quinta-feira, janeiro 20, 2011

Mínimos

Em serviços mínimos e poupando uma boa parte da equipa titular, o Benfica venceu esta noite o Olhanense e deu um passo quase decisivo para vencer o seu grupo e apurar-se para as meias-finais da Taça da Liga, ainda que com alguns sobressaltos, que nos obrigaram a recorrer a alguma 'artilharia pesada'.

Dos titulares habituais, apenas quatro no onze inicial: Maxi, David Luiz (a jogar a lateral esquerdo), Javi García e Aimar. Depois, uma série de gente com muito poucos minutos nas pernas esta época, como Moreira, Roderick ou Felipe Meneses, e outros que são presença mais assídua no banco de suplentes: Sídnei, Peixoto, Kardec e Jara. O Benfica entrou da forma mais habitual, jogando a uma velocidade agradável e mostrando vontade de deixar a sua superioridade bem vincada, apesar das várias ausências. Começando desde cedo a ameaçar a baliza do Olhanense, foi também cedo que chegámos ao primeiro golo: treze minutos, com o Javi García a marcar de cabeça, após assistência do Sídnei, também de cabeça. E foi sem abrandar que o Benfica aumentou a vantagem pouco depois: aos vinte e dois minutos o Jara deu a melhor sequência a um cruzamento do Peixoto, e fez um grande golo com um remate de primeira. Atingida esta vantagem algo confortável, e mantendo a superioridade no campo, seria mesmo previsível que o resultado pudesse acabar por avolumar-se ainda mais, a exemplo do que aconteceu a semana passada. Mas perto do intervalo o Olhanense, até aí inofensivo, conseguiu reduzir (num lance ilegal, já que o Djalmir controla claramente a bola com a mão), e ganhou novo fôlego.

Esse novo fôlego foi visível nos minutos iniciais da segunda parte. A própria equipa do Benfica pareceu algo nervosa e complicativa, perdendo demasiadas bolas e permitindo que o Olhanense, através de processos simples, chegasse com alguma facilidade perto da nossa área, sobretudo pelo centro da defesa. Decorridos pouco mais de dez minutos, e num desses lances, o Djalmir conseguiu isolar-se, e depois deu-se o inevitável lance clássico de penálti do guarda-redes sobre o avançado. Penálti convertido e a vantagem do Benfica esfumava-se. O Benfica pareceu então reagir um pouco, e esteve mesmo perto do golo pelo Javi García, mas foi mesmo necessário recorrer ao banco e lançar o Salvio e o Gaitán quando faltavam vinte e cinco minutos para o final. Que se revelaram decisivos, já que o Benfica voltou à mó de cima e dez minutos depois de entrarem o primeiro acabou mesmo por marcar o golo da vitória. Que foi mais um grande golo, num remate de pé esquerdo, em jeito, de fora da área, colocando a bola fora do alcance do guarda-redes. O Olhanense já não revelou força anímica para responder a esta nova vantagem do Benfica, que controlou o jogo até final.

O melhor do Benfica foi, para mim, o Jara. Foi dos mais irrequietos durante o jogo, e pressionou muito a defesa adversária. Marcou um grande golo, e foi de uma iniciativa dele pela direita que acabou por resultar o golo do Salvio. Salvio que, apesar de ter jogado apenas vinte e cinco minutos, ainda foi a tempo de voltar a mostrar o seu grande valor, dinamizando novamente o ataque do Benfica e marcando o golo da vitória. Gostei também do jogo do Sídnei. Quanto aos que não aproveitaram da melhor maneira a oportunidade dada, menciono o Kardec (parece estar claramente sem ritmo), o Meneses (excessivamente complicativo) e o Roderick, que na pior fase do Benfica pareceu estar algo nervoso, falhando passes e sobretudo arriscando em demasia cortes e entradas 'à queima', que falhou.

Basta agora um empate com o Aves (até pode nem ser preciso) para carimbarmos a passagem às meias finais da prova, e apontarmos ao tri nesta competição. Quanto à actuação (mais uma) do árbitro Artur Soares Dias esta noite na luz: vergonhosa dualidade de critérios.

1 Comments:

At 1/21/2011 5:43 da tarde, Blogger joão carlos said...

Mais um comentário muito bom.


De referir pela positiva o Peixoto que até nem esteve mal, pelo menos não esteve amorfo como nos últimos tempos. O Menezes até começou muito bem depois vais desaparecendo parece que se lhe acabam as pilhas cedo ou que a determinada altura lhe desligam a ficha.

 

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