Inquestionável
Vitória inquestionável do Benfica num jogo emocionante e agradável de seguir, e passagem carimbada para as meias finais, onde defrontaremos a quarta equipa da primeira liga neste percurso.

O Rio Ave tentou reagir no início da segunda parte, mas o Benfica não lhe permitiu grandes veleidades, dominando este período de forma ainda mais clara. Foi muito agradável ver o Benfica colocar em prática de forma regular as transições rápidas para o ataque que nos costumam render vários golos, tendo criado várias situações em que os nossos jogadores apareceram em superioridade numérica perante a defesa do Rio Ave. Mas a regularidade com que este tipo de jogadas foram feitas só tem comparação com a regularidade com que as mesmas foram mal finalizadas. Muitos remates tortos, ou um passe a mais, ou demasiado tempo para finalizar a permitir a intervenção de um defesa, ou até mesmo alguma infelicidade (bola do Saviola ao poste) foram arrastando a vantagem mínima no marcador durante muito mais tempo do que seria necessário, e provocando um certo e desnecessário nervosismo nos adeptos. O desperdício foi tal que incluiu mesmo mais um penálti desperdiçado, por mais uma mão na bola dentro da área. Desta vez foi o David Luiz quem, encarregue da marcação, atirou por cima da baliza. Quanto ao Rio Ave, que ia resistindo conforme podia, apenas por uma vez ameaçou seriamente a nossa baliza, quando aos oitenta minutos o Bruno Gama, com um remate cruzado, obrigou o Júlio César a mais uma excelente intervenção. A questão só ficou definitivamente decidida a três minutos do final, com um remate frouxo do Cardozo que desviou num defesa do Rio Ave e acabou no fundo da baliza.
O Cardozo, com os dois golos, acaba por ser o homem do jogo. Mas ele não se limitou a marcar os golos, e neste jogo esteve bem mais activo e participativo no ataque do que tinha estado nos últimos jogos. Muito bem o Júlio César, sempre seguro e com duas enormes defesas. Bem também a dupla de centrais, incluindo o David Luiz, que fez um jogo 'à David Luiz' e só manchando a exibição com o penálti muito mal marcado. Gostei do Saviola, mas esteve pouco inspirado na finalização. Referência também para o Airton: desta vez, e ao contrário do jogo em Coimbra, não notei a falta do Javi.
Estamos nas meias finais, e agora entre nós e o Jamor está o habitual jogo de golfe em ambiente de intifada naquele território sem lei para os lados de Contumil. Teremos que saber ignorar este clima, e continuar a jogar aquilo que temos jogado nos últimos jogos.
1 Comments:
Grande crónica que é o espelho do que se passou.
Só uma palavra para o Aimar neste como no último jogo, na minha opinião esteve bem sem ser brilhante, é abissal a diferença entre aquilo que a equipa produz quando ele está em campo e aquilo que a equipa produz quando ele não esta em campo.
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