quinta-feira, novembro 03, 2005

Injusto

Tive que esperar um pouco antes de escrever este post, já que cheguei a casa demasiado irritado com o que vi esta noite, e muito frustrado com o destino da nossa equipa.

Começando pelo início. Afinal, o nosso capitão estava em condições de alinhar de início, o que significou o regresso ao onze habitual, mas na 'versão europeia', ou seja, com o Karagounis a ocupar o lugar do Karyaka. Eu já o escrevi aqui: não me parece que o grego seja o jogador ideal para ocupar o lugar nas costas do ponta-de-lança, quando alinhamos nesta táctica de 4-2-3-1 (chamem-lhe 4-3-3 se quiserem, mas quem olha para o campo e vê o Nuno Gomes completamente sozinho durante grande parte do jogo, e depois um espaço de quase duas dezenas de metros entre ele e o resto da equipa não pode acreditar que jogamos com três avançados). Voltando ao grego: ele tem boa técnica, sabe segurar a bola, passá-la em condições, etc. O problema não está na qualidade do jogador, está na forma habitual como joga: joga muito mais recuado que o Karyaka, o que deixa o ponta-de-lança sozinho, e no caso do Nuno Gomes, deixa-o quase sempre sem um jogador com quem possa tabelar ao primeiro toque como gosta. Além disso, continuo a achar que o Karagounis não está bem fisicamente, e por isso agarra-se demasiado à bola, sofrendo com isso a velocidade dos ataques do Benfica. Muitas vezes durante a primeira parte acabava por ser o Simão ou o Geovanni (sobretudo este) a fugirem para o meio e a jogarem mais perto do avançado (o que, no caso do Geovanni, criava um problema extra pois deixava o Sorín sem opositor directo).

Quanto ao Villarreal, jogou num 4-4-2 'esquisito'. Esquisito porque o Riquelme andava quase sempre muito adiantado, colando-se aos avançados e formando uma espécie de 4-3-3 (por vezes alternava com o Sorín nestas funções). Talvez a intenção de deslocar o Riquelme fosse libertá-lo um pouco da marcação que os nossos médios defensivos lhe moveram durante a primeira parte do jogo em Espanha, em que ele foi eficazmente anulado. Além disso era um 4-3-3 desequilibrado. Isto porque o Senna, que jogava mais pela direita, tinha tendência a encostar-se ao Josico para fechar o meio, deixando um buraco enorme à frente do Léo, que podia e devia ser explorado, porque o Jose Mari raramente tentava acompanhar o nosso defesa-esquerdo.

Mas a primeira parte do Benfica foi fraca (ou posso dizer que foi forte por parte do Villarreal). Eles cedo mostraram que não estavam ali para enganar ninguém: o empate era o objectivo. Por isso, sustido o ímpeto inicial do Benfica, trataram de manter o jogo sob controlo, o que conseguiram com uma certa facilidade devido a uma superioridade grande na zona do meio-campo. Os jogadores do Benfica pressionavam muito pouco o Villarreal, que trocava bola de jogador para jogador quase ao primeiro toque. Houve alturas em que eles conseguiram estar a fazer isto durante períodos bastante prolongados, sem que o Benfica parecesse ter capacidade para recuperar a bola. Durante a primeira parte houve poucas oportunidades de golo de parte a parte. O Benfica tentava chegar ao golo sobretudo através de livres, mas ainda teve uma boa oportunidade depois de um falhanço do guarda-redes adversário, que saiu à toa e deixou a bola nos pés do Geovanni que, descaído para a direita, optou pelo cruzamento em vez de tentar o golo.

A segunda parte começou melhor para o Benfica. O Léo começou finalmente a aproveitar o espaço que lhe era concedido, e passou a apoiar muito mais o ataque. O Benfica passou a estar muito mais em cima do adversário, e começaram a surgir oportunidades de golo a sério (quase todas pelo lado esquerdo, e com o Léo envolvido). Houve mesmo um golo anulado, por fora-de-jogo, e uma oportunidade do Nuno Gomes isolado, mas infelizmente não conseguimos quebrar o nulo. A vinte minutos do fim o nosso treinador decidiu arriscar mais, e tentar ganhar o jogo: tirou o Karagounis (já tinha desaparecido do jogo há um bocado) e o desinspirado Geovanni, colocando o João Pereira na direita, de forma a permitir maior liberdade ofensiva ao Nélson, e o Mantorras como ponta-de-lança, recuando o Nuno Gomes para as suas costas. A verdade é que estas alterações surtiram pouco efeito, e o Benfica já tinha perdido o gás dos primeiros vinte minutos. Quanto ao Villarreal, pouco se via. Teve um lançamento perigoso para o Figueroa (tinha entrado para o lugar do Forlán) que obrigou o Nereu a uma boa saída, e depois um remate de longe do Riquelme, que o mesmo Figueroa recargou para golo, mas estava deslocado.

E quando parecia que o jogo caminhava a passos largos para o empate, o Marcos Senna decide-se por mandar um charuto a uns bons quarenta metros da baliza, ao qual o Rui Nereu correspondeu com um enormíssimo perú, daqueles cheios de penas. Tendo em conta a distância a que o remate foi feito, e que ainda por cima foi quase para o meio da baliza, não há desculpa nenhuma para ele não ter defendido aquela bola. Teve muito mau tempo de reacção, e quando se lançou apenas conseguiu tocar ao de leve na bola. A partir daqui o jogo ficou um caos táctico. O Villarreal defendia com onze, e o Koeman ainda fez uma última substituição, passando a jogar com apenas três defesas. Só que passado pouco tempo o Luisão também estava no ataque, o Léo e o Nélson eram extremos, e na prática o Benfica defendia apenas com o Petit e o João Pereira. Mas apesar de alguns momentos mais ou menos perigosos (sobretudo um do Léo, mesmo a acabar), aparecia sempre um pé espanhol a cortar a bola, ou a desviar o remate, e o jogo acabou com uma derrota que pode revelar-se desastrosa para as nossas ambições.

Não sei quem posso destacar na equipa do Benfica. O Léo fez uma óptima segunda parte, mas esteve discreto na primeira. Aliás, quase toda a equipa esteve bastante mal na primeira parte. Mas houve jogadores que estiveram muito desinspirados, casos do Geovanni, ou do Anderson. Do Nereu, não vale a pena falar muito. É jovem, é o que temos neste momento, e pronto. Infelizmente teve uma única falha durante toda a partida, e por causa disso perdemos. Assim como ele foi o herói em Villarreal, esta noite para nosso azar foi o vilão. Mas obviamente que ele não é o único culpado pela derrota.

Eu sei que o futebol são onze contra onze, ganha quem marca mais golos, não há vitórias morais, e essa treta toda. Mas eu sou um bocado lírico, e fico sempre exasperado quando vejo injustiças num jogo de futebol. E a injustiça maior de todas, para mim, é quando vejo a equipa que menos quer ganhar ter a vitória a cair-lhe do céu. Chateado com uma derrota do Benfica, eu fico sempre. Mas quando o adversário é superior, isso passa-me mais depressa. Agora derrotas destas, passo semanas a digeri-las.

16 Comments:

At 11/03/2005 9:33 da manhã, Blogger Ry said...

Há que ter fé nas próximas 2 jornadas. Só dependemos de nós, no fundo. Eu fico consolado por continuarmos a dar uma boa imagem, por nos batermos de igual para igual e pelo esforço dos nossos jogadores.

Não jogaram bem na 1a parte, é um facto. Mas deram o que tinham.

PS - E o FM 2006? Já tens? ;)

 
At 11/03/2005 9:42 da manhã, Blogger D'Arcy said...

A sensação com que fiquei foi que na primeira parte eles não fizeram tudo o que sabiam... tanto que na segunda parte conseguiram encostar os espanhóis lá atrás. Se não vencermos em França na próxima jornada, fica muito difícil ir sequer à UEFA.

Quanto ao FM2006, já estava pre-ordered umas semanas antes de sair. Até já acabei a minha primeira época :)

 
At 11/03/2005 10:34 da manhã, Blogger tma said...

Pois é, D'Arcy, está quase tudo dito, e tendo perdido daquela maneira, não apetece dizer muito mais. Parafraseado o 'Gato Fedorento': "É a viding".
De qq forma, acrescento que o Nélson esteve claramente desinspirado, notou-se que o Simão não estava em forma e que para além da culpa óbvia do Nereu no golo, há que responsabilizar também os médios do Benfica que estavam a "dormir" quando, na marcação da falta cometida pelo Nuno Gomes, a bola foi tocada para o Senna, que rematou sem qq oposição.

Seja como for, e como diz o Ry, continuamos a depender de nós próprios, e apesar de a tarefa ser obviamente difícil, o Benfica tem condições para ganhar os dois jogos que faltam.

 
At 11/03/2005 10:35 da manhã, Blogger Caio de Gaia said...

A liga dos campeões tem sido um desastre: 4 jogos, 4 golos sofridos, 3 marcados. Esta é uma competição em que após a 2da jornada já se sabe tudo sobre os adversários. Este jogo mostrou que ou (1) a nossa equipa é mais fraca do que pensamos, (2) o treinador não tem estaleca para este tipo de jogos, (3) as duas anteriores. O jogo com a Naval leva-me a inclinar para a (2). O homem não sabe o que fazer quando o adversário se recusa a jogar futebol (vide Gil Vicente e Naval).
Mas mais umas jornadas no nosso campeonato e isso passa-lhe.

Ry por momentos pensei que fosses lagarto ou andrade, ficar satisfeito por por nos batermos de igual para igual com equipas como o Lille e o Vilarreal? Tive que ir verificar o link, podia ser outro ry. São equipas fraquíssimas mas que adoptaram um tipo de jogo que é uma mistura do FCP do Mourinho e da Grécia do europeu. E o Koeman fez exactamente o tipo de jogo que eles queriam. No jogo todo só me lembro de 2 cantos a nosso favor.

Reparem, eu até defendi o Koeman quando o criticaram por falta de ambição frente ao Manchester. Só que jogar em casa num jogo de tudo ou nada é diferente. O homem esperou uma hora antes de tentar ganhar o jogo.

Quanto ao Rui Nereu não é frango, é falta de experiência, ele não está habituado a ter que prestar atenção a um jogador perdido no meio-campo atrás dos nossos defesas. Quando percebeu o que se passava já tinha a bola em cima. O erro grave foi de quem tinha de fazer a marcação no meio campo.

 
At 11/03/2005 10:54 da manhã, Blogger Caio de Gaia said...

Ah, é verdade, esqueci-me de dizer, eu ainda credito na equipa. No fundo temos dois jogos em casa e são os dois para ganhar. Só que o Koeman não pode voltar a dar uma hora de avanço.

Já agora, para os que foram ver o jogo, que raio de falta de apoio à equipa foi aquela?

 
At 11/03/2005 10:55 da manhã, Blogger tma said...

JFilipe, é verdade que talvez o Koeman ainda não seja suficientemente astucioso para jogar com equipas manhosas, mas quando os jogadores não correspondem, também é difícil fazer melhor. Das hipóteses que apresentaste, talvez me incline mais para a (1), mas por outro lado, a verdade é que as insuficiencias da equipa já eram bem conhecidas, pois na ausência, na inferioridade física ou desinspiração de jogadores chave, a equipa não tem grandes alternativas. Temos de ser realistas: o Benfica ainda não é bem aquilo que gostaríamos que fosse, embore para lá caminhe. Mas por outro lado, obviamente que o discurso do "bom futebol" também não me satisfaz: veja-se a época passada (que ganhámos, diga-se, graças a um frango do GR adversário...).

 
At 11/03/2005 11:25 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Eu fui ver o jogo, e não me pareceu que houvesse falta de apoio à equipa. Muito pelo contrário. Eles até no fim do encontro foram aplaudidos. E o próprio Luisão até veio agradecer aos adeptos o apoio.

 
At 11/03/2005 11:42 da manhã, Anonymous Anónimo said...

O primeiro grande problema do benfica foi ter perdido completamente o meio campo. Era absolutamente impressionante como o Villareal conseguia colocar vários jogadores à entrada da área, sem marcação apertada. Com uma equipa de outro nível, tenho a certeza que o Benfica teria tido maiores dissabores. Sinceramente não consigo encontrar grandes explicações para isto a não ser que os médios do Villareal se superiorizaram e pronto. Neste ponto, destaco o Senna que nem sequer me lembro dele no primeiro jogo e o Josico, mas sobretudo o primeiro, cuja exibição me chamou logo a atenção.
Depois de facto, o Nuno Gomes esteve sempre desacompanhado. Por isso, não entendo a entrada do Nuno Assis (sem ritmo) em detrimento do Karyaka.
Quanto ao golo, não há muito a dizer. É um grande frangalhão. Por falta de experiência ou por falta de outra coisa, a verdade é que o Rui Nereu apresentou-se sempre muito inseguro. Reparem que raramente conseguiu agarrar uma bola à primeira. Mas não há que lamentar muito isso, o puto errou e pronto, tem esse direito. Contrariamente ao que já tenho ouvido por aí, reitero a minha opinião de que o Benfica fez bem em não contratar outro guarda-redes para a Liga dos Campeões. Afinal de contas, o Rui Nereu está no Benfica para quê? Precisamente para a situação dum dos guarda-redes se lesionar e ele ser o suplente ou os dois guarda-redes se lesionarem e ele ser o dono da baliza, o que diga-se de passagem acontece de 10 em 10 anos ou nem isso...Azar. Por isso, Força! Rui!
e não te atrevas a fazer outra destas.
Sobre o Karagounis, achei que teve bons pormenores mas que se perdeu com adornos sem sentido, não me parecendo que tal se deva a défice físico. Tem que ser um jogador mais objectivo e isso tem que lhe ser transmitido pelo Koeman.
Curiosamente, o golo do Villareal surge numa altura em que o benfica dominava claramente o jogo. Coincidência das coincidências, o golo surge precisamente da zona de meio campo, onde de facto o Benfica não soube pegar no jogo e onde não soube acertar nas marcações.
Quanto à justiça do resultado, ninguém em boa fé poderá dizer que este é um resultado justo, porque de facto é uma tremenda injustiça. No entanto e por muito que nos custe, penso que o resultado mais justo seria um empate, tal como o resultado mais justo em Villareal seria a vitória do Benfica e em Manchester outro empate.
Talvez por isso me pareça que falte alguma maturidade a esta equipa para estas andanças e se calhar não seria pior continuarmos na Taça UEFA e deixarmos isto para mais tarde.
Viva o BENFICA!

 
At 11/03/2005 11:50 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Não te lembras do Senna no primeiro jogo porque ele não jogou (estava lesionado) :)

Mas o Senna é bem conhecido, e marca muitos golos com remates de longe. Por isso, e apesar do frango do Nereu, não se compreende a apatia dos médios do Benfica, que o deixaram rematar sem oposição nenhuma.

 
At 11/03/2005 11:51 da manhã, Blogger MB said...

Notas sobre o jogo:

- Primeiro canto depois dos 80 minutos!!

- Fazer uma PETITion online para o Petit deixar de marcar livres

- Não sou tão optimista em relação ao Karagounis. Acho que o problema de se agarrar à bola não é uma questão fisica. Ele é mesmo assim (como é que se diz "passa a bola fuço" em grego?).

- 90% dos ressaltos e bolas divididas foram a favor do Villareal.

- Petit tem de deixar de entrar à maluca, quando não tem hipóteses de acertar na bola (o resultado é: ou faz uma falta desnecessária, ou fica no chão e é ultrapassado).

- Manuel Fernandes subiu no ranking dos remates...ao lado.

- Pelo 3º jogo consecutivo, os adversários do Benfica começam a cair sozinhos no início da 2ª parte, com problemas fisicos!

- Se a falta do Nuno Gomes foi para amarelo, não percebo como é que o Villareal acabou o jogo com 11 (o Leo e o SImão juntos sofreram 10 faltas!)

- Senti-me envergonhado perto do fim do jogo quando ouvi no estádio "pu*a españa". Demonstra uma pobreza de espirito confragedora (acho que foram os No Name que começaram o "cântico") e não vejo em que é que essa frase podia ajudar o Benfica.

 
At 11/03/2005 11:52 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Só mais uma coisa: Mantorras. O que é que é isto? Anda completamente baralhado, mas o Koeman tem contribuído para isto. Mantorras é tudo menos o homem certo para jogar à frente do Nuno Gomes. Alguém pensa que o Mantorras é ponta de lança? Mantorras não é o homem certo para jogar em ataque continuado, sobretudo quando o adversário quer segurar o resultado. Será o homem certo para jogar em conta-ataque e já não é mau. Talvez precise de maior confiança para outras andanças e assim não a recupera de certeza.
Mantorras tem sido alvo dos mais fortes aplausos dos benfiquistas, mas parece-me que qualquer dia os aplausos se vão transformar em assobios. Por isso, não insistam.

 
At 11/03/2005 12:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Então a grande diferença do Villareal em relação ao primeiro jogo chama-se Senna.
Quanto ao árbitro, não gostei nada. Foi permissivo e deixou o Villareal fazer enúmeras faltas sem qualquer sanção disciplinar.
Claques... Têm que aprender a apoiar a equipar e não insultar o adversário. Mas já sabemos que grassa uma grande falta de nível em todas as claques sem excepção

 
At 11/03/2005 12:10 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Estou genericamente de acordo com a análise à partida.

Gostaria apenas de acrescentar que:

1. Mesmo fazendo uma má primeira parte, faltou-nos um pouco de sorte com os 2 guarda-redes lesionados, o micoli, e o Simão a regressar de mais de uma semana de estaleiro; Além disso podíamos ter marcado e acabámos por sofrer numa jogada fortuita.

2. O João Pereira é uma nódoa (não tira uma finta, um centro, é resmungão e por isso a equipa perde minutos úteis e concentração, etc mesmo que venha a evoluir neste momento não é opção);

3. O Geovanni não é mas está a jogar como uma nódoa. Precisamos urgentemente de um bom extremo direito ou então de adaptar convenientemente o Beto, o Mantorras ou o Karyaka.

4. O Mantorras precisa urgentemente de trabalho táctico e posicional suplementar. Não são apenas os foras-de-jogo sucessivos. É a forma aleatória como ele começa a correr quando alguém se prepara para lhe passar a bola (assim nenhum colega faz a mínima ideia para onde é que ele vai). ALém disso precisa de aprender a fazer jogadas simples, eventualmente em que ele apenas tem que passar a bola curta (futebol é um jogo colectivo e nem sempre é preciso estar a fintar adversário após adversário). Quanto mais tempo ele demorar a assimilar estes aspectos simples do jogo maior a probabilidade de ele se perder para o futebol e por consequência, para o Benfica.

5. Ainda não dissemos a última palavra. Em alta competição quem anda à chuva...mas está tudo em aberto.

Saudações de glória

 
At 11/03/2005 12:25 da tarde, Blogger Caio de Gaia said...

Alguns comentários são um pouco injustos. O Mantorras entra sempre numa fase do jogo em que a equipa está desesperada (em geral estamos a perder) e não se pode esperar que em 15 minutos ele faça mais do que os que lá estiveram mais de uma hora. Onde o Mantorras podia ser uma mais valia, cantos e bolas paradas, ou não houve ou então foram muito mal marcados.

Por outro lado a nossa equipa não é fraca, os nossos médios e defesas é que pura e simplesmente não marcam golos. Começa a ser exasperante ver o Anderson e o Luisão ganharem bolas de cabeça e a bola sair à toa. Para além da desgraça que é o Petit a marcar as bolas paradas (a culpa não é dele, compete ao Koeman decidir essas coisas).

Quanto aos adeptos, na televisão só se ouviam assobios e parvoíces tipo p*ta espanha. Os microfones deviam estar ao pé duma certa claque.

 
At 11/03/2005 1:17 da tarde, Blogger S.L.B. said...

Mais uma vez (e para não variar) estou de acordo com a tua análise, D'Arcy. Especialmente com o último parágrafo. Também eu fico passado com as injustiças do futebol e este ano já vamos na 4ª (Gil Vicente, Manchester, Naval e Villarreal). No ano passado sofria porque achava que tínhamos uma excelente oportunidade de ganhar o campeonato se o Trapattoni não fosse nosso treinador (felizmente enganei-me...). Os jogos eram sofridos e lá ganhávamos à rasca. Este ano, estamos a jogar como já não o fazemos há alguns anos, mas sofremos porque não temos tido sorte.

Em relação aos comentários:
- Também eu assino essa PETITion online. Onde é que ela está?
- O público apoiou a equipa e, apesar da derrota, os aplausos no final foram elucidativos.
- A má educação é quase generalizada no povo português (basta ver o que se passa no trânsito), mas aquele cântico dos No Name, sendo obviamente dispensável, não durou mais que um minuto. Sempre é menos grave do que os cânticos racistas que se vêem aí pela Europa.
- Remates, cantos e cruzamentos treinam-se! Mas pelos vistos não o temos vindo a fazer ultimamente... Tantos remates ao lado num só jogo não é normal.
- Não sei até que ponto a sequência ininterrupta de jogos de três em três dias desde há quase três semanas não é uma explicação para a nossa 1ª parte menos conseguida, em termos de pressão sobre o adversário e de dar velocidade ao jogo.

 
At 11/03/2005 2:48 da tarde, Blogger Sempre Atento! said...

Caros combloggers e voyeurs unicelulares, aziados e orgasmizados.

Ainda estou triste com o que se passou ontem na CATEDRAL. Foi demasiado injusto para ser verdade. No mínimo um empate. Não percebo porque é que a 1ª parte foi de autentica fuga à rede montada pelos "espanhois" (mais argentinos do que espanhois). Mas nada está perdido, mas custa como ò caraças engolir destas. Mas estamos melhor do que muitos. Agora vão ser dois jogos em casa (esperemos que os nossos emigrantes em França e países vizinhos possam dar um grande apoio ao GLORIOSO) para ganhar. Tenhamos mais sorte.

Só uma palavra de consolo para o Rui Nereu. Não esteve bem em apenas aquele lance, mas tenho a certeza que será um dos grandes guarda-redes do nosso futebol (pelo menos).

Saudações

Matadragão

 

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