quarta-feira, janeiro 04, 2017

Treino

O Benfica confirmou as expectativas e teve um jogo muito fácil frente a uma frágil equipa do Vizela, que se mostrou sempre completamente incapaz de montar qualquer tipo de oposição séria à nossa equipa. A superioridade do Benfica foi tal que quase se podia classificar este jogo como um treino um pouquinho mais puxado.


Muitas alterações, esperadas, na equipa titular, sendo de realçar a segunda oportunidade dada ao Yuri Ribeiro como titular, assim como a presença no onze do Zivkovic e ainda o regresso do Jonas à equipa inicial. O Carrillo também teve mais uma hipótese, a juntar às inúmeras que já teve, para tentar mostrar que vale mais do que aquilo que mostrou até agora. Dos mais habituais titulares nos últimos tempos, apenas o Ederson, o Pizzi, o André Almeida e o Mitroglou jogaram de início. O jogo foi de sentido único, disputado apenas em metade do campo, com o Benfica a cair em cima do adversário desde o apito inicial, jogando um futebol solto e agradável de ver, mesmo sem forçar muito. Rematámos muito, mas com alguma falta de pontaria, e por isso o nulo ainda se manteve durante mais alguns minutos do que a nossa superioridade justificaria. O golo chegou aos vinte e sete minutos, num cabeceamento fulgurante do Mitroglou após cruzamento do Zivkovic. A segunda parte foi de maior acerto na finalização, até porque começou praticamente com o segundo golo. Canto apontado pelo Zivkovic e cabeceamento do Lisandro quase em cima da linha de golo. Mas aquilo que toda a gente que estava no estádio esperava mesmo era o regresso do Jonas aos golos. A pontaria dele esteve desafinada na primeira parte, mas corrigiu isso na segunda e o regresso deu-se da melhor forma possível, com um livre exemplarmente marcado a levar a bola ao ângulo superior da baliza do Vizela. Foi aos cinquenta e sete minutos de jogo, e três minutos depois voltou a marcar, num cabeceamento colocadíssimo depois de mais um cruzamento do Zivkovic. O resto do jogo foi mais do mesmo, de domínio completo do Benfica, poupanças do Pizzi, Jonas e Mitroglou (estreia parao Jovic esta época) e o quinto golo sempre em vias de acontecer. O Vizela, durante todo o jogo, fez um único remate, de fora da área e que foi quase mais um passe para as mãos do Ederson do que outra coisa qualquer.


Os maiores destaques deste jogo foram o Jonas e o Zivkovic. A importância e influência do Jonas, quando em forma, na nossa forma de jogar é por demais conhecida e evidente. Toda a equipa se movimenta e articula de forma diferente no ataque, e mesmo tendo em conta que o adversário era uma equipa da segunda liga, creio que isto foi bem visível hoje. Outra faceta bastante visível da presença do Jonas no onze é a prestação do Mitroglou, que beneficia e muito dos espaços criados pelas movimentações do colega de ataque. Quanto ao Zivkovic, já o escrevi por diversas vezes, deposito enormes esperanças no valor dele. Tem uma técnica apuradíssima, e tal como o Cervi, uma atitude exemplar em campo, jogando sempre com a preocupação de servir a equipa. Hoje fez um hat trick de assistências, que espero sinceramente sirva para que passem a ser-lhe concedidos mais minutos de jogo e oportunidades para jogar, mesmo que seja a partir do banco. Uma palavra final para o Yuri, que voltou a cumprir a sua função sem quaisquer problemas e até se mostrou mais solto e confiante do que no jogo contra o Real.


Depois do resultado entre o Paços e o Guimarães bastaria uma vitória neste jogo para ficarmos a necessitar apenas de um empate no próximo jogo para passar à Final Four. Fizemos mais do que isso, e fomos presenteados com um jogo muito agradável da nossa equipa, mesmo com vários jogadores menos utilizados no onze, e com o bónus do regresso do Jonas aos golos. Era difícil pedir mais. Mas agora o importante mesmo é derrotar o Guimarães no jogo para o campeonato. Depois podemos então pensar no embate contra o mesmo adversário para a Taça da Liga.

P.S.- Não costumo fazê-lo, mas hoje vou mencionar a arbitragem, até porque este árbitro não costuma ser particularmente feliz nos nossos jogos. O golo anulado ao Mitroglou por suposto fora de jogo ainda passa, porque o lance foi muito rápido e seria sempre de dúvida. No estádio não me pareceu, e revendo o lance em casa parece-me que ele está claramente em linha, embora a simpática SportTV tenha optado por mostrar uma única repetição do lance, obviamente sem traçar a linha do fora de jogo, não fosse esta mostrar que o Benfica tinha sido prejudicado (a linha já apareceu quando na segunda parte um lance de ataque do Vizela foi interrompido por fora de jogo). Já o penálti sobre o Zivkovic é um pouco mais difícil de aceitar, porque ele sofre duas faltas na mesma jogada, ambas cometidas dentro da área, e acabámos com um livre assinalado fora da mesma.

1 Comments:

At 1/04/2017 6:07 da tarde, Blogger joão carlos said...

A crónica esta um espelho daquilo que se passou em campo.


Mais do que beneficiar dos espaços criados pelo nosso melhor marcador no ano passado o nosso ponta de lança sabe que com ele em campo pode participar mais vezes no jogo e sair mais vezes da grande área porque sabe tem um jogador que quando ele se ausenta ocupa esse espaço por ele vago e, principalmente, sabe tirar partido disso e finaliza bem coisa que não acontece com os restantes avançados do plantel que nem sabem ocupar convenientemente, quando isso acontece, esses espaços deixados vagos na grande área nem, principalmente, sabem finalizar alguns de baliza aberta sequer.
Ficou mais uma vez evidente que a hierarquia de utilização dos extremos tem de ser alterada tem sido dadas algumas hipóteses a quem não tem merecido por elas, nem sequer por nenhuma, e nem se percebe o porque dessa opção quando existem outros que correspondem sempre melhor quando até são menos utilizados e até vou mais longe ontem vimos que jogar simples e sinonimo de ser mais eficaz e vimos também que para criar perigo e criar oportunidades não é preciso malabarismos nem fintas exageradas que depois não resultam em nada.
Já nos começamos a reforçar e sendo um reforço já a pensar na próxima época, embora a posição até esteja carenciada devido às lesões mas que este reforço nem sequer pode ou vem resolver, esta não era uma posição carenciada seria mais útil e necessário reforçar a posição oito que esta desde o inicio da época só com um jogador e na ausência dele de um jogador adaptado, que ai não funciona naqueles jogos mais difíceis, e que tanta falta faz na sua melhor posição nesses jogos de maior grau de dificuldade e convêm aprendermos com o que aconteceu o ano passado que foi só depois de termos um grande oito que foi possível fazer a época que fizemos sobretudo nas competições europeias.

 

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