segunda-feira, setembro 21, 2015

Infeliz

Uma derrota infeliz num jogo com duas partes muito distintas e que apareceu já perto do final, numa altura em que que o jogo parecia caminhar para um empate que seria, na minha opinião, o resultado mais ajustado ao futebol jogado dentro do campo.

Uma única alteração no onze, já esperada dada a necessidade de apresentar um meio campo com maior capacidade de recuperação da bola: André Almeida no lougar do Talisca. E o Benfica acabou por fazer uma primeira parte surpreendentemente boa, talvez das melhores que já fizemos esta epoca. A equipa toda a actuar num bloco sólido, a conseguir pressionar alto e a impedir que o Porto pudesse fazer o seu jogo mais típico de posse de bola constante. Ao bom jogo do Benfica faltaram os golos, já que pelo menos por duas vezes o Casillas salvou o Porto, após cabeceamentos do Mitroglou e do Luisão, com duas grandes defesas. Durante esta primeira parte mantivemos o Porto relativamente bem controlado, já que no ataque foi quase inofensivo e não causou quaisquer problemas ao Júlio César. Na segunda parte o cenário mudou completamente. O Porto entrou mais forte, acertou no poste logo a abrir e foi sempre a equipa mais perigosa e que esteve por cima do jogo. Não foi um sufoco constante, já que ocasiões de golo e mesmo remates foram poucos e apenas por uma vez o Júlio César teve que intervir, mas o Benfica é que praticamente desapareceu em termos ofensivos, e foi progressivamente parecendo cada vez mais conformado com o empate. As equipas equivaleram-se em termos de remates e ocasiões de golo, mas infelizmente a três minutos do final surgiu o lance que desequilibrou e resolveu o jogo, numa arrancada pelo meio do filho do maior e mais maldoso caceteiro que alguma vez pisou os relvados portugueses (o filho é consideravelmente melhor jogador do que o pai alguma vez foi). Houve uma enorme falha de cobertura por parte do nosso meio campo, que permitiu que se abrisse uma clareira enorme à frente da nossa defesa onde, depois de uma tabela com um colega, o André André se isolou e bateu o Júlio César com um remate rasteiro e colocado. Foi um golpe duro que ditou uma derrota num jogo que, na minha opinião, não merecíamos ter perdido.

Apesar da derrota parece-me que houve alguns sinais positivos que podemos retirar deste jogo, sobretudo relativamente à primeira parte que realizámos. É sempre muito mau perder com o adversário directo, mas também não é o fim do mundo e não vale a pena estar a chorar sobre leite derramado. Estamos na quinta jornada, há ainda muito para jogar, e o que eu vi esta noite não me permitiu vislumbrar qualquer superioridade incontestável da equipa que mais investiu (por larguíssima margem) para esta época e que mantém o treinador da época passada. O jogo foi perfeitamente equilibrado e acabou decidido num pormenor. Tenho esperança que melhores dias virão.

1 Comments:

At 9/22/2015 6:03 da tarde, Blogger joão carlos said...

O corte com o sistema utilizado nos últimos anos tem de ser feito com maior rapidez do que o que esta a ser feito até este momento continuamos a ter os defeitos e a cometer os mesmos erros do sistema passado sem no entanto termos as suas virtudes neste momento tenta-se mudar mas sem alterar muito mas o que temos visto é que não é suficiente parecem existir sinais positivos mas neste momento isso só não chega neste momento a margem de manobra é cada vez mais curta e ou se acelera o processo de transição ou a margem de manobra acaba por desaparecer.
A existência de jogadores intocáveis, por muita qualidade que tenham, nunca é benéfica para a equipa utilizar nestes jogos um segundo avançado que no fundo acaba por não o ser porque nem a equipa produz jogo suficiente para o alimentar nem o jogador joga na posição que mais o beneficia e coloca em evidencia as suas qualidades jogando mais recuado nem ele tem características para fazer bem essa posição nem esta onde deveria estar e é decisivo como fica bem evidente ele que tantos golos marca em quatro jogos contra os nossos rivais não marcou um único golo, mais nesses quatro jogos a equipa nunca ganhou, temos de tirar o melhor proveitos dos jogadores e das suas características mas a equipa não pode ficar refém de um jogador por muita qualidade que tenha as suas características não encaixam em determinados jogos.
Cada vez fica patente que em determinadas posições a quantidade de jogadores até abunda mas nenhum tem tido capacidade, por razões diferentes, para se assumir como dono do lugar é vidente que a qualidade media do plantel é inferior ao passado mesmo para quem é mais novo tem de existir em competição directa com eles qualidade superior ou no mínimo equivalente de forma a eles se superarem, como é o caso na direita da defesa, ter minutos na equipa só por ter, só porque o que existe é muito mais fraco que eles não chega neste caso a evolução é muito mais lenta.

 

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