quarta-feira, setembro 25, 2019

Descolorida

Exibição descolorida de uma equipa secundária do Benfica e um nulo final que até podemos considerar um pouco feliz, já que o Vitória poderia perfeitamente ter ido em vantagem para o intervalo e parece-me que seria particularmente complicado para o Benfica recuperar dessa situação.


Foi uma equipa do Benfica muito transfigurada, na qual houve apenas três 'sobreviventes' da última equipa do campeonato: Rúben Dias, Taarabt e Seferovic. De resto, Zlobin na baliza, Jardel na dupla com o Rúben Dias, e laterais entreges aos miúdos Tavares, Tomás e Nuno. Samaris, Gedson, Jota e Caio completaram o onze. Ao ver a constituição da equipa pensei que o plano fosse entregar uma ala ao Jota e colocar o Gedson no apoio mais directo ao avançado, mas de início foi ao contrário, tendo o Gedson jogado na direita. Mas a meio da primeira parte trocaram mesmo de posição, e o nosso jogo até melhorou um bocadinho. Não muito, porque em geral foi sempre baixo. Na minha opinião faltaram várias coisas ao nosso futebol: envolvimento ofensivo dos laterais, velocidade nas transições, agressividade e verticalidade. Acho que na primeira parte em termos ofensivos nos ficámos por um remate do Gedson para a bancada e uma cabeçada do Jardel para fora num canto. O Vitória apostou numa estratégia paciente, não se importando de ficar a trocar a bola atrás por longos períodos de forma a chamar a equipa do Benfica e depois tentar a transição rápida. Mesmo antes do intervalo podia ter chegado ao golo, num lance caricato em que a nossa equipa foi pouco expedita a afastar a bola da sua área e a bola acabou por bater nos ferros duas vezes - instantes antes já a bola tinha embatido no poste depois de uma defesa do Zlobin. Na entrada para a segunda parte não houve alterações na equipa, mas notei um maior atrevimento dos laterais. Conseguimos também controlar melhor o jogo, e o Vitória viu-se muito menos no ataque do que aquilo que tinha acontecido durante a primeira parte. Mas o Benfica só ficou realmente por cima no jogo quando, entre os sessenta e os sessenta e cinco minutos de jogo, o Rafa e o regressado Gabriel renderam o Jota e o Samaris. O Rafa veio trazer velocidade e o Gabriel a qualidade de passe que lhe conhecemos, permitindo variações de flanco e passes a rasgar para as costas da defesa adversária. Durante os vinte e cinco minutos finais começámos a criar ocasiões de perigo e a estar no ataque de forma mais consistente e prolongada - nos minutos finais já com o De Tomas no lugar do Caio - mas não houve acerto para chegar ao golo. As ocasiões do Caio, do Seferovic e do Rafa (as duas últimas resultantes de subidas do Tomás Tavares pela direita, realçando a importância do envolvimento ofensivo dos laterais) mereciam melhor finalização.


A primeira parte do Benfica teve tão pouco de relevante que acho que o Rafa e o Gabriel conseguiram ser dos melhores jogadores do Benfica, apesar de terem jogado menos de meia hora. Dos que jogaram de início, talvez o Taarabt mereça o destaque por ter sempre jogado a uma rotação mais alta que os restantes.

Não foi o melhor começo para a Taça da Liga, e é provável que o apuramento possa vir a decidido pela diferença de golos. Vamos ter que jogar mais e melhor do que isto para no próximo sábado ultrapassarmos uma das defesas mais complicadas da Liga - em seis jogos apenas sofreram golos num deles.

1 Comments:

At 9/27/2019 6:28 da tarde, Blogger joão carlos said...

Os que jogaram e que são novidade no plantel este anos, incluindo os que entraram em janeiro, foram todos, à excepção do lateral direito, uma completa desilusão e deixaram muito a desejar e não foi por o jogo ser sido pouco ligado que com muitas mudanças é sempre uma consequência mas porque individualmente não mostraram sequer opções validas quanto mais serem alternativas aos habituais titulares mesmo a excepção, o lateral direito, esteve bem ofensivamente mas defensivamente mostra ainda erros muito básicos vamos ver é se neste caso não vai ser um erro para a evolução do jogador, como já cometemos vários com outros jogadores, ele ter subido demasiado cedo à equipa principal quando deveria de estar a fazer jogos atrás de jogo na equipa b.
Continuamos senda de encontrar um segundo avançado e foi um erro tremendo não termos isso buscar nenhum jogadores cuja posição original seja esse e que tudo o que podemos utilizar naquela posição são adaptações, umas mais lógicas do que outras, agora o que temos visto é que nenhuma das adaptações resulta e pior é que não vemos em nenhuma dessas adaptações melhorias com o passar do tempo que se deslumbre que possam sequer vir a ter um mínimo de condições para fazerem a posição para mais quando esta é uma posição chave no esquema de jogo, e táctico, utilizado e penso que continuar sem fazer uma alteração táctica é insistir num erro sem resolução.
Nestes jogos com muitas mexidas é natural a falta de entrosamento e por isso os jogos menos conseguidos o problema é que este foi mais um a juntar aos vários pouco conseguidos que temos tido ultimamente e nem o pedido de paciência para a muita juventude serve de desculpa é que foram vários os avisos de que precisamente eram jovens a mais na equipa e que eram preciso contratações com maturidade, qualidade e experiência e pelos vistos o treinador já esqueceu aquilo que ele o ano passado achou que era necessário, a reconquista dos adeptos, e que tem de ser feita constantemente e ou ele volta a fazer com que a equipa reconquiste os adeptos ou vamos passar por dificuldades.

 

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