lança, e acrescentaria que não ajuda também termos jogado com um médio defensivo, se compararmos este jogo em que apenas tivemos de inicio um ou dois jogadores em posições adaptadas com aquele outro em que metade dos jogadores da equipa estavam fora das posições onde rendem mais a diferença é abismal por norma o mais simples é o melhor para quê complicar e andar a inventar.
Já não restam duvidas nenhumas de quem é o preferido para fazer dupla no eixo da defesa com o nosso capitão não que a escolha me faça confusão que não faz, até porque sempre lhe reconheci capacidades para ser um terceiro central de grande qualidade mas que acho que falta algo mais para ser titular, mas a minha opção teria sido outra é verdade que analisando o que valem os dois jogadores neste momento, até pelas exibições dos dois, a escolha até é a correcta no momento mas eu vejo um potencial no argentino, que o titular não tem nem nunca teve, mas que para o atingir precisa de jogar regularmente esta será a melhor decisão no imediato mas com outra opção teríamos muito a ganhar a médio prazo.
Continua a saga das lesões musculares mais uma esta não obrigou a substituição porque as tínhamos esgotadas e valeu que não teve influencia no jogo, mas poderia ter, isto já não é uma questão de sorte, ou falta dela, é uma questão de competência alguma coisa se passa para tantas e tão frequentes lesões com os custos inerentes ausência dos jogadores mas sobretudo perca de forma e ritmo mas o mais grave é que ninguém parece muito preocupado com o assunto e acham isto tudo normal e isto claramente não é normal.
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