segunda-feira, agosto 05, 2019

Manita


Foi uma forma muito boa de regressar aos jogos oficiais. Mais um troféu conquistado e uma manita a uma equipa que merece sempre uns resultados destes. E nem me vou alongar muito. Sinceramente, o Benfica nem sequer fez um jogo por aí além. Jogámos com a equipa esperada, que incluiu a adaptação do Nuno Tavares à lateral direita e a dupla atacante De Tomas/Seferovic. O jogo foi repartido durante o primeiro tempo, em que jogámos contra o vento, e o melhor jogador do mundo e arredores conseguiu ameaçar a nossa baliza um par de vezes (mas o lance mais perigoso foi um quase autogolo do Ferro, que o Vlachodimos defendeu). O Benfica foi aquilo a que nos habituou com o Bruno Lage: sempre ameaçador nas transições, nas quais consegue facilmente criar situações em que surgem quatro, cinco ou até mais jogadores na zona de finalização. A cinco minutos do intervalo o Pizzi, esse jogador banal que nem sequer teve lugar no onze ideal da Liga da época passada, com um cruzamento largo descobriu o Rafa na zona do segundo poste, que com um toque de primeira nos colocou em vantagem. Na segunda parte, demorámos quinze minutos a chegar ao segundo golo e depois foi simplesmente assistir ao completo desmoronamento do Sporting. Uma recuperação de bola do Rafa logo à entrada da área adversária, e passe para o banal Pizzi fazer o golo. Três minutos depois, livre directo do Grimaldo e três a zero. A resposta do Sporting foi o melhor jogador do mundo e arredores a jogar sozinho e a divertir-se a atirar bolas para a bancada. Eu diria que com base neste jogo ele se desvalorizou uns cinquenta milhões. Nada de muito grave, ainda dá para o vender por uns cento e cinquenta. Neste momento a goleada era quase uma certeza, só restava saber por quanto. O quarto golo surgiu mais uma vez pelo banal Pizzi num remate cruzado, depois de mais uma assistência do Rafa. O quinto foi sendo adiado até ao apito final, altura em que uma insistência do Seferovic depois de ter falhado o golo deixou a bola para uma recarga enrolada do Chiquinho. Isto depois de sobre o minuto noventa um jogador do Sporting ter sido expulso, o que claramente mostra a forma como o Sporting foi roubado pela arbitragem (a sério, vejam o relato do jogo no canal deles se se quiserem rir um bocado). Estranhamente, a presença do melhor jogador do mundo e arredores em campo não foi suficiente para golear o Benfica, e em vez disso foi o banal Pizzi a fazer dois golos e uma assistência e a ser considerado o homem do jogo.

Destaques do Benfica: Pizzi (dois golos e uma assistência), Rafa (um golo e duas assistências) e Florentino (um monstro no meio campo).

Foi bom ganhar de forma convincente, e se calhar ainda melhor porque nem jogámos assim tanto - por exemplo, a época passada jogámos muitíssimo melhor para o campeonato em Alvalade e só vencemos por 4-2, quando justificámos um resultado muito mais dilatado. Mas parece-me evidente que temos um plantel superior ao do Sporting. Agora é importante não deixarmos que este resultado conduza a qualquer tipo de euforias, porque há claramente ainda muito trabalho pela frente.

1 Comments:

At 8/05/2019 7:39 da tarde, Blogger joão carlos said...

A análise esta com a qualidade que nos tens habituado.


Na primeira parte tivemos mais iniciativa mas sempre com muito poucas oportunidades valeu a nossa eficácia na finalização, defensivamente o nosso lado direito foi um enorme buraco e foi sempre, e quase exclusivamente, por esse lado que eles tiveram as oportunidades e claramente esta opção não é solução nem sequer de recurso no segundo tempo já foi um jogo dentro daquilo que tem sido o nosso normal.
O que mais merece destaque foi a excelente condição física da grande maioria dos jogadores, tirando uma ou outra excepção de jogadores que por normal raramente aguentam o jogo inteiro mesmo no pico da época, para esta altura da época sendo que só mesmo nos últimos minutos é que as substituições se justificaram por desgaste físico e nunca se verificou a acentuada quebre que por norma nestes primeiros jogos acontece por volta do ultimo quarto do jogo.
Num jogo em que marcamos tanto e o nosso ponta de lança fica em branco nunca é um bom sinal muito menos quando ele foi o jogador de longe que teve o maior numero de oportunidades e por isso o maior numero de desperdício de muito longe em relação aos outros, alias a sua capacidade de finalização é inversamente proporcional à sua excelente capacidade de desmarcação, e ou ele melhora ou vamos passar por dificuldades já que nem sempre os outros vão ter a capacidade finalizadora que tiveram desta vez.

 

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