Melhoria
O Benfica regressou às vitórias fora de casa para o campeonato graças a uma melhoria em relação às últimas exibições, conquistando um resultado que é escasso dadas as ocasiões de golo criadas - foi muito por culpa do veterano Quim, que na baliza do Aves fez uma exibição fantástica, que não construimos uma vitória bem mais dilatada.
A principal surpresa no onze inicial foi a ausência do Pizzi. Face ao regresso do Jonas, a opção do nosso treinador foi a de manter o Fejsa e o Filipe Augusto no meio campo. O que, face ao pesadíssimo e escorregadio relvado do Aves (os nossos jogadores passar o tempo todo a escorregar, e até o próprio árbitro caiu) é capaz de ter sido a melhor opção. Os jovens Svilar, Rúben Dias e Diogo Gonçalves mantiveram a titularidade, e na frente o Jiménez deu o seu lugar ao Seferovic. O Douglas tinha ficado de fora da convocatória, por isso foi sem surpresa que jogou o André Almeida. A exemplo daquilo que o Benfica tem feito quase toda esta época, entrámos bem no jogo. Lançámo-nos no ataque desde o apito inicial, e logo numa das primeiras jogadas o Quim mostrou logo que estava em dia inspirado e negou ao Diogo Gonçalves aquilo que seria um grande golo, num remate cruzado. O Aves respondeu quase de imediato com um remate de fora da área que obrigou o Svilar a uma defesa atenta, mas se isso fez alguém pensar que teríamos um jogo de parada e resposta, foi engano. Muito por culpa do péssimo relvado, o jogo estava a ser de um intensidade física grande, mas com o Benfica, apesar das escorregadelas, a ganhar claramente a luta e a instalar-se no meio campo do Aves, que se limitava a jogar para segurar o nulo, espreitando um ou outro tímido contra-ataque. O golo foi sendo adiado até perto da meia hora, altura em que o Diogo Gonçalves foi claramente derrubado dentro da área e, na marcação do respectivo penálti, o Jonas colocou-nos em vantagem (o péssimo estado da relva ainda ssim poderia ter feito com que o Jonas tivesse falhado o penálti). Depois disto, e também uma repetição daquilo a que já vimos acontecer várias vezes esta época, deu-se um apagão na equipa. Não encontro grandes explicações para isto acontecer tantas vezes, mas o facto é que o Aves, que até aí tinha sido quase inexistente em termos ofensivos, começou a aparecer com maior frequência na frente, enquanto que nós nos apagámos no ataque. Os minutos finais da primeira parte foram mesmo os piores que atravessámos em toda a partida, e naturalmente o melhor período do Aves na mesma. Mas apesar de um ou outro susto, conseguimos sair para intervalo em vantagem, o que era um reflexo justo daquilo que se tinha visto durante a primeira parte.
Na reentrada para o segundo tempo a nossa equipa pareceu vir com maior tranquilidade do que aquilo que tinha mostrado nos minutos antes do intervalo. Prioridade em manter a posse de bola, optando por passes seguros entre os seus jogadores e sem grandes correrias. E ao fim de cinco minutos a tranquilidade naturalmente aumentou com o segundo golo. Um remate do Jonas foi desviado por um defesa para a direita do nosso ataque, onde surgiu o Salvio solto para fazer um remate enrolado e com muito pouco ângulo, mas que fez a bola ultrapassar o Quim e encaminhar-se para a baliza, numa trajectória quase paralela à linha de golo. Muito provavelmente a bola entraria mesmo, mas ainda surgiu o Seferovic para confirmar o golo quase em cima da linha. Honestamente, pensei nesse momento que o jogo estivesse definitivamente decidido. Não via no Aves capacidade de reacção para marcar dois golos, até porque os minutos que se seguiram ao nosso segundo golo ainda reforçaram essa minha convicção. O Benfica continuou a ter o jogo perfeitamente controlado, e a única dúvida seria se marcaríamos mais algum golo, porque não só continuávamos a criar perigo na frente como também o Aves nada fazia que nos levasse a crer serem capazes de marcar. Mas como no futebol as coisas podem sempre mudar de um momento para o outro, a um quarto de hora do final, e no seguimento de um canto, o Aves reduziu. O Seferovic deixou-se antecipar por um dos defesas centrais adversários na zona do primeiro poste e a reacção do Svilar já não foi a tempo de evitar que a bola entrasse. O jogo estava agora, completamente contra as expectativas, relançado. Felizmente que por pouco tempo, porque bastaram três ou quatro minutos para que o Benfica voltasse a colocar a diferença em dois golos. Novo penálti, desta vez por falta sobre o Pizzi (tinha entrado há minutos para o lugar do Salvio) e novamente o Jonas a concretizar. Os jogadores do Aves ficaram a reclamar uma possível falta do Jonas no início da jogada que culminou no penálti, e sinceramente parece-me que poderão ter razão - mas clamarem pelo vídeo-árbitro não faz sentido porque não é suposto ele intervir em situações destas. Até final, o Quim continuou a evitar um resultado mais volumoso, ainda que pelo meio tenhamos visto uma bola embater no poste da nossa baliza, depois de ligeiramente desviada pelo Svilar.
Sem conseguir fazer grandes destaques a nível individual, já que o nível foi mais ou menos constante em toda a equipa, parece-me que pelo menos os 'miúdos' que jogaram não devem sair da equipa tão cedo. Pelo menos o Rúben Dias estará de pedra e cal na equipa, e à medida que vá somando minutos e ganhando experiência deverá assumir mesmo o estatuto de titular. O Diogo Gonçalves também esteve bem e é um jogador que eu aprecio bastante e em quem deposito grandes esperanças, mas a concorrência nas alas é forte. De qualquer maneira não vejo razões para sair da equipa. Na baliza, o Svilar não teve responsabilidades no golo sofrido e esteve sempre bem e transmitiu segurança.
Creio que neste jogo mostrámos um pouquinho mais daquilo que de positivo tínhamos conseguido ver no jogo da Champions, mas o caminho a percorrer ainda é longo. A quebra de rendimento após chegarmos à vantagem voltou a ver-se e isso é algo que tem que ser corrigido. Por outro lado, foi positivo ver a equipa a não se deixar afectar e a reagir rapidamente ao golo sofrido. Não foi uma exibição de encher o olho, mas foi mais do que suficiente para justificar a vitória neste jogo, e manifestamente melhor do que aquilo que tínhamos vindo a fazer nos últimos jogos para a liga. Agora é esperar que continuemos a progredir.
1 Comments:
A analise esta com a qualidade que nos tens habituado.
Com o guarda redes adversário com as dificuldades que bem lhe conhecemos, e alias que bem sofremos, de ser muito débil nas bolas pelo ar sobretudo em cantos não termos marcado um sequer dos muitos que tivemos para a pequena área tentando explorar as suas dificuldades é perfeitamente incrível para não dizer patético ou amador por outro lado a facilidade como concedemos cantos sem necessidade e por dá cá aquela palha é impressionante e se fosse o caso de sermos dominadores em absoluto neste tipo de lance ainda se percebia mas não é sempre uma aflição e a maioria dos golos que sofremos resulta deste tipo de lance não se percebe.
Discordo que o nosso guarda redes tenha estado assim tão bem ou sequer seguro é que ele nos cruzamento andou sempre aos papeis muitas vez completamente perdido e já estou a dar como certo que naquele primeiro lance ele não viu a bola partir é que se viu então por muito pouco não ia dando outra barraca.
Não acho que as melhoras tenham sido assim tão grandes a diferença é que entrou o segundo e isso fez toda a diferença de resto o filme dos restantes jogos foi exactamente o mesmo e mesmo a resposta que demos após eles terem reduzido tem muito a ver com ainda estar em vantagem e já não estar a clarividência é totalmente diferente e foi coisa que sempre faltou anteriormente agora o problema principal continua não temos quem distribua jogo porque ou joga um jogador que defende razoavelmente mas não sabe distribuir jogo, como foi o caso desta vez, ou que sabe distribuir mas não sabe defender e ou arranjamos rapidamente um jogador que faça as duas coisas ou então os problemas da equipa vão continuar.
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