Regresso
Bom regresso do Benfica em 2012 e entrada da melhor forma na defesa do troféu que nos pertence há três épocas consecutivas.
Não houve grandes poupanças no onze: para além da expectável troca do Artur pelo Eduardo, dos titulares mais habituais faltaram apenas o Gaitán e o Cardozo, tendo alinhado o Nélson Oliveira e o Saviola, com o Witsel a fechar mais a direita. Uma repetição da táctica já utilizada contra o Rio Ave, na última jornada, e que no fundo é muito semelhante à da época do último título, com o Witsel a fazer de Ramires. O Benfica teve uma entrada bastante forte, causando dificuldades ao Guimarães e chagando ao golo aos dez minutos, depois de o Nolito ter, com um bonito passe a rasgar da esquerda para a direita do ataque, encontrado o Witsel solto na área, e com o belga a rematar por entre as pernas do guarda-redes. A reacção do Guimarães foi forte, e nos minutos a seguir ao golo o Benfica passou por dificuldades, valendo-nos o Eduardo e o desacerto dos jogadores do Vitória para que nos mantivessemos à frente no marcador. O Vitória passou a exercer uma forte pressão, em zonas bastante altas do campo, e o Benfica durante essa fase desiludiu um pouco na capacidade para manter a posse de bola e conseguir sair de forma organizada para o ataque. Só nos minutos finais da primeira parte é que me pareceu que nos organizámos um pouco mais, mas ainda assim falhámos algumas transições para o ataque devido a má qualidade no passe.
A segunda parte trouxe duas alterações no Benfica, com o Cardozo e o Bruno César a surgirem nos lugares do Nélson Oliveira e do Saviola. O Bruno César foi para a direita, encostando-se o Witsel mais ao Javi no centro. A segunda parte trouxe também o golo do empate logo a abrir, na sequência de um livre na esquerda da nossa defesa. Tal como o Guimarães tinha feito, também o Benfica reagiu bem ao golo sofrido, porque a partir desse momento, quase só deu Benfica. E a coisa acentuou-se ainda mais quando, a meia hora do final, o Guimarães ficou reduzido a dez, devido ao segundo amarelo mostrado ao Pedro Mendes. O Benfica geriu a vantagem numérica de forma bastante inteligente e eficaz, fazendo a bola circular muito e abrindo o jogo, explorando os flancos com eficácia com subidas constantes dos dois laterais. Apenas cinco minutos depois da expulsão e o Cardozo, com um grande remate cruzado à entrada da área, desfazia a igualdade. E o que se seguiu foi um domínio completo do Benfica, com várias oportunidades criadas. Algumas desperdiçadas por falta de pontaria, outras por mérito do guarda-redes, e mais dois golos. A dez minutos do final o segundo da noite para o Cardozo, num cabeceamento após cruzamento da direita do Maxi; e quase a fechar o jogo, o quarto do Benfica pela cabeça do Rodrigo (tinha entrado para o lugar do Aimar), numa recarga a um primeiro cabeceamento do Cardozo. Foram quatro, mas até podiam ter sido mais dois ou três.
O Cardozo foi obviamente o homem do jogo. Entrou ao intervalo e foi a tempo de marcar dois golos - o primeiro deles espectacular - tendo ainda visto o guarda-redes do Guimarães negar-lhe pelo menos outros dois, acabando ainda por ter influência directa no quarto golo, já que foi na sequência de uma defesa a um cabeceamento seu que o Rodrigo fez a recarga. Gostei também muito do Nolito. Quase sempre que recebeu a bola na esquerda, construiu uma jogada de perigo. Ou pelos seus próprios pés, ou em solicitações para os colegas. É um desequilibrador nato, mostra grande evolução nos aspectos defensivos do jogo, e neste momento fico sempre satisfeito quando o vejo a titular.
Espero agora que este jogo seja um bom prenúncio para Domingo, quando uma vitória contra o Leiria será de extrema importância. Gostei de termos iniciado 2012 da mesma forma que fechámos 2011: a golear.
1 Comments:
Muito bom este teu post.
Tendo utilizado a mesma táctica do jogo anterior e mesmo começando bem marcando cedo a verdade é que ela não resultou e muito do domínio do nosso adversário e sobretudo a nossa incapacidade para sair para o ataque se deveu á maneira como nos mantivemos quase toda a primeira parte nessa táctica só nos últimos minutos da primeira parte quando o Witsel veio mais para o meio e o Nelson Oliveira ficou a tentar fechar na direita é que conseguimos voltar a pegar no jogo.
Temos que urgentemente resolver o problema na esquerda da nossa defesa neste momento a grande maioria dos nossos adversários só ataca por esse lado como foi visível neste jogo.
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