sábado, outubro 15, 2016

Taça

Já não há jogos fáceis, e o Benfica complicou ainda mais as coisas esta noite com uma exibição pouco conseguida. A possibilidade de acontecer taça neste jogo não foi assim tão baixa quanto aquilo que se preveria à partida.


Jogámos com uma equipa naturalmente muito diferente do habitual, na qual apenas o Ederson, o Nélson Semedo e o Luisão mantiveram a titularidade do último jogo. Jogadores como o Danilo ou o Eliseu fizeram os primeiros minutos da época, e o Zivkovic e o José Gomes foram titulares. A primeira parte foi simplesmente amorfa. Jogada a uma velocidade lentíssima, facilitámos muito a tarefa ao 1º de Dezembro, que simplesmente se manteve fechado e organizado atrás, deu alguma pancada com a complacência do árbitro (os laterais deles, e em especial o chinês, varriam tudo o que lhes aparecia à frente) e não teve grandes dificuldades em evitar que o Benfica tivesse qualquer ocasião de golo durante quase todo o tempo - a excepção foi quase a última jogada, em que o José Gomes cabeceou pouco ao lado depois de um bom cruzamento do Eliseu.. Para a segunda parte regressou o Gonçalo Guedes no lugar do Carrillo, sem qualquer surpresa e julgo que satisfazendo o desejo de praticamente todos os benfiquistas que assistiam ao jogo. A equipa melhorou um pouco e chegou rapidamente ao golo, da autoria do Danilo após uma boa iniciativa individual. O jogo estava completamente controlado e parecia que iria até final sem grande história quando o Celis faz um passe disparatado para trás, que isolou um jogador adversário, e o Ederson cometeu penálti. Foi marcado de forma exemplar e com classe pelo Martim Águas, e voltou tudo à estaca zero. O Benfica foi obrigado a ir à procura de novo golo e o 1º de Dezembro fechou-se mais ainda, tentando levar o jogo para prolongamento. À medida que o jogo caminhava para o final a pressão do Benfica intensificou-se e fomos mesmo obrigado a ir buscar o Pizzi e o Mitroglou ao banco, mas aparecia sempre um pé ou uma cabeça de um jogador adversário no caminho das tentativas de remate do Benfica (pareceu-me que insistimos demasiado em jogar pelo meio do terreno, onde se acumulavam muitos adversários). E foi no último suspiro do jogo, quando o prolongamento já parecia uma inevitabilidade, que o Pizzi finalmente marcou decentemente um canto e o Luisão foi lá acima para carimbar de cabeça a passagem à próxima eliminatória.

Alguns jogadores não conseguiram aproveitar a oportunidade que lhes foi dada neste jogo. O Celis não estava a jogar mal, mas borrou completamente a pintura com aquele passe que resultou no penálti.O Eliseu ainda não tinha jogado mas foi para mim um dos melhores do Benfica, tal como o Nélson do outro lado. O Gonçalo Guedes entrou bem no jogo, o Danilo marcou um bom golo, e alternou coisas boas com outras menos positivas. Gostei do Zivkovic, não fez um jogo brilhante mas mostrou boa capacidade técnica e também uma boa atitude no jogo, lutando sempre muito pela bola. O Carrillo na minha opinião devia ser para aí a oitava opção para extremo - estou a contar com os extremos da equipa B, e só não digo que ele devia ir ganhar ritmo para a equipa B porque não desejo que a boa campanha que estão a fazer este ano se estrague.

3 Comments:

At 10/15/2016 11:03 da manhã, Anonymous NauBenfica said...

Jogámos francamente mal, pondo em risco a eliminatória e arriscando mais 30 minutos, nas vésperas de irmos à Ucrânia. Ninguém nos peça para entender, porque não há como aceitar um desempenho tão fraco do Benfica perante uma equipa da terceira divisão.
O exagero do jogo para trás e para o lado, a lentidão exasperante justificam-se contra aquela equipa?
As marcações de cantos e de livres, regra geral é muitíssimo mal feita, com a bola em balão. Não treinam bolas tensas, as que levam verdadeiro perigo às balizas adversárias?
Celis e Carrillo, começa a já não haver pachorra. Um, porque comete erros de principiante que nos custam golos; o outro, porque não corre, não se esforça, não mostra nada do que queremos ver - e não se pode queixar de falta de paciência do treinador, que lhe tem dado mais oportunidades do que ele tem feito por merecer.
Luisão terá calado, de vez, os detratores (benfiquistas, paineleiros e jornaleiros) que o dão como acabado e o pior central do Benfica? Luisão é o pior dos quatro ou ainda será o melhor?

 
At 10/15/2016 7:36 da tarde, Blogger joão carlos said...

A crónica mais uma vez fiel aquilo que se passou em campo.


Este é o típico jogo em que se junta a falta de ritmo de muitos com a falta de entrosamento de quase todos e se a isso se alia o sobranceiríssimo com que a equipa entrou que a fez jogar num ritmo muito abaixo dum jogo particular temos uma receita como se viu de absoluta nulidade na primeira parte bastou outra atitude e outra velocidade para na segunda parte ser já um jogo aceitável, mesmo que nem de perto nem de longe tenha sido bom.
Tivemos quinze dias sem competição conseguimos o feito de não conseguir ainda recuperar ninguém daquele enorme contingente de lesionados e não contentes com isso ainda conseguimos juntar mais dois a esse lote isto já nem é uma situação grave já há muito que passou isso é uma situação absolutamente catastrófica que tem sido sempre desvalorizada por todos mas que só lá vai com medidas urgentes e profundas.

@nau
O problema das bolas paradas não é uma questão de treino é uma questão de qualidade de quem executa quase todos estes lances são executados sempre pelo mesmo quase sempre com o mesmo resultado nenhum perigo, por acaso o canto por ele executado que deu o golo nada mais é do que a excepção que confirma a regra, porque se formos ver o numero de cantos e livres que ele executa e o numero deles que cria perigo, já nem falo naqueles que marcamos mesmo, o resultado é ridiculamente baixo e confrangedor e até parece que não temos mais ninguém que saiba marcar este tipo de lances.

 
At 10/16/2016 10:29 da manhã, Blogger Nau said...

Concordo em absoluto. Porque terá de ser sempre o Pizzi a marcar livres e cantos?

 

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