domingo, março 07, 2010

Imparáveis

Vitória indiscutível num jogo em que ganhar era fundamental. O desperdício pouco habitual de oportunidades de golo acabou por fazer com que fosse necessário sofrer um pouco mais do que seria necessário, mas nunca a vitória chegou a estar em causa, perante um adversário que mostrou alguma qualidade, e justificou a razão pela qual ainda não tinha perdido qualquer jogo para a Liga em 2010. Três golos foram fraco pecúlio para tantas oportunidades, mas foram suficientes.


Na noite em que a nossa claque celebrava os seus dezoito anos, foram 42.971 os espectadores na Luz. Talvez já a pensar no jogo de quinta-feira com o Marselha, no onze inicial do Benfica notavam-se as ausências do Aimar e do Ramires, jogando nos seus lugares, respectivamente, o Carlos Martins e o Rúben Amorim. Com o Javi García ainda suspenso, coube uma vez mais ao Airton o papel de substituí-lo no onze. Depois do empate do Braga ontem, a minha convicção para este jogo era que o Benfica não quereria desperdiçar a oportunidade de aumentar a vantagem sobre o segundo classificado, e partiria em busca da vitória desde o apito inicial. E foi isto mesmo que aconteceu, pois a nossa entrada em jogo foi mesmo muito forte. Com um Di María ultra-confiante e endiabrado, um Saviola muito solto, e a pressionarmos muito alto, as oportunidades de golo começaram cedo a surgir. E para manter um hábito saudável desta época, não foi preciso esperarmos muito para vermos o primeiro golo. Aos treze minutos, após mais uma incursão do Di María pela esquerda, o seu centro foi recebido pelo Cardozo ao segundo poste, e este (à segunda tentativa) assistiu de cabeça o Rúben Amorim que, também de cabeça, aproveitou a má saída do guarda-redes adversário para marcar.

E três minutos depois, o segundo golo. Outra vez o Di María na esquerda, desta vez a desmarcar o Saviola e depois a classe deste a fazer o resto, evitando um defesa e finalizando sem hipóteses para o guarda-redes. Isto é um pormenor particularmente agradável do Benfica esta época. As equipas que vêm à Luz até podem ter algumas veleidades em obter um resultado positivo. Mas na maior parte dos casos, ao fim de 15/20 minutos, já só podem pensar em não ser goleadas. O Benfica não abrandou após o segundo golo, e foi em busca de um terceiro, criando (e desperdiçando) oportunidades para fazê-lo. O Paços, a perder por dois tão cedo, teve que alterar algo, e mostrou alguma coragem ao fazê-lo, ao fim de meia hora. mudando para um esquema de três defesas, com o Maykon como falso lateral esquerdo, e retirando o Manuel José, que se mostrava absolutamente incapaz de travar o Di María. O Paços melhorou, e conseguiu finalmente mostrar algum bom futebol, enquanto que o Benfica, nos últimos quinze minutos, mostrou alguma sobranceria, com os nossos jogadores a exagerarem no individualismo (Di María e Carlos Martins a evidenciarem-se neste aspecto), e a não permitirem que conseguíssemos explorar convenientemente os buracos que o Paços ia abrindo na defesa. O castigo para esta fase de menor fulgor do Benfica foi sofrermos um golo, quase em cima do intervalo, num lance em que o Paços, com um centro muito largo da esquerda, aproveitou uma subida do David Luiz que não foi eficazmente compensada.

O golo do Paços em cima do intervalo deu para preocupar, mas no regresso dos balneários o Benfica cedo mostrou que quaisquer receios eram infundados. Foi uma entrada na segunda parte como tem sido habitual, com um domínio avassalador, o que naturalmente fez com que as oportunidades de golo surgissem. E mais uma vez, o desperdício que nos caracterizou esta noite voltou a aparecer. O Rúben Amorim deu o mote, vendo seu remate ser defendido. Depois foi o Cardozo, isolado mais uma vez pelo Di María, que viu o seu remate ser defendido. A seguir foi o próprio Di María, numa iniciativa individual, a rematar à barra. O Paços jogava algo aberto, na tentativa de discutir o resultado, mas não o conseguia por culpa do Benfica, que ia ameaçando o terceiro golo a qualquer momento. Que aconteceu mesmo, e tal como na primeira parte, aos treze minutos. Foi um remate do Cardozo à entrada da área, que teve um ressalto feliz num defesa do Paços, levando a bola ainda a bater na trave antes de entrar. E quaisquer veleidades do Paços morreram ali mesmo. Daí até final o jogo resumiu-se às oportunidades criadas pelo Benfica para ampliar o resultado, que continuaram a ser desperdiçadas ou negadas pelo guarda-redes do Paços
(o Paços não conseguiu fazer um único remate até o jogo terminar). O controlo do Benfica foi total, e deu até para terminar o jogo com o Sídnei a jogar a trinco.

Apesar de alguns excessos de individualismo que teve durante o jogo, o Di María merece o maior destaque, e aquilo que de positivo põe no jogo é mais do que suficiente para que lhe perdoemos estes excessos. É o jogador que mais desequilíbrios cria, esteve nos lances dos dois primeiros golos, e com passes seus deve ter deixado os colegas em situação de marcar pelo menos quatro ou cinco vezes. O Airton voltou a confirmar as boas indicações que tinha deixado no último jogo. Tem um óptimo sentido posicional, joga sempre simples e, por isso mesmo, raramente falha. Mais uma vez não me recordo de o ver falhar um único passe. É um jogador diferente do Javi García, cuja agressividade ajuda a empurrar a equipa para a frente, mas cumpre na perfeição aquilo que se pede a um jogador naquela posição. Recupera bolas, não complica, e deixa a bola jogável num colega. Bom jogo também do Carlos Martins (até dar o berro fisicamente) e do Rúben Amorim, cujo rendimento parece ser constante, independentemente da posição e funções que exerce em campo. Jogadores destes são indispensáveis.

Obrigação cumprida, Braga a três pontos e andradagem a onze. Estamos numa fase decisiva do campeonato, e nas próximas três ou quatro jornadas o campeonato poderá fica praticamente decidido, pelo que me deixa particularmente confiante ver a forma como o Benfica se vai desembaraçando dos adversários. Em tempos não muito distantes aquele golo adversário à beira do intervalo teria grandes hipóteses de causar estragos. Esta noite, foi como se nem sequer tivesse acontecido, e continuámos imparáveis. Rumo ao título.

P.S.- O critério disciplinar do Sr.Soares Dias neste jogo, a exemplo daquilo que parece insistir em fazer sempre que nos arbitra, foi simplesmente ridículo. Só com ele conseguimos sistematicamente dominar por completo um jogo, vencê-lo, e acabar com mais cartões do que o adversário.

19 Comments:

At 3/08/2010 1:22 da manhã, Blogger joemorales said...

O golo sofrido foi uma falha do Airton ao não compensar a subida do David Luís. De resto esteve bem, mas parece-me algo lento a soltar a bola. Precisa de mais jogos para se ter uma melhor leitura daquilo que ele poderá valer.

 
At 3/08/2010 1:46 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Pobre eficácia.

No seu comentário, o D´Arcy refere novamente aspectos como sobranceria e desperdício.

Eu sublinho o desperdício. É algo que já advém de outros jogos e que hoje podémos observar com elevada preponderância.

Só golos falhados, com jogadores isolados na cara do GR adversário, foram 3 ocasiões. Um aspecto a corrigir, pois vêm aí jogos em que o número de ocasiões de golo n\ao vai são elevada.

No golo sofrido, é evidente a falha grosseira do David Luís, todavia, o Fábio Coentrão também este mal e o Quim mal esteve. Com um GR a sério, não sofreríamos este golo, pois qualquer GR com um QI médio, teria saído debaixo dos postes e resolvido aquela situação.

O Carlos Martins foi de uma ineficácia e de uma atrapalhação tremenda.

Maxi Pereira deve ter feito o pior jogo da temporada e o jogo a meio da semana pelo Uruguai deve ter ajudado a está má prestação.

Foi o encontro desta temporada em que mais ocasiões vimos uma equipa na Luz a explorar as faixas laterais em situações ofensivas.
Na verdade, até hoje, foi o Paços de Ferreira que mais vezes apareceu, quer na extrema esquerda, quer na direita, a furar e a ganhar as costas dos nossos laterais.

Algumas justificações para este facto:
O Airton ainda não faz as compensações do Javi.
O Ramires não estava em campo a fazer as inumeras habituais compensações.
Os nossos laterais estava em dia não e o Fábio não tinha apoio defensivo do Di Maria.

 
At 3/08/2010 2:31 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Discordo completamente. O Paços teve quinze minutos decentes na Luz, e o Benfica dominou completamente o resto do tempo. 'Explorar as faixas laterais em situações ofensivas' é o que qualquer equipa deverá fazer, e não percebo a razão pela qual o facto do Paços o ter feito será motivo de crítica ao Benfica. Explorá-las com resultados, isso sim, seria motivo de crítica, mas não vi nada disto. O golo do Paços certamente não foi resultado disto, e pouco mais houve do Paços que justifique tamanhas críticas aos jogadores do Benfica.

Não considero que o golo seja 'falha grosseira' do David Luiz. Ele subiu, e o Paços recuperou a bola, tendo o marcador do golo aparecido nas costas do lateral. Se o Quim fosse mais atrevido a sair às bolas, se calhar tinha resolvido a situação, mas paciência. Também há mérito do adversário. As críticas ao Carlos Martins são exageradas, já que só durante os tais quinze minutos em que os jogadores foram algo individualistas é que ele jogou pior.

Não consigo perceber, numa altura em que tudo corre bem, tanta vontade em massacrar os nossos jogadores.

 
At 3/08/2010 2:42 da manhã, Anonymous JFilipe said...

Safa anonymous, tanta vontade de dizer mal num jogo que ganhámos 3-1. Por muita falha que possa ter havido no golo deles, um centro daqueles à distãncia a que foi (não foi uma jogada de ir à linha) não é algo que suceda todos os dias.

D'Arcy só um aparte. Aquilo não é a "nossa claque." Por muito pouco ultras que estejam agora não me esqueço da génese das criaturas, e onde foram buscar inspiração para os símbolos. É um bando de neo-nazis infiltrado de criminosos que deviam ter sido escorraçados do clube à nascença. No estádio da Luz só agito as nossas bandeiras, não vejo o porquê de outros símbolos e referências. O Benfica não lhes chega?

 
At 3/08/2010 3:28 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Não é bem assim, JFilipe. Eu por acaso até conheço pessoalmente pessoas que fazem parte da claque desde a sua fundação, e com influência lá dentro. Se há coisa que eles não são, é neo-nazis, ou fascistas. Quando se formaram, houve várias tentativas de grupos de extrema-direita de se infiltrarem na claque para ganharem notoriedade. Foi necessário expurgá-los, e eles conseguiram-no. Mas da imagem nunca mais se livraram. Faz algum sentido que uma claque que tem uma grande quantidade de negros como membros, e que teve como um dos fundadores e principais mentores o Gullit, seja fascista?

Claro que não são perfeitos. Num grupo daquele tamanho, é impossível que não haja gente menos boa lá metida. Também de certeza que há muitos sócios simples do SLB que são más pessoas. Mas aquilo que lhes interessa, acima de tudo, é o Benfica. Apoiam-no e seguem-no para todo o lado. Não têm nenhum apoio por parte do clube, e mesmo os bilhetes que recebem são pagos até ao último tostão. Posso não fazer parte deles, ou sequer concordar com algumas das coisas que alguns dos seus membros façam, mas tratá-los num todo como benfiquistas de segunda categoria é que não.

 
At 3/08/2010 3:30 da manhã, Blogger D'Arcy said...

E já agora, vermelho, branco e negro são as cores originais do Benfica. Por algum motivo, no ano do centenário, o nosso equipamento era precisamente vermelho (camisola), branco (calções) e negro (meias).

 
At 3/08/2010 10:46 da manhã, Anonymous Anónimo said...

D´Arcy,


A
“Explorar as faixas laterais em situações ofensivas' é o que qualquer equipa deverá fazer”. Certo, aqui concordamos. Ou seja, o Paços conseguiu fazê-lo, com êxito, inúmeras vezes.
Foi a equipa que, esta época, de longe, mais vezes o conseguiu efectuar no nosso estádio. Certamente por mérito próprio e, certamente também, por ineficácia do Benfica na acções defensivas. Não estivemos tão certinhos neste aspecto como é normal. É uma critica ? Sim, construtiva.

B
O David Luís falhou na jogada que originou o golo do Paços. Foi até ao meio campo numa acção “quase aleatória” e desguarneceu ao zona central da área. É verdade que teve a conivência do Coentrão e do Quim. É uma critica ? Sim, baseada em factos.

C
Não gostei mesmo do jogo do Carlos Martins. Passes falhados constantemente, um jogo cheio de equívocos, trapalhadas, refilões com o Cardoso, faltoso, centros para a linha lateral, enfim. Foi o elo mais fraco. É uma critica ? é uma análise ao desempenho que os 42000 assistentes observaram.

D
Não concordo quando referes que existe “vontade em massacrar os nossos jogadores”
Apenas não gostei do Carlos Martins. Neste jogo não foi o 1\11 que deveria ter sido.
Evidente que existiram acções pontuais em que as coisas correram menos bem:
- Ao David Luís, Coentrão e Quim no golo sofrido
- Em várias acções do Maxi
- Ao Cardoso, Di Maria e Saviola, quando falham golos só com o GR pela frente.
- Ao Cardoso quando em 3 ou 4 acções foi extremamente egoísta.
- etc,

E
Existe muito mérito e de muita gente no que o Benfica está a fazer esta época.
Em termos desportivos, de planeamento e no aspecto organizacional, é abismal qualquer comparação com o que existia nos anteriores anos.
Ou seja, existiu forte evolução, existiram correcções e desvios ao que antes era desenvolvido.
Então, não temos que seguir uma fila “carreirista” e anuir e bater palmas a tudo o que a equipa faz. Temos que referir estas pequenas “coisas” menos boas, para que consigamos corrigi-las, permitindo-nos assim continuar a corrigir e a evoluir.

G
É de salientar também que jogámos sem Aimar, Javi e Ramires e, mesmo assim a equipa não se atrapalhou. E isto sim é muito importante,… é crucial.

 
At 3/08/2010 11:36 da manhã, Blogger D'Arcy said...

Eu não consigo mesmo ver onde é que o Paços conseguiu explorar as faixas laterais com êxito. Em todo o jogo, criaram duas situações de relativo perigo pelas faixas laterais: um cruzamento sem consequências no minuto 8, e uma incursão do Candeias, no início da segunda parte, em que ele sai de fora-de-jogo e termina com um remate de ângulo muito apertado para defesa do Quim. Se duas situações sem consequências práticas é muito, isso já depende do critério de cada um.

 
At 3/08/2010 11:47 da manhã, Anonymous Anónimo said...

Foram mais algumas vezes D´´Arcy.

E já concordas que o Carlos Martins não esteve bem ?

«off topic»
Já que estamos na "onda", gostava de fazer algumas referências (criticas) ao que se está a passar na secção de futsal.
Não sei se este será o local apropriado, por isso pergunto se me dás permissão de colocá-las aqui no teu blog ?

 
At 3/08/2010 7:07 da tarde, Blogger D'Arcy said...

Não concordo. O Carlos Martins esteve ligado ao melhor período do Benfica. Conforme disse, esteve bem enquanto não deu o berro. Depois foi desaparecendo progressivamente do jogo.

Podes falar à vontade do futsal.

 
At 3/09/2010 3:01 da manhã, Blogger Treinador de Sofá said...

C. Martins até esteve relativamente interessante. Concordo com o anónimo numa coisa, o homem não constrói jogo, destrói-o por completo. É difícil ter simpatia por um jogador que tem (ou tinha) talento e uma poderosa meia-distancia e não sabe fazer jogar a equipa (a quantidade de passos e cruzamentos falhados é desesperante.

" D'Arcy said...

Não concordo. O Carlos Martins esteve ligado ao melhor período do Benfica. Conforme disse, esteve bem enquanto não deu o berro. Depois foi desaparecendo progressivamente do jogo."

O melhor momento do benfica, foi os 10 minutos de Di Maria que originou os 2 golos na primeira parte. O Carlos, infelizmente (ou felizmente, dependendo da perspectiva) esteve ausente dessas jogadas. A partir dai foste tornando perdulário e arrogante (algo que paços sob aproveitar). A ver se com o golo sofrido, JJ aprende que Coentrão nunca será lat. esquerdo (por muita boa vontade ele tenha) e que tem de dar nas orelhas de David Luis e avisá-lo que não é "maradoninha".

Não acho que Maxi tenha estado tão mal assim. Pareceu-me um jogo normal dele, sem grandes erros.

 
At 3/09/2010 12:05 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Relativamente ao Carlos Martins não concordo não concordo com o D´Arcy. Consultando alguma imprensa desportiva também não valorizam muito a sua exibição com excepção da Bola que não diz nem bem nem mal.

O Maxi habitou-nos de facto à sua bitola. Sabemos o que ele não faz muito mais, mas também não faz menos. E o que ele faz é bom, porém neste jogo deve de se ter ressentido fisicamente.

 
At 3/09/2010 12:15 da tarde, Anonymous Anónimo said...

O Futsal do Benfica não está bem.

Tem o maior orçamento do Campeonato Português.

Tem os melhores jogadores Portugueses.

Tem um dos melhores jogadores mundiais.

Tem um dos melhorespivots internacionais

Fez um investimento altíssimo na candidatura à UEFA Futsal Cup a realizar em Abril.

Todavia, mesmo com todos estes argumentos:
- o colectivo não fuciona
- os resultados são super decepcionantes
- esta época ainda não ganhámos a nenhuma equipa de topo da classificação.

Vem aí:
- a eliminatória da Taça com o Sporting
- O Play do Campeonato
- A final four da UEFA FUTSAL CUP


... e a equipa vem decaíndo devarinho...

Talvez, não sei !!!? , mas ter um treinador que nem sequer está habilitado a estar no banco, poderá contribuir para este estado de coisas.

 
At 3/09/2010 12:25 da tarde, Blogger zé danos said...

"Apesar de alguns excessos de individualismo que teve durante o jogo, o Di María merece o maior destaque, e aquilo que de positivo põe no jogo é mais do que suficiente para que lhe perdoemos estes excessos."

Eu não perdoo. Posso desculpar, escusar, tolerar ou, até, admitir, agora perdoar é que é demais. Quem perdoa é Jesus.

- Passa a bola Di Maria! Põe os olhos nas trocas da redondinha entre o Cardozo e o Carlos Martins, porra!!!

;)

 
At 3/09/2010 7:47 da tarde, Blogger joão carlos said...

Muito bom o post como é norma.

A falha que apontamos ao David Luiz, e que de facto existiu, não é mais do que uma das suas qualidades, e que lhe tem valido elogios, a pressão no meio campo adversário para além da zona tradicional do defesa central. O erro dele foi de faze-lo quando não tinha em campo um jogador que lhe desse todas as garantias de o compensar, e chamar a isso falha grosseira é um exagero quando na mesma jogada existiram jogadores com falhas, o Airton que não fez a devida compensação, o Coentrão que não cortou o lance e o Quim que podia e devia ter feito mais.
Ainda a propósito dos erros do David Luiz apelidados de paragens cerebrais eu penso que ás vezes somos pouco tolerantes perante os erros e muitas vezes se perde um pouco a noção da historia como exemplo temos o Mozer, e eu para que fique claro não estou nem quero com para-lo com o David Luiz porque não faz sentido e seria parvo, que foi dos melhores defesas centrais que já passou pelo nosso clube mas que no entanto tinha erros clamorosos sendo exemplo máximo a expulsão dele contra o Parma na meia final da Taça das taças e como estas o Mozer tem uma serie delas e no entanto não deixou de ser um maravilhoso jogador. Os jogadores tem que ser avaliados por aquilo que globalmente fazem e já fizerem e não por cometerem erros neste ou naquele jogo.

Em relação ao Carlos Martins não fez uma grande exibição mas também não foi uma nódoa como o tem pintado, aliás os erros que lhe são apontados são todos na acção ofensiva onde de facto ele esteve mal agora em termos de pressão e cobertura ele já esteve bem melhor. E a avaliação do D’Arcy é ao todo e não apenas ao aspecto construtivo em que ele esteve menos bem.

O Fábio Coentrão não é defesa esquerdo, e não sei se alguma vez o será, no entanto a equipa precisa em casa de ter mais um jogador de cariz ofensivo quando joga contra equipas que defendem com oito e nove jogadores isso é claro.

 
At 3/10/2010 1:01 da manhã, Blogger Treinador de Sofá said...

"A falha que apontamos ao David Luiz, e que de facto existiu, não é mais do que uma das suas qualidades, e que lhe tem valido elogios, a pressão no meio campo adversário para além da zona tradicional do defesa central."

Oh, João, tudo bem, mas ele não pode fazê-lo:

a) quando a equipa está organizar-se defensivamente

b) deixa desfalcada a sua posição

c) sozinho, sem ter apoio do meio-campo de forma, a cortar outras linhas de passe. O Objectivo da pressão é apenas contenção do espaço de manobra do adversário e exploração de algum eventual erro.

David Luis, cometeu efectivamente um erro grosseiro, porque:

a) quando subiu, a equipa encontrava-se a descer para organizar-se, ultrapassando a linha do nosso meio-campo

b) Criou um vazio entre o nosso único central (luisão) e deixou em copas Ayrton, que não podia simplesmente descer para cobrir a posição dele, porque ia criar um vazio enorme no meio do nosso meio-campo e não podia subir e ajudar na pressão porque desguarnecia (ainda mais) a nossa defesa.

c) Basicamente o que ele fez nem foi pressão mas sim correr atrás da bola, visto que o fazia sozinho.

Mas isto não indica ele foi o único culpado. F. Coentrão tinha que se antecipar ao jogador que estava a marcar e Quim falha, porque (e para não variar) fez figura de corpo presente em todo o lance.

É por estas e por outras que eu digo (e muitos outros o dizem) que ele (David Luis) tem paragens cerebrais nos piores momentos.

Quanto Carlos Martins:

"- Passa a bola Di Maria! Põe os olhos nas trocas da redondinha entre o Cardozo e o Carlos Martins, porra!!!"

Quem?! Carlos Martins a fazer tabelas?!? Com quem?!?
Os únicos lances que eu lembro do homem é um remate com o pé esquerdo em zona frontal que sai por alto (nada a apontar, visto que tinha espaço e estava bem posicionado para tal apenas o remate saiu mal) e numa jogada com Di Maria, não fez tabela com o mesmo, preferiu esperar para fazer um centro para ninguém na ala direita do nosso ataque.

"Em relação ao Carlos Martins não fez uma grande exibição mas também não foi uma nódoa como o tem pintado, aliás os erros que lhe são apontados são todos na acção ofensiva onde de facto ele esteve mal agora em termos de pressão e cobertura ele já esteve bem melhor. E a avaliação do D’Arcy é ao todo e não apenas ao aspecto construtivo em que ele esteve menos bem."

Está bem visto sim senhor, mas a posição dele naquele jogo era a preocupação nas manobras ofensivas (visto que ocupava a posição de Aimar) e é nesse aspecto que ele tem de pensar (se quer mesmo ser o construtor de jogo na equipa). Também não acho que ele tenha estado uma nódoa, mas que a equipa não pode perder tanta vez a bola, quando está ele a conduzir o jogo.

 
At 3/10/2010 3:26 da tarde, Blogger zé danos said...

Treinador de Sofá

"sarcasmo", já ouviste falar?

;)

 
At 3/10/2010 3:47 da tarde, Anonymous JFilipe said...

D'Arcy não concordo absolutamente nada com os teus amigos. O sector onde nasceram era onde eu costumava ir à bola no antigo estádio. Correram comigo com ameaças de porrada por me queixar dos fumos. Eu vi épocas a fio sem falhar um jogo naqueles lugares.

A claque amainou por causa da perseguição policial a tudo o que cheirasse a extrema direita devido à violência crescente dos skinheads, não porque isso perturbasse os membros. Não me esqueço depois da morte no Jamor desses animais a erguerem orgulhosamente faixas com "Hugo Inácio o eterno guerreiro" nos jogos com o Sporting. Ninguém na claque se opôs!

Estamos a falar de malta a comemorar a morte de outras pessoas, no meio da claque, à vista de toda a gente. Onde é que andavam os teus amigos? Se é uma minoria porque é que a maioria deixou que fizessem isso?

 
At 3/10/2010 4:07 da tarde, Blogger Treinador de Sofá said...

"zé danos said...

Treinador de Sofá

"sarcasmo", já ouviste falar?

;)"

Mea-culpa então. ;)

 

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