quarta-feira, fevereiro 10, 2010

O Maior

Ora bem, então poupando mais de meia equipa (Quim, Maxi, Coentrão, Aimar, Saviola e Cardozo), utilizando uma dupla de avançados que se estreava a titular, e a jogar durante alguns períodos quase em ritmo de treino, ainda assim deu para espetarmos quatro na patética equipa da lagartagem. E ainda assim, para o jogo que vimos, até podemos dizer que podiam ter sido mais. Foi uma abada dentro e fora do campo também, onde os seis mil benfiquistas presentes no Alvalixo praticamente silenciaram os macambúzios lagartos que se atreveram a sair de casa esta noite.

Depois de me escapar à tradicional organização apalhaçada da polícia nos nossos jogos no Alvalixo, que impediu que uma série de adeptos pudesse entrar no estádio antes do jogo começar, assim que entrei deu para ver a razão pela qual o sportém se recusou a ceder-nos os 30% de bilhetes. Os lugares estavam obviamente reservados para os amigos imaginários do Cabeça de Cotonete, para os piolhos da barba do Dias Ferreira, e para as namoradas do Salema, o que acabou por conferir um efeito colorido e interessante às secções dos adeptos da lagartagem, efeito esse comummente designado por 'às moscas'. O sportém apresentou-se com uma formação coerente com a mentalidade do Cientista que orienta a sua equipa, com dois trincos e deixando o Liedson sozinho na frente, jogando em 4-2-3-1 (e julgo que o Cientista até se deve ter sentido desolado por estar a arriscar assim tanto ao colocar um avançado em campo). O Benfica, conforme referido, deixou seis dos titulares de fora. Nos seus lugares surgiram o Júlio César na baliza, Amorim na direita da defesa e Peixoto na esquerda, Carlos Martins no lugar do Aimar, e a frente de ataque foi constituída pelo Éder Luís e pelo Alan Kardec.

Mal o jogo tinha começado, e já o Di María, que começou na direita, andava a fazer gato-sapato do patético Grimi. Aos cinco minutos, o João Pereira estava a ser posto na rua, depois de uma entrada animal às pernas do Ramires.

- NEM SEQUER LHE TOCOU! NÃO FOI FALTA NENHUMA!

Ao ouvir isto, voltei-me para trás e descobri que estava numa noite de sorte. O destino tinha-me proporcionado a experiência sociológica extremamente interessante de ter um lagarto empedernido sentado no camarote mesmo atrás de mim. Era uma oportunidade única de observar o lagarto no seu habitat natural, e a partir desse momento passei a prestar a máxima atenção aos comentários sábios e impregnados de saber futebolístico deste espécime de pedigree puro. Entretanto, na linha lateral, o Salema exibia a sua indignação
, e também orgulhosamente um cachecol que ilustrava o resultado prático das aulas de croché e macramé avançado que tem frequentado. Aos sete minutos (foi preciso esperar dois minutos para marcar o respectivo livre, já que primeiro o João Pereira teve que sair do campo debaixo dos aplausos da lagartagem, que entoava em coro o seu nome - estranha forma de vida, esta de ser lagarto), na sequência do livre, marcámos. O Carlos Martins apontou o livre para o interior da área, onde apareceu o David Luiz, marcado pelo 'Senhor seis milhões e meio' (conhecido entre os adeptos do At.Madrid por 'Sinalma-Singol') a cabecear imparavelmente para o fundo da baliza.

- FORA-DE-JOGO!! - comentário vindo do sítio esperado (eu escrevo em maiúsculas porque o personagem parecia ser incapaz de comunicar sem ser aos berros). A televisão ali colocada mostra a repetição, onde obviamente não se vê fora-de-jogo de espécie alguma. Mas o homem não se dá por vencido:

- FALTA!!! É FALTA!!

Mas ninguém quis saber das suas opiniões, e o Benfica ficou mesmo na frente do marcador. Na linha lateral o Salema, muito agitado, tentava incentivar a equipa, parecendo tão natural nesse papel quanto um cangalheiro a tentar incentivar uma interpretação espontânea do 'Walking on Sunshine' pelos presentes num velório (se calhar se prometesse aos jogadores que, caso eles corressem mais e jogassem melhor, ele deixaria de dormir com eles, teria mais sucesso). A partir do primeiro golo, o Benfica limitou-se a fazer aquilo que habitualmente se designa por 'dar baile'. O sportém mal conseguia cheirar a bola, e ficava quase sempre remetido ao seu meio campo, enquanto que nós a fazíamos circular pelos pés dos nossos jogadores, e mostrávamos que o segundo golo era apenas uma questão de tempo (o lagarto nesta altura limitava-se a gritar 'CARTÃO' de cada vez que era assinalada falta a um jogador do Benfica). Surpresa era apenas que estivesse a demorar tanto tempo a aparecer. O Cientista também deve ter achado isto estranho, e resolveu intervir, mostrando toda a sua sapiência no campo da ciência do desporto. O Adrien, com maior ou menor dificuldade, ia dando conta do recado na direita, mas o Cientista resolveu substituí-lo pelo campeão nacional de arremesso de medalha, ídolo efémero da lagartagem durante uma semana o ano passado. Quatro minutos depois (sobre a meia-hora de jogo), o César Peixoto passou por ele como quis, centrou tenso, e à boca da baliza o Ramires fez o segundo golo.

Para quem via o jogo, começava a perspectivar-se uma goleada, talvez até de contornos históricos. Aliás, isto era visível mesmo para alguma lagartagem, já que depois deste segundo golo houve vários que se levantaram e começaram a abandonar o estádio. Só que estranhamente, depois do golo a nossa equipa deixou-se adormecer numa estranha sobranceria. O futebol colectivo desapareceu, passámos a apostar em futebol mais directo e iniciativas individuais, e o sportém, que estava praticamente a ir ao tapete, conseguiu voltar a respirar. Até porque, a meio desse período de menor concentração da nossa parte, o inevitável Liedson conseguiu inventar um golo numa iniciativa individual em que correu praticamente metade do campo sozinho (aproveitando um mau passe atrasado do Ramires), terminando com um remate rasteiro muito colocado, que entrou junto ao poste. O remate não foi muito forte e foi desferido ainda de longe, e isso deixou alguma sensação de que poderia haver algumas culpas do Júlio César no lance, mas na minha opinião o remate foi mesmo muito colocado e entrou pelo buraco da agulha. Este golo deu ainda mais ânimo ao sportém, e até ao intervalo os nossos adversários tiveram o seu melhor período no jogo - o que quer dizer que conseguiram fazer um ou dois remates dignos desse nome, e terem a bola em seu poder mais de 30% do tempo (e deu ainda para ouvir um grito de 'PENÁLTE! É PENÁLTE!' da parte do lagarto quando o Liedson se atirou contra as costas do Luisão). Ao intervalo, a crescente influência do Salema no sportém voltou a mostrar-se, quando no meio das cheerleaders da Carlsberg surgiu um gajo todo contente a dançar e a fazer piruetas ainda mais acrobáticas que as do Liedson quando se atira para o chão.

Na segunda parte, a tesão do sportém durou pouco mais de cinco minutos. Acabou com um remate do Liedson às malhas laterais da baliza, e a partir daí voltou o baile. Foi mais uma vez o sportém remetido ao seu meio campo, e a bola quase sempre nos pés dos nossos jogadores. E portanto, mais uma vez se ficou com a sensação que seria apenas uma questão de tempo até marcarmos o terceiro golo e resolvermos de vez o jogo. E isto, diga-se, sem que o Benfica parecesse sequer estar a forçar muito, limitando-se a fazer tudo de forma muito natural. Depois de alguns ameaços e asneiras (remates quando o passe era a melhor opção, alguns excessos de individualismo) ele chegou mesmo, quando estavam decorridos pouco mais de vinte minutos. Canto do Carlos Martins (segunda assistência no jogo) e o Luisão a entrar de cabeça de forma fulgurante para o golo. E pronto, se alguém ainda tinha dúvidas, elas dissiparam-se ali. Mesmo o lagarto, que já pouco estrebuchava na segunda parte, calou-se de vez com aquele golo e não chiou mais até final (para grande pena minha).


Logo a seguir entraram os 'consagrados' Saviola, Cardozo e Aimar, para se juntarem ao baile, e a festa continuou até final. Deu para gritarmos pelo sportém, pelo Patrício, deu para se cantar 'Vão para a segunda! Olé, olé vão para a segunda!', deu para o repertório todo. O Di María ia inventando jogadas e falhando golos por pouco, e o quarto golo teimava em não surgir. Aos noventa minutos de jogo, o público benfiquista pediu em coro só mais um. Poucos minutos depois, na última jogada do encontro, o Cardozo fez-nos a vontade. E -lo da melhor maneira: com um golão. Descaído para a esquerda, ainda longe da área e sem opções de passe, deram-lhe demasiado espaço e ele inventou uma bomba do meio da rua que fez a bola passar sobre o Rui Patrício e só parar no fundo da baliza. Fecho com chave de ouro de um jogo em que nem sequer foi preciso sermos brilhantes o tempo todo para vencermos confortavelmente este ridículo sportém, a jogar como qualquer uma das outras inúmeras pequenas equipas já orientadas pelo Cientista jogavam.


Podia destacar vários jogadores. Um deles o Di María. Sim, podem-me dizer que foi demasiado individualista em alguns lances (e foi-o), que falhou golos (e falhou; um golo foi o que faltou para coroar a sua exibição), mas caramba, um tipo destes desbarata e põe a cabeça em água a qualquer defesa, dá ao jogo as acelerações que outros não conseguem, e é um perigo constante. Muito, muito bom jogo do César Peixoto na esquerda. Seguro a defender, e útil a apoiar o ataque (com uma assistência). Muito bom também o jogo do Javi García, uma parede no meio campo defensivo, e um dos principais responsáveis por manter o sportém remetido ao seu meio campo. Posso também mencionar as duas assistências do Carlos Martins, ou os golos de cada um dos nossos centrais, que fizeram ambos um bom jogo. Fiquei aliás muito contente com os golos marcados pelo David Luiz e pelo Cardozo, dois dos 'réus' do empate em Setúbal. Mereceram esta felicidade depois da desilusão do fim-de-semana. Quanto aos menos inspirados, foram na minha opinião os dois avançados recém-chegados. É importante que se vão adaptando aos poucos, mas neste momento ainda mostram estar pouco integrados e não estiveram em bom plano esta noite (sobretudo o Éder Luís).

E pronto, para o mês que vem lá estaremos no Algarve para a final. Deixem passar o Maior de Portugal, o Maior de Portugal, o Maior de Portugal...

P.S.- Estive a rever a gravação do jogo, transmitido na SIC. A azia e facciosismo dos comentadores é simplesmente grotesca.

17 Comments:

At 2/10/2010 8:25 da manhã, Anonymous Filipe said...

Não podemos esquecer que a vantagem numérica teve um papel muito importante na forma como controlámos o jogo.

Se virem as imagens, qd o Júlio se lança ao remate do Liedson, há um enorme bocado de relva que é levantado com o pé de apoio do mesmo. Não me pareceu que o nosso GR tivesse feito um grande salto sobre a bola, mas tb dá a sensação de ter ficado com o pé preso na relva.

 
At 2/10/2010 12:09 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Esperado.

Era o que aguardávamos deste jogo.
Uma vitória sem grande esforço da nossa equipa frente a um adversário completamente partido.

Utilizando os comentários do D´Arcy:

"...poupando mais de meia equipa (Quim, Maxi, Coentrão, Aimar, Saviola e Cardozo), utilizando uma dupla de avançados que se estreava a titular, e a jogar durante alguns períodos quase em ritmo de treino."
Isso até foi observável no golo que sofremos. O Liedson alcança a bola logo após a linha de meio campo e segue com ela, clamamente, com 3 atletas nossos em redor e, como estavam os 3 em ritmo de treino, nenhum deles lhe efectuou qualquer oposição, até que ele foi mesmo obrigado a rematar, ainda que fraco, mas colocado.


"...a nossa equipa deixou-se adormecer numa estranha sobranceria. O futebol colectivo desapareceu, passámos a apostar em futebol mais directo e iniciativas individuais."
É importante referir estes aspectos, até porque estas caracteristicas já forma evidentes também nos ultimos 2 jogos, com consequências nefastas em Setúbal.

Finalmente, gostei de um jogo do César Peixoto.


E agora vamos ganhar ao Belenenses.
Um bom jogo para se ganhar uns euritos nas apostas desportivas.

 
At 2/10/2010 12:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

«off topic»

O jornal "ABola" noticia que o Real Madrid pretende o David Luís em troca de 20M€.

Por este valor não seria vendido, mas sim oferecido".

O David Luís vale muito mais que este valor e ainda tinham que colocar no pacote outro Javi Garcia (ou o Drenthe).

 
At 2/10/2010 2:09 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Esse valor não é real. Posso afirmar com conhecimento de causa que o Real Madrid, neste período de transferências de Janeiro, tentou levar o David Luiz, e chegou a valores bem mais altos que esse. Valores que fariam do David Luiz o defesa mais caro da história do futebol. Felizmente, ainda assim não chegaram ao valor que o Benfica exigiu para o libertar.

 
At 2/10/2010 2:17 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Atendendo às notícias passadas, aquando da renovação do seu vínculo contratual com o Benfica, a clausula de rescisão é de 50M€.

 
At 2/10/2010 2:21 da tarde, Blogger Mr. Shankly said...

É sempre uma delícia ler as tuas crónicas, mas tens de facto uma inspiração adicional quando é com os lagartos. Sublime!

 
At 2/10/2010 2:26 da tarde, Blogger D'Arcy said...

As histórias sobre os lagartos escrevem-se a si próprias; nem dá muito trabalho ;)

 
At 2/10/2010 2:30 da tarde, Anonymous Anónimo said...

:-)

mas continuo "zangado" com o que se passou em Setúbal...

 
At 2/11/2010 10:36 da manhã, Blogger joão carlos said...

Mais uma crónica excelente.

Filipe, seja ou não verdade o que dizes a realidade é que o Júlio César foi mal batido, tem a atenuante de a bola ter sofrido um pequeno desvio e sair muito colocada, dado que o remate foi desferido de muito longe e com pouca força e a cara do Júlio César quando viu que a bola entrou diz tudo ele soube que tinha sido mal batido, alias se fosse o Quim estávamos todos de acordo, e não estávamos a inventar desculpas, de que tinha sido mais uma fífia.

A equipa em alguns momentos não consegue ao tirar o pé do acelerador, para poupar esforços, manter a concentração e a posse de bola e isso pode ser sobranceria ou apenas falta de concentração.

 
At 2/11/2010 9:07 da tarde, Anonymous Filipe said...

Não estou a defender o J.Cesar, apenas acho q o curto salto q deu e o grande bocado de relva que ele levantou podem estar relacionados. Houve passividade de toda a gente envolvida no lance

 
At 2/11/2010 11:49 da tarde, Anonymous Anónimo said...

... muita passividade.

O Liedson, vem quase desde a linha do meio campo com 3 benfiquistas à sua volta e não houve um unico que o "atrapalhasse".

 
At 2/12/2010 4:02 da tarde, Blogger Ricardo said...

Se os valores que o Real ofereceu foram "valores que fariam do David Luiz o defesa mais caro da história do futebol", só posso considerar os dirigentes do Benfica completamente loucos. Não sei ao certo quanto foi oferecido, mas tendo em conta que já foram comprados defesas por mais de 50 milhões de euros, não vejo lógica nenhuma nessa recusa.

O David Luiz é um jogador com um potencial extraordinário, fisica e atleticamente é perfeito, tem uma técnica superior a quase todos os centrais do Mundo (e até por isso por vezes se prejudica, por demasiada auto-confiança) mas é um jogador que, hoje, não está no top dos centrais mundiais. Porque ainda é muito imaturo, porque comete vários erros infantis, tanto no posicionamento como na decisão com bola. E se, no passado, achei que eles se deviam à tenra idade, cada vez me parece mais que alguns erros ele não conseguirá mudar.

Não me interpretem mal: é um bom jogador e se fosse possível gostava que ele ficasse no Benfica por alguns anos mas se é verdade que ofereceram mais de 50 milhões de euros por ele, não me é compreensível que o Benfica tenha abdicado dessa fortuna. Até porque urge fazer duas ou três grandes vendas no final do ano. Porque precisamos de dinheiro e para evitar que outros saiam.

Por mim, David Luiz e Di María são bem vendidos no final do ano. E espero que mais ninguém.

 
At 2/12/2010 10:50 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Enganei-me quando escrevi aquilo, Queria dizer que faria dele um dos defesas mais caros da história do futebol, não O mais caro. Mas já agora, que defesas é que já foram vendidos por mais de 50 milhões?

E nem faria sentido pensar que o Benfica teria recusado mais de 50 milhões, porque esse é o valor da cláusula do David Luiz, e portanto não haveria nada a fazer.

O defesa mais caro de sempre, pelo menos que me lembre, terá sido o Rio Ferdinand, que custou 29 milhões de libras ao Man Utd. O Real Madrid não ofereceu tanto pelo David Luiz, mas ofereceu mais do que, por exemplo, custaram o Ricardo Carvalho ou o Pepe.

 
At 2/12/2010 11:01 da tarde, Anonymous Anónimo said...

por 50M€ ?

é claro que tinha que ir...
Seria um negócio excelente.

Mas o Davis Luís será vendido (quando for) por bem menos

 
At 2/13/2010 1:01 da tarde, Blogger Ricardo said...

Também me enganei. Falei em valores superiores a 50 milhões por defesas mas isso nunca aconteceu (tinha ideia que o Ferdinand e o Cannavaro teriam sido transferências muito acima do que na verdade foram). Fui ver quais os maiores valores dados por defesas e a lista dos 5 mais caros é esta:

- Nesta (Lazio para o Milan) - 32 milhões de libras
- Ferdinand (Leeds para o Man Utd) - 30 milhões de libras
- Jol Lescott (Everton para o ManCity) - 24 milhões de libras
- Daniel Alves (Sevilha para o Barcelona) - 23,5 milhões de libras
- Thuram (Parma para a Juventus) - 22 milhões de libras


Se algum clube estiver disposto a pagar pelo David Luiz um valor semelhante aos que aqui são apresentados espero que o Benfica saiba ter a cabecinha no sítio. Ou seja: aceite a proposta.

 
At 2/13/2010 1:26 da tarde, Blogger D'Arcy said...

O David Luiz deverá sair por um valor na ordem dos €40M.

 
At 2/13/2010 1:29 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Já agora, esse valor da transferência do Nesta é surpreendente. Pelo que sabia, ele tinha custado cerca de 21 milhões de libras. O defesa mais caro, pelo menos pelo que sei, foi o Ferdinand.

 

Enviar um comentário

<< Home