Convincente
Três jogos, três vitórias, primeiro lugar no grupo e passagem às meias-finais carimbada com uma vitória convincente sobre o Marítimo. O jogo acabou 3-0 e se calhar podia ter acabado para aí num 7-2 se não tivesse havido tanto desperdício.
Algumas alterações, já esperadas, no onze: a troca do Artur pelo Eduardo, Jardel e Capdevila nos lugares dos indisponíveis Luisão e Emerson, e uma dupla de ataque Nélson Oliveira/Saviola, com os habituais Cardozo e Rodrigo sentados no banco. O jogo até começou com um susto para o Benfica, depois de um desleixo do Maxi numa saída do Marítimo para o ataque que foi resolvido com uma boa intervenção do Eduardo, mas o Benfica respondeu de imediato com o Nolito a falhar um golo quase certo, após cruzamento do Nélson Oliveira. Esse lance deu o mote para um período muito forte do Benfica, que ameaçou várias vezes o golo até finalmente consegui-lo, à passagem do quarto de hora, pelo Nélson Oliveira após ser desmarcado por um passe do Saviola. O Marítimo teve uma resposta forte ao golo, com vários jogadores e pressão na zona central do meio campo a conseguirem ganhar supremacia nessa zona e a empurrarem a equipa para a frente, ameaçando quase sempre através de entradas do Sami pelo lado do Maxi, mas raramente conseguiu entrar na área e rematar com perigo, pois a nossa defesa foi resolvendo as situações. O Benfica, respondendo com as habituais transições ofensivas rápidas quando recuperava a bola, ia deixando sempre a sensação de poder voltar a marcar, e a intensa primeira parte foi assim bastante interessante de seguir.
A segunda parte iniciou-se com uma perdida do Nélson Oliveira, que esteve em foco nos primeiros minutos, fugindo várias vezes à defesa do Marítimo para causar inúmeros problemas. Mais uma vez o Benfica entrou muito forte no jogo, e poderia ter resolvido de imediato a partida, mas continuámos a ser perdulários. Ainda antes de se completar uma hora de jogo, o Marítimo ficou reduzido a dez, e o domínio do Benfica tornou-se ainda mais avassalador. Mas o desperdício, esse, é que teimava em não acabar. O remédio para isto chamou-se Rodrigo, que entrou aos 67 minutos de jogo e cinco minutos depois já tinha colocado a bola no fundo da baliza do Marítimo, finalizando na área uma jogada do Nélson Oliveira e do Gaitán. A dez minutos do final, e novamente a passe do Gaitán, repetiu a dose, atirando para a baliza deserta após ganhar uma bola dividida com o guarda-redes. E o resultado apenas se manteve nos três golos de diferença porque os colegas do Rodrigo teimaram em não lhe seguir o exemplo e continuaram a não acertar com a baliza. Exemplo flagrante disso naquela que foi praticamente a última jogada da partida, em que o Nolito e o Cardozo apareceram isolados em frente ao guarda-redes, com a tentativa de chapéu do espanhol a passar desastradamente por cima.
Jogo muito bom do Nélson Oliveira, que apenas não foi perfeito porque apesar de ter começado muito bem, com um golo e outras jogadas perigosas em que serviu os colegas, depois começou a revelar alguma falta de experiência na conclusão das jogadas, optando demasiadas vezes por iniciativas individuais quando tinha colegas em melhor posição. Mas no global teve uma exibição muito positiva. Gostei também do Garay, Maxi, Aimar e, claro, Rodrigo. O Nolito esteve anormalmente perdulário para aquilo que lhe é habitual.
A fase de grupos está ultrapassada, temos agora o Porto no caminho de um possível tetra na Taça da Liga. Esta é a taça que todos fingem desprezar enquanto for o Benfica a ganhá-la. Esperemos poder continuar a mantê-la desprezada.
1 Comments:
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Se no jogo anterior foi Rodrigo o jogador perdulário, desta vez foi de uma eficácia quase absoluta em três hipóteses marcou duas vezes, neste jogo foi a vez de Nolito ser o perdulário com uma mão cheia de hipóteses de marcar sendo duas delas absolutamente incríveis.
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