Pormenores
Um jogo esforçado da nossa equipa, mas que acabou no cenário que infelizmente se vem tornando habitual na Champions. Contra uma equipa mais forte, falhar nos momentos decisivos é quase sempre fatal.
O onze do Benfica teve surpresas, com a estreia do Tomás Tavares na lateral direita, o Jota a fazer dupla na frente com o De Tomas, e o Cervi a jogar pela primeira vez a titular esta época. No meio campo, repetiu-se a dupla Fejsa/Taarabt. Na primeira parte conseguimos manter o jogo equilibrado e dividir o jogo com o actual líder da Bundesliga, ainda que se notasse que quando o Leipzig forçava mais tinha a capacidade para nos empurrar para trás, remetendo-nos a tentativas de saídas em contra-ataque. O Tomás Tavares cedo mostrou que não acusava muito a pressão do jogo, ainda que durante a primeira parte se limitasse quase sempre a tarefas defensivas, arriscando muito pouco. Talvez por cautela, o Pizzi esteve quase sempre muito encostado à direita, preocupado em fechar aquele lado e apoiar o lateral, e a equipa mais uma vez se ressentiu da sua ausência em funções de organização. O Jota esteve menos feliz, complicando diversas vezes as jogadas por algum excesso de individualismo, e o principal destaque acabou por ser mais uma vez o Taarabt, por quem acabava por passar quase todo o nosso futebol. Na segunda parte o Leipzig pressionou, esteve mais por cima no jogo e começou a ser preocupante a facilidade e frequência com que conseguiam colocar bolas nas costas da nossa defesa. Mas o Benfica conseguia manter os alemães em sentido com boas saídas para o ataque. Mas eu confesso que quando estou a ver os nossos jogos na Champions tenho sempre a sensação que num pormenor ou outro eles acabam sempre por cair para o lado do adversário. Por isso nem estranhei quando, depois de uma boa ocasião do Pizzi, o Leipzig marcou num lance básico. O Werner apanhou uma bola solta na área e rematou de pronto para o golo. Faltavam pouco mais de vinte minutos para jogar e podíamos ter chegado ao empate poucos minutos depois. Uma excelente iniciativa do Taarabt deixou o Cervi completamente isolado, mas este limitou-se a fazer um remate rasteiro à figura do guarda-redes. Mais uma vez a questão dos pormenores: o golo do Leipzig resultou de uma ocasião muito menos flagrante do que esta do Cervi, e erros destes ao nível da Champions pagam-se caros. O Benfica fez então entrar o Seferovic e o Rafa para os lugares do Pizzi e Cervi (antes já se tinha estreado o David Tavares, que substituiu o Jota). Só que o Leipzig chegou ao segundo golo a dez minutos do final, depois de mais uma bola metida nas costas da nossa defesa que resultou numa finalização fácil do Werner. O jogo parecia decidido, mas quatro minutos depois o Benfica reduziu pelo Seferovic, na sequência de uma boa jogada: o Tomás Tavares desmarcou o Rafa, que depois fez o passe rasteiro para a finalização do suíço. Feio o gesto de mandar calar os adeptos - se ele acha que não são justificadas as críticas às suas últimas exibições então está completamente iludido. A Luz animou-se e ainda se chegou a acreditar no empate, mas o Leipzig soube controlar o jogo até final.
Para mim os melhores do Benfica foram o Taarabt e o Vlachodimos. Também gostei do jogo do Rúben Dias, e o Tomás Tavares teve uma estreia positiva - não sei se teve instruções específicas para jogar da forma como jogou, mas tendo em conta aquilo que lhe conheço gostaria de o ter visto ser um pouco mais atrevido no ataque - o nosso golo resultou de uma subida dele, e também deu uma óptima oportunidade ao Pizzi.
Mais uma vez tivemos uma falsa partida na Champions. Não vou agora estar a criticar as escolhas do treinador para este jogo - tenho a certeza que jogaram aqueles que estavam em melhores condições para este jogo, e não acho que tenha sido por eles que o perdemos. Se fazem parte do plantel então têm que estar preparados para jogar quando forem chamados. Perdemos contra uma equipa com outro andamento um jogo que acabou decidido em pormenores. Não estou satisfeito, obviamente, mas não vou fazer uma tempestade por causa disto. Agora o importante para mim é ganhar o próximo jogo na liga.
1 Comments:
Nem vou sequer discutir terem sido feitas alterações já que não só não acho que não foram muitas como sempre fui um defensor de que se façam duas ou três entre cada jogo já quanto á opção pelos jogadores escolhidos isso já acho muito discutível já que promover a estreia absoluta de jogadores sem qualquer experiencia, logo dois, nesta competição não é uma politica de todo recomendável, alias basta ver o que fizemos de errado num passado bem recente, a que se junta ainda a estreia absoluta esta época de mais um jogador para mais quando dois deles tem influencia negativa no resultado final quer no lado defensivo que no lado ofensivo.
Pois pelos vistos existem jogadores que são muito pouco inteligentes, alias o seu jogo no fundo é uma tradução disso, e não percebem que o seu papel é jogar o melhor possível e é para isso que são pagos, e não é assim tão pouco, e não andar a ter desavenças com os adeptos e por muita razão que tivesse, e até nem acho que a tivesse, com esta atitude ficou completamente sem nenhuma com a agravante de que esta atitude só vem piorar as coisas é que agora é que ninguém lhe vai perdoar nada.
Ficou evidente neste jogo as debilidades de algumas posições no plantel em que se forçou a integração de jogadores vindos da formação, que o próprio treinador acha que ainda não estão preparados, em vez do reforço de contratações já com experiencia, que fomos perdendo ao longos destes últimos anos e que não foram sendo repostos, e isto nesta competição tem o seu custo, alias basta ver o que fez a grande surpresa desta competição o ano passado, agora não venham é mandar areia para os olhos dos adeptos e dizer que temos plantel para fazer uma competição consentânea com o nosso passado é que ou arranjamos jogadores com maturidade, experiencia e qualidade, sobretudo para a defesa, ou vamos passar por dificuldades.
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