Intacta
Uma derrota nunca é propriamente positiva, mas o resultado desta noite mantém intacta a esperança de podermos passar aos quartos-de-final da Champions. No entanto, no final fica-se com a sensação de termos entregue o ouro ao bandido, ao deixar escapar o empate daquela forma.

A segunda parte foi ainda mais mal jogada - mas sempre bastante disputada - do que a primeira. O Zenit passou a ter um pouco mais de bola, mas era o Benfica quem rematava mais, aproveitando transições ofensivas rápidas, sobretudo pela direita, onde o Maxi e o Gaitán se revelavam bem mais activos do que o Emerson e o Bruno César do outro lado. O Zenit pouco ameaçava, e foi por isso quase com alguma surpresa que surgiu o segundo golo, quando faltavam vinte minutos para o final, numa jogada toda ao primeiro toque que terminou com uma conclusão de calcanhar. Obtida a vantagem, os russos pareceram estar satisfeitos com o resultado e baixaram ainda mais o ritmo da partida, passando-se então por um período algo desinteressante que fazia prever que o mais provável seria mesmo o resultado manter-se até final. Mas os últimos minutos acabaram por ser animados. O Benfica chegou ao empate a três minutos do final, numa recarga do Cardozo após remate do Gaitán e defesa atabalhoada do guarda-redes russo. E praticamente na jogada seguinte o Maxi Pereira, completamente à vontade no centro da área, teve um erro grotesco e deixou a bola nos pés do Shirokov para que este marcasse o seu segundo golo e terceiro do Zenit no encontro.
É difícil escolher algum jogador que se tenha destacado muito num jogo que nunca foi particularmente bem jogado. Gostei do Garay, e estava a gostar do Maxi até ao erro que deu a vitória ao Zenit. O Gaitán esteve num nível muito superior ao que tem mostrado para consumo interno, mas foi-se apagando ao longo do jogo.
Perder por apenas um golo e marcar dois golos fora não é mau de todo numa eliminatória da Champions. Custa um pouco mais porque perdemos o jogo numa altura em que já não esperaríamos que isso acontecesse. Mas julgo que fizemos um bom jogo, contra um adversário forte, e o resultado mantém tudo em aberto. O Benfica tem claramente a capacidade para, num Estádio da Luz completamente cheio, decidir a eliminatória a seu favor.
7 Comments:
E o nosso treinador veio defender a alimária do Bruno Alves. O homem esforça-se por manter uma imagem simpática junto do CRAC, quiça a pensar no futuro próximo.
Alguém da direcção lhe devia dizer quem não pode defender uma besta que arruma um dos nossos melhores jogadores, prejudicando-nos neste e nos próximos jogos.
Em justiça, o Rodrigo lesionou-se da queda, não do contacto com o Bruno Alves. A entrada, sendo dura, não me pareceu maldosa.
Quem entra daquela forma a uma bola sabe muito bem que corre o risco de lesionar o adversário. A entrada foi intencional para intimidar o Rodrigo logo de início, o que é um procedimento habitual no Bruno Alves.
Não foi maldosa? Entradas por trás levam cartão vermelho exactamente porque o jogador cai desamparado sem conseguir antecipar a queda e amortecê-la usando braços ou pernas. Ancas, ombros, costas ou cabeça acabam por levar a maior parte do impacto.
O Luisão também já veio defendê-lo. O Benfica devia estar acima das pressões dos agentes dos jogadores.
Já agora, discordo da tua avaliação do Gaitan a nível interno. É a seguir ao Aimar o jogador do Benfica com mais assistências para golo na liga. O rapaz leva 11 assistências para golo (6 na liga, 5 na CL) em 22 jogos esta temporada.
É um jogador que se resguarda um bocado, fugindo do choque e só ajudando na defesa quando vê que há desiquilíbrio na equipa. Suponho que isso se explique com a gestão das suas capacidades físicas. Nem todos os jogadores têm que ser batalhadores e correr desenfreadamente.
A crónica esta com categoria.
Só discordo contigo é no título desilusão ou frustração adequam-se melhor principalmente por causa do último golo sofrido.
Este resultado no entanto é muito pior do que faz parecer já que vamos entrar a perder no próximo jogo e perante uma equipa que vai defender muito e que sobretudo é rapidíssima a sair para o contra-ataque, contra-ataque esse que é a sua arma preferida e em que se sente mais confortável.
JFilipe concordo contigo já não digo fazer criticas explícitas e duras sobre a entrada que só vinha trazer polémica que em nada nos beneficiava mas agora fazer a defesa da situação é que não.
O Gaitán dos últimos jogos internos não tem nada a ver com aquilo que ele sabe e pode fazer. Não estou a falar da época toda, estou a falar dos jogos que fez após regressar da lesão. Só com o Nacional é que já mostrou alguma coisa.
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