quarta-feira, janeiro 27, 2016

Passeio

Era um jogo decisivo para decidir a passagem às meias-finais da Taça da Liga, e acabou por ser um autêntico passeio em Moreira de Cónegos. O Benfica goleou por seis a um, e conseguiu fazê-lo deixando uma imagem de tremenda facilidade, de tal forma que se pensarmos no jogo e nas ocasiões que o Benfica ainda assim desperdiçou, se calhar não seria chocante se tivéssemos chegado aos nove ou dez golos.


Como seria de esperar, muitas trocas na equipa, com apenas três jogadores a manterem a titularidade: Jardel, Samaris e Renato Sanches. Oportunidade também para dar minutos aos recém recuperados Nélson Semedo e Gaitán. O Benfica pareceu abordar o jogo de início de forma bastante descontraída, sem forçar muito o andamento, mas depois revelou-se mortífero e extremamente eficaz. No curto espaço de oito minutos, entre os doze e os vinte, já o jogo ficava resolvido com três golos de rajada. Primeiro num penálti marcado pelo Talisca, a punir uma falta sobre o Gonçalo Guedes; dois minutos depois novamente o Talisca, num remate de primeira a aproveitar um mau alívio de um defesa pressionado pelo Gaitán; e finalmente uma obra de arte do Gaitán a concluir uma jogada iniciada no Gonçalo Guedes, que passou pelo Talisca, e terminou com o mago argentino a passar pela defesa toda do Moreirense, guarda-redes incluído, e praticamente a entrar pela baliza dentro com a bola. O Moreirense ainda reduziu, mas à meia hora de jogo o Jiménez repôs a diferença, depois de pressionar um defesa e ganhar-lhe a bola, para depois fazer um chapéu ao guarda-redes. Mesmo sobre o intervalo, o Gaitán atirou uma bola à barra. Na segunda parte o Benfica apostou sobretudo em gerir o resultado e a poss de bola, o que conseguiu fazer com bastante facilidade. Mesmo assim, deu para ir criando ocasiões de golo flagrantes que seriam suficientes para construir um resultado ainda mais dilatado. Os dois médios foram substituídos e poupados a mais esforços, deu para estrear o Grimaldo (mostrou ter vocação ofensiva) e na fase final do jogo acelerámos um bocadinho e chegou-se a uma verdadeira goleada. Aos oitenta e três minutos o Talisca assinou outro grande momento no jogo, chegando ao golo num grande remate cruzado, ainda de fora da área. E sobre o apito final o Gonçalo Guedes fugiu pela direita, ganhou a linha de fundo, e fez o passe atrasado para o Gaitán marcar de pé direito.


Os maiores destaques do jogo são obviamente para o Talisca, que independentemente do hat trick aproveitou muito bem o espaço que teve para se assumir como organizador de jogo, quer quando jogou como segundo avançado, quer quando recuou para o meio campo, e para o Gaitán, que marcou dois, deixou inúmeros pormenores da sua classe, e se não tivesse entrado num registo de algum relaxamento e vontade em jogar para o espectáculo talvez pudesse também ter pelo menos marcado tantos golos como o Talisca. O Nélson Semedo parece estar a recuperar a forma, e o Gonçalo Guedes, apesar de algumas coisas lhe continuarem a sair mal (e foi notória a sua frustração quando isso acontecia) ainda assim conseguiu ficar directamente ligado a três dos golos - fiquei particularmente satisfeito com a jogada do último golo. Parece-me que fica a ganhar quando pode jogar com o Nélson Semedo na lateral direita.

O apuramento para as meias-finais foi conseguido de forma brilhante, e agora resta repetir a fórmula frente a este mesmo adversário já no próximo domingo. Por muita satisfação que este resultado nos dê, a verdade é que também poderá ser perigoso para nós se de alguma forma se reflectir num excesso de confiança da nossa equipa para esse jogo. O jogo desta noite já é passado, agora é preciso encarar o próximo com a máxima concentração para evitarmos surpresas.

domingo, janeiro 24, 2016

Consistente

Mais uma vitória tranquila e indiscutível para o Benfica, num jogo em que o vencedor começou a ficar determinado muito cedo, o que terá talvez até contribuído para uma segunda parte algo relaxada demais da nossa equipa.


A lesão do Fejsa, que foi dos jogadores em melhor forma nos últimos jogos, significou o regresso do Samaris ao onze. O outro grego do plantel reconquistou a titularidade na frente de ataque, relegando o Jiménez para o banco. Dificilmente o jogo poderia ter começado de melhor forma para o Benfica, que logo no terceiro minuto se colocou em vantagem. Aproveitando da melhor forma um toque de cabeça do Jonas, o Pizzi surgiu na zona frontal da área a rematar de primeira para fazer o golo. O Benfica apresentou o futebol que tem sido habitual ultimamente, com os dois extremos, o Jonas e o Renato Sanches a darem bastante dinâmica na zona do meio campo, em especial o Pizzi, que parece jogar com grande liberdade para vaguear pelo campo. Hoje também achei que os nossos laterais estiveram mais participativos no jogo ofensivo da equipa, e que o André Almeida pareceu estar bastante confiante. O regresso do Nélson Semedo deve estar a espicaçá-lo para manter a titularidade.  Benfica manteve a pressão sobre o Arouca, e acabou por chegar ao segundo golo aos dezanove minutos. Na sequência de um canto do Pizzi, toque de cabeça do Lisandro e depois o Mitroglou, à boca da baliza, finalizou com um toque de calcanhar. Apanhando-se a vencer por dois golos tão cedo, pareceu-me que os nossos jogadores resolveram relaxar. Mantivemo-nos sempre claramente por cima no jogo, e mais perto do terceiro golo, mas os nossos jogadores começaram a apostar mais em iniciativas individuais ou em enfeitar demasiado as jogadas. O momento mais perigoso foi já perto do intervalo, numa iniciativa individual do Jonas, que ultrapassou vários adversários mas depois viu o Bracali negar-lhe o golo com o pé.


A reentrada na segunda parte não foi a melhor. Ainda tivemos duas situações logo a abrir em que poderíamos ter dado a machadada final no jogo, pelo Mitroglou e o Jonas, mas o primeiro rematou à figura do guarda-redes e o segundo fez a bola tirar tinta ao poste. Mas depois disso pareceu-me mesmo que a atitude reinante na maior parte dos jogadores apontava mais para a gestão do esforço e do resultado, o que acabou por permitir ao Arouca ter a sua melhor fase no jogo, com mais posse de bola e até algumas situações de perigo, que não resultaram em males maiores por deficiente finalização dos seus jogadores. Claro que o maior balanceamento do Arouca para o ataque deixava muito mais espaço atrás, que os nossos jogadores podiam aproveitar para criar perigo. A vinte e cinco minutos do final assistimos ao regresso do Gaitán, que praticamente na primeira intervenção que teve deixou o Mitroglou isolado em frente ao guarda-redes. O grego permitiu a defesa, mas na embrulhada que se seguiu o Jonas acabou por ser o último a empurrar a bola para a baliza, dando ainda mais descanso ao Benfica. O jogo pouco mais história teve depois disso, a não ser o Benfica a desperdiçar ocasiões para dilatar ainda mais a vantagem, quer por má finalização, quer por más opções do jogador que transportava a bola (quase sempre insistência em acções individuais). O Mitroglou e o Talisca voltaram a desperdiçar, ocasiões isolados à frente do guarda-redes (começa a ser preocupante a quantidade de vezes que os nossos jogadores conseguem desperdiçar este tipo de lances) mas acabou por ser o Arouca, já em período de descontos, a marcar. Foi depois de um canto, em que o Lisandro foi batido pelo ar por um dos centrais adversários. Podia ter sido uma goleada, acabou por ser uma vitória tranquila mas por uma margem que no final até acabou por me saber a pouco.


Não achei que tivessem havido exibições que se pudessem considerar brilhantes da parte dos nossos jogadores, mas no geral estiveram quase sempre bem. O Pizzi voltou a fazer um jogo positivo e a ser decisivo, tal como o Jonas, embora este tivesse estado um pouco menos feliz na finalização do que é habitual. Gostei bastante do Carcela, que esteve inclusivamente bastante activo em tarefas de auxílio à defesa. O André Almeida teve um jogo bastante conseguido, quase sempre seguro a defender (a excepção foram mesmo os minutos iniciais, em que teve alguma dificuldade em acertar a marcação ao adversário directo) e confiante a atacar. O Mitroglou marcou um golo mas podia, à vontade, ter acabado o jogo com uns três marcados.

A equipa continua a sua sequência de bons resultados e a apresentar um futebol bem mais consistente, que me deixa com mais confiança para o futuro. Atenções agora voltada para o Moreirense, que defrontaremos duas vezes seguidas fora. Espero que consigamos garantir a passagem às meias finais da Taça da Liga (quero mesmo voltar a conquistá-la) e mantermo-nos colados ao topo da tabela no campeonato.

quarta-feira, janeiro 20, 2016

Mínimos

Mínimos alcançados, vitória conseguida sobre um Oriental que deu uma bela réplica e agora podemos ir para o último jogo dependendo apenas de nós próprios para continuar a defender o troféu que detemos e dominamos.


Apenas dois jogadores do último onze se mantiveram a titulares, Lisandro e Carcela, numa equipa onde o Nélson Semedo regressou à competição. Ederson, Lindelöf, Sílvio, Samaris, Talisca, Gonçalo Guedes, Djuricic e Mitroglou completaram as escolhas para este jogo. Sobre o qual há pouco a dizer. Foi um jogo de muita luta e pouco futebol, condicionado pelo mau estado do terreno, e no qual foi necessário ao Benfica adaptar o seu futebol a um estilo mais próximo daquele que se joga na segunda liga. Foi por isso um jogo quase sempre muito repartido em que o Benfica ia criando poucas ocasiões de golo - nas vezes em que o Mitroglou conseguiu ter espaço para rematar, fê-lo sempre na direcção do guarda-redes. Pareceu-me que, dadas as condições e o estilo de futebol jogado, o nosso meio campo constituído pelo Samaris e o Talisca era demasiado 'macio'. Achei por isso que o Renato Sanches até deveria ter entrado mais cedo do que entrou. Fomos obrigados a recorrer também ao Pizzi e ao Jiménez para ajudarem a chegarmos à vitória, que acabou por surgir apenas a um quarto de hora do final com um golo do Talisca. Nesta altura já ele jogava como segundo avançado, com o Jiménes encostado à esquerda e o Pizzi na direita, e aproveitou um alívio de bola para a entrada da área para rematar de primeira e decidir o jogo. Foi sobretudo a seguir ao golo que o Benfica foi mais perigoso, e até criou mais ocasiões para dilatar a vantagem, que incluíram um remate do Talisca à barra. Mas até lá as melhores ocasiões de golo tinham pertencido ao Oriental, e podemos agradecer ao Ederson o facto de não termos sofrido nenhum golo. É para ele que vai o meu destaque neste jogo, pois com três intervenções muito boas impediu que o Oriental se colocasse em vantagem. A forma como conseguiu tirar a bola dos pés de um avançado que estava isolado (depois de um disparate do Talisca) foi fantástica, e a defesa que fez com uma perna quando já estava em contrapé foi outro momento alto. Este foi apenas o segundo jogo que fez pelo Benfica (o primeiro tinha sido também para a Taça da Liga) e em ambos deixou muito boas indicações, quer a defender, quer a lançar a bola para o ataque.

Dependendo agora do resultado que o Moreirense consiga no jogo contra o Nacional, ficaremos depois a saber se teremos obrigação de vencer o último jogo em Moreira de Cónegos, ou se o empate bastará. Mas o mais importante é que dependeremos sempre apenas de nós próprios para podermos continuar a defender este título. Desprezada por muitos (que nunca a conseguem ganhar) eu acho sempre que esta competição é mesmo para levar a sério - é um troféu oficial - e dá-me sempre bastante alegria juntar mais uma ao nosso palmarés.


domingo, janeiro 17, 2016

Transformação

Uma transformação da equipa do Benfica ao intervalo permitiu alcançar uma reviravolta completa no resultado e a conquista de três importantes pontos, que aproximam a equipa do primeiro lugar e recompensaram também os muitos adeptos do Benfica que se deslocaram à Amoreira para empurrar a equipa para a vitória.


Mais uma vez não houve mexidas na equipa, e jogámos com o mesmo onze dos dois últimos encontros para o campeonato, onde o Fejsa se impõe cada vez mais como dono da posição seis. O Benfica entrou no jogo de forma decidida, com vontade de começar a resolver cedo o assunto. O primeiro sinal foi dado pelo Pizzi, num remate em arco que não passou longe, e pouco depois o Jonas acertou no poste, isto num lance em que me pareceu que poderia ter tentado o passe para o Jiménez, que estava completamente sozinho no meio. O Estoril tentava responder sobretudo com lançamentos longos sobre a direita da nossa defesa, aproveitando uma entrada no jogo um pouco tremida do André Almeida, mas acabou por ser pelo outro lado que, na primeira vez que desceu efectivamente até à nossa área e no primeiro remate que fez no jogo, chegou ao golo. Estavam passados doze minutos no jogo, e o Bonatini correspondeu da melhor forma a um cruzamento rasteiro, colocando a bola no lado oposto da baliza, com o Lisandro a ficar mal no lance, pois deixou escapar o adversário que estava a marcar. O golo pareceu afectar o discernimento da nossa equipa, que passou a apresentar um futebol confuso e revelava grandes dificuldades para ultrapassar uma equipa do Estoril que defendia com os onze jogadores atrás da bola, quase sempre acantonados junto à sua área. Até poderíamos ter começado a facilitar as coisas mais cedo, repondo rapidamente a igualdade, mas o Jiménez voltou a falhar um lance em que ficou isolado em frente ao guarda-redes, depois de um erro enorme de um defesa do Estoril. Insistimos demasiado pelo meio e acabámos por tornar fácil a tarefa de um Estoril que apenas se preocupava em defender - o remate que lhes deu o golo manter-se-ia como o único remate feito no jogo durante praticamente todo o encontro. Isto ajuda a explicar em parte o motivo pelo qual, apesar de termos tanto domínio territorial e posse de bola, para além da ocasião do Jiménez, poucas mais ocasiões de golo conseguimos criar.


Para a segunda parte, o Benfica regressou com o Mitroglou no lugar do Jiménez e com uma atitude guerreira, de querer encostar o Estoril às cordas desde o apito inicial. O grego deu-nos uma presença na área mais constante e incómoda para a defesa do Estoril, o Benfica subiu ainda mais as linhas de pressão - foram várias as vezes em que vimos o Fejsa a pressionar e a recuperar a bola praticamente à entrada da área adversária - e jogámos a toda a largura do campo, explorando muito mais frequentemente as laterais. A recompensa surgiu muito cedo, logo aos sete minutos, precisamente com um golo do Mitroglou (que minutos antes já tinha desperdiçado uma grande ocasião, também após cruzamento rasteiro da direita, em que colocou mal o pé na bola e atirou ao lado) que conseguiu receber um cruzamento rasteiro do Pizzi, rodar, e rematar, com a bola ainda a sofrer um desvio num adversário. Sempre impelidos pelo apoio constante vindo das bancadas, o assalto do Benfica à baliza estorilista prosseguiu, com o Estoril a não conseguir sequer chegar ao meio campo. Houve um lance em que se gritou golo do Benfica, após uma confusão que se seguiu a um cruzamento do Carcela na esquerda, mas eu estava do outro lado do campo e não posso opinar se de facto a bola terá ou não entrado. Mas nem deu para ficar muito tempo a pensar nisso, pois dois minutos depois (aos sessenta e sete) o Benfica consumava a reviravolta no marcador numa das melhores jogadas que teve no jogo. A bola passou pelos pés de vários jogadores e foi finalmente passada pelo Jonas ao Pizzi. O primeiro toque não foi dos melhores, e deixou a bola fugir ainda mais para a direita, mas quando parecia que a probabilidade de conseguir rematar era diminuta, acabou por sair mesmo um remate cruzado muito puxado ao segundo poste que deu golo - o Mitroglou estava completamente sozinho em frente à baliza para poder aproveitar um cruzamento. O golo foi praticamente o KO para o Estoril, que não tinha mais ideias para além de defender. Até tentou subir um pouco no campo, mas foi o Benfica quem desperdiçou mais de uma ocasião para ampliar a diferença, com especial destaque para uma situação em que o Jonas, depois de mais um excelente trabalho do Mitroglou no centro da área a segurar a bola e a soltá-la para o colega, não conseguiu fazer a bola ultrapassar o guarda-redes. Só mesmo no último lance do jogo é que o Estoril voltou a rematar à nossa baliza, na sequência de um canto e com um desvio de cabeça ao primeiro poste, a que o Júlio César correspondeu de forma excelente.


O meu primeiro destaque neste jogo vai para o Fejsa, que foi um autêntico monstro no meio campo. Recuperou inúmeras bolas e impôs-se quase à vontade por onde quer que andasse. Ganhou praticamente todos os lances que disputou, pelo chão ou pelo ar, cortou passes e foi o primeiro a lançar os contra-ataques. Foi simplesmente brutal. Em oposição,  o Renato Sanches teve um jogo menos conseguido, com demasiadas perdas de bola e passes errados. O segundo destaque vai para o Mitroglou, que foi um dos factores chave para a mudança da primeira para a segunda parte. Dominou dentro da área, aproveitando o poder físico para causar inúmeros problemas a defesa adversária e criar espaços para os colegas jogarem. O Pizzi voltou a mostrar a importância que tem no momento actual da equipa, e será um caso sério tirá-lo de lá, mesmo quando o Salvio regressar. O 'Cérebro' foi elogiado por aquilo que conseguiu retirar do Pizzi a época passada, mas neste momento ele está a jogar para aí o dobro disso. O André Almeida começou o jogo de forma algo tremida e revelou algumas dificuldades com a velocidade do Gerso, mas foi gradualmente subindo de produção e acabou por fazer uma segunda parte muito boa, incluindo no apoio ao ataque. O Carcela também subiu de produção na segunda parte, quando começámos a explorar mais as alas.

Estamos a atravessar uma boa fase - a melhor da época - que se reflecte em dez vitórias e um empate nos últimos onze jogos disputados para o campeonato. Pelo caminho, ganhámos já dez pontos aos adversários mais próximos (5+5) e o primeiro lugar já só dista dois pontos, o que significa que voltámos a depender exclusivamente de nós próprios para o alcançar. Tudo isto significa também o progressivo levantar do mar vermelho que sustenta a nossa equipa, e quem esteve esta noite no frio da Amoreira, a começar pelos próprios jogadores, sentiu bem o que isso significa. Talvez seja essa perspectiva que assusta quem nos odeia.

terça-feira, janeiro 12, 2016

Resposta

Depois de uma goleada a uma equipa da Madeira, fomos à ilha golear outra equipa num jogo disputado em dois episódios, devido à habitual aparição do nevoeiro na Choupana. Regressamos de lá com mais três pontos, a satisfação do dever cumprido com distinção, e a moral em alta.


Foi com o mesmo onze que tinha goleado o Marítimo que entrámos em campo. Sobre os sete minutos e meio disputados ontem pouco há a dizer, dado que eu pelo menos nem sequer consegui ver o que quer que fosse no meio das brumas. Mas hoje o mote foi dado logo na primeira jogada após o reatamento: canto para o Nacional, bola recuperada e rapidamente a equipa saiu para o ataque (sim, fizemos uma transição rápida) e deixou o Carcela na cara do guarda-redes, mas infelizmente a finalização não foi a melhor. Insistindo sobretudo pelo lado esquerdo, o Benfica entrava quase como queria pela defesa do Nacional, faltando apenas mais acerto na finalização para dar expressão à superioridade do Benfica no jogo. Esta fase inicial deu mesmo para ficar preocupado com a má finalização dos nossos jogadores, já que normalmente não se têm tantas ocasiões tão claras para marcar num jogo, e portanto o desperdício poderia sair caro. Especialmente quando até o Jonas, depois de uma jogada do Renato Sanches (mais uma vez pela esquerda) e centro, atirou por cima quando estava a pouco mais de um metro da linha de golo. Mas rapidamente o Jonas se redimiu do falhanço, pois mais uma investida pela esquerda culminou num centro perfeito do Carcela para um cabeceamento colocado, sem sequer ser necessário tirar os pés do chão. A resposta do Nacional foi dada apenas por um remate perigoso de fora da área, no qual o Júlio César mostrou estar atento, mas o Benfica continuou a mandar no jogo quase como queria, forçando mesmo o treinador do Nacional a fazer logo uma alteração ainda na primeira parte, para tentar reforçar o meio campo. Quando soou o apito para o intervalo a vantagem de apenas um golo para o Benfica já era curta para a superioridade por nós demonstrada.


Mais injusto se tornou o resultado logo aos cinco minutos após o intervalo, pois o Nacional chegou ao empate num lance que só se pode classificar de anedótico no qual os nossos centrais ficaram muito mal, pois foram muito pouco expeditos a aliviar a bola da área, andaram para ali a embrulhar-se com ela, e um adversário acabou por conseguir um remate enrolado que ainda foi desviado pelo pé do Júlio César, levando a bola a rolar muito devagarinho até ultrapassar a linha de golo. Mas o Benfica não abanou nada com o golo, e até respondeu logo no minuto seguinte com um golo do Jiménez, anulado por fora-de-jogo milimétrico. Mas sete minutos depois do empate o Benfica voltou à vantagem num golo lindo pela sua simplicidade. Três toques bastaram para colocar a bola no fundo da baliza do Nacional: lançamento de linha lateral executado pelo Eliseu, bola colocada directamente para o desmarcado Jiménez sobre a linha de fundo, cruzamento de primeira e remate também de primeira do Jonas, de pé esquerdo, a colocar a bola bem junto da base do poste sem qualquer possibilidade de defesa. E mais cinco minutos decorridos acabámos com quaisquer dúvidas, quando o Jonas completou o hat trick. Um daqueles cruzamentos longos que o André Almeida costumava tentar cinquenta vezes por jogo (verdade seja dita que, felizmente, tem vindo a abandonar esse hábito) saiu perfeitinho para a cabeçada do Jonas, mais uma vez a fazer a bola entrar bem juntinho do poste e sem possibilidades de defesa para o guarda-redes. A patir daqui as maiores expectativas passaram a ser ver se o nevoeiro não voltava a estragar tudo (e ameaçou diversas vezes) e se o Benfica conseguiria ainda ampliar a vantagem. Creio que a nossa equipa até ficou algo deslumbrada e chegou a mostrar alguma displicência, porque senão teria mesmo marcado mais golos - o pior exemplo até foi dado na defesa, quando um passe horrendo do Fejsa deixou um adversário completamente isolado e com tudo para marcar. Felizmente era um jogador que estava em inferioridade física, e a sua finalização foi ao nível do passe do Fejsa. Já sobre o final do jogo o Mitroglou (tinha entrado para o lugar do Jiménez) fez o quarto golo após uma boa iniciativa individual, num remate cruzado da direita, que pela quarta vez no jogo fez a bola entrar juntinho ao mesmo poste direito da baliza do Nacional (hoje os nossos jogadores estavam todos com a pontaria afinada para aquela zona da baliza). E o golo até resultou de (mais) uma transição rápida após uma recuperação de bola, com o passe decisivo a sair dos pés do Pizzi.


É claro que o homem do jogo é o Jonas. Começou com um falhanço muito pouco habitual nele, mas depois foi simplesmente mortífero em frente à baliza, obtendo três golos em outras tantas finalizações de primeira. Já o disse noutros jogos, ele joga, faz jogar e ainda marca. É um luxo termos um jogador com esta qualidade. Muito bom jogo do Fejsa também, que se impôs no meio campo e que à medida que vai ganhando ritmo parece estar bem mais atento e eficaz nas dobras aos colegas da defesa. A continuar na forma que tem apresentado nos últimos jogos, ganhou definitivamente o lugar ao Samaris. A única mancha na exibição foi mesmo aquele passe que isolou um adversário. Carcela e Pizzi também em bom plano, e a melhoria da qualidade do futebol do Benfica nos últimos jogos tem passado muito pela acção dos nossos alas e a forma como têm sabido participar nas acções do meio campo, aparecendo frequentemente bem metidos para dentro para dar linhas de passe e proporcionar oportunidades para a subida dos laterais.

Há duas semanas atrás, depois de perder no Estádio da Luz com um golo no último minuto, o treinador do Nacional criticou a nossa equipa por jogar tão pouco. Hoje a resposta que lhe demos foi apresentar algum do melhor futebol que lhe vimos jogar esta época, e ganhar confortável e inequivocamente um jogo tradicionalmente difícil. Após uns primeiros meses pouco motivadores, começo agora a ver sinais de evolução no nosso futebol, e isto com uma equipa muito desfalcada de alguns dos seus maiores valores. Mérito do treinador, e fico com a esperança de que a evolução seja para continuar.

quinta-feira, janeiro 07, 2016

Excelente

Uma excelente vitória frente ao Marítimo, por meia dúzia de golos sem resposta, e a melhor forma de mostrar que os mind games da treta que o carroceiro da Porcalhota insiste em tentar (mas que todos sabemos não passar da simples manifestação de um profundo ressabiamento pelo que ele considera ser uma afronta, já que a sua vaidade não lhe permite aceitar o facto de ter sido descartado) não têm senão o efeito contrário ao por ele desejado.


Mais uma vez um onze sem surpresas, onde o Fejsa parece estar a ganhar vantagem ao Samaris na luta pela titularidade - tem menor raio de acção, mas comete muito menos erros que o grego - e em que o Carcela foi o escolhido para ocupar o lugar do Gaitán. Na frente, o Jiménez continua a merecer a preferência. A primeira fase do jogo não fazia adivinhar o resultado com que terminaria. O Marítimo entrou decidido a causar dificuldades, e foi disputando o jogo quase em pé de igualdade com o Benfica, que voltava nesta fase a revelar as habituais dificuldades para imprimir maior velocidade ao jogo, com os jogadores do ataque quase sempre demasiado estáticos e entregues às marcações. Ao contrário do que tem acontecido muitas vezes em jogos anteriores quando o Benfica revela este tipo de dificuldades, não se via o Renato Sanches a jogar quase a par do Fejsa, mas quase o extremo oposto: deve ter tido instruções para se adiantar no terreno e levou-as demasiado à letra, surgindo muitas vezes a encostar-se aos defesas, como se de um avançado se tratasse. De qualquer forma, o problema do vazio entre os jogadores mais recuados e os mais avançados revelava-se, pois durante a fase inicial do jogo o Jonas esteve muito amarrado na frente e nenhum dos alas flectia para dentro na tentativa de ocupar esses espaços. O Benfica deu o primeiro sinal de perigo numa perdida inacreditável do Jiménez, que depois de um grande passe do Jonas ficou isolado e com tudo para marcar. Fez quase tudo bem, esperou até que o guarda-redes caísse, mas depois conseguiu chutar contra ele. O Marítimo respondeu com uma grande ocasião também, na qual foi um corte do Lisandro no limite que evitou males maiores. Estava o jogo neste pé quando de repente, à meia hora de jogo e no espaço de pouco mais de cinco minutos, ficou completamente decidido a nosso favor, pois três golos de rajada deixaram o Marítimo nocauteado. Os dois primeiros foram quase a papel químico, surgindo de cruzamentos na esquerda que foram desviados por jogadores do Marítimo na zona frontal da baliza (no primeiro foi um defesa, no segundo foi o guarda-redes) indo a bola cair na zona do segundo poste, bem a jeito para os remates do Pizzi. Na jogada do primeiro golo destaque para a tabela entre o Eliseu e o Carcela, a permitir a desmarcação deste último, e no segundo foi o Carcela a fazer o passe para a desmarcação e cruzamento do Jiménez. O terceiro golo surgiu na sequência da bola a meio campo depois do segundo golo. Pressão muito forte do Benfica, bola recuperada, passe do Pizzi para o Jonas, remate cruzado defendido pelo guarda-redes e a bola outra vez para a zona do segundo poste, onde o Jiménez só teve que encostar. O Marítimo ainda conseguiu ter um lance de algum perigo, mas o remate do Marega passou pouco ao lado do poste.


O segundo tempo previa-se tranquilo, e cedo mais tranquilo ainda ficou, com mais dois golos para o Benfica ainda antes de decorridos dez minutos, na sequência de dois penáltis. O primeiro foi assinalado depois do Jonas ter sido abalroado por um defesa, após um cruzamento vindo da direita e toque de cabeça do Jiménez. O segundo por uma rasteira ao Carcela, que se escapava pela esquerda. Em ambos os penáltis o Jonas atirou rasteiro para o lado direito do guarda-redes, que ainda conseguiu tocar na bola no primeiro. Jogo tranquilíssimo para o Benfica, com os jogadores a parecerem bastante mais soltos do que o habitual e em movimentações constantes, o que permitia ver jogadas em progressão com a bola a passar pelos pés de vários jogadores - os dois alas, Pizzi e Carcela, estiveram sempre muito interventivos no jogo e apareciam frequentemente em zonas mais interiores para proporcionar várias opções de passe. Aliada a isto, uma boa agressividade na zona central, dada pelo Renato e o Fejsa. Com o jogo perfeitamente controlado e mais do que decidido deu para poupar jogadores importantes como o Jonas e o Renato Sanches, que foram substituídos a pouco mais de vinte minutos do final. E como era uma noite em que quase tudo corria bem, o Talisca, acabadinho de entrar, na sua primeira intervenção fez o sexto golo. Foi mais uma recuperação de bola no meio campo, seguida de um toque de calcanhar do Pizzi, e depois o Talisca progrediu pelo centro, ultrapassou um adversário, flectiu ligeiramente para a esquerda, e rematou ainda bem de fora da área (numa altura em que eu reclamava porque queria que ele passasse a bola mais para a esquerda para o Carcela, que estava sozinho) para fazer a bola entrar junto ao poste mais próximo, obtendo um bonito golo. Minutos depois o Jiménez teve a segunda perdida escandalosa da noite, quando ficou completamente à vontade depois de uma escorregadela de um defesa, mas tentou picar a bola sobre o guarda-redes de forma tão desajeitada que esta deve ter passado uns dez metros por cima da baliza. Foi substituído logo de seguida pelo Mitroglou, que entrou a tempo de também ele desperdiçar uma boa ocasião para ampliar o resultado, optando pela iniciativa individual quando tinha colegas mais bem colocados e vendo depois o José Sá fazer uma boa defesa ao seu remate.


Houve vários jogadores com boas actuações esta noite, mas creio que é justa a distinção do Pizzi como o melhor em campo. Marcou os dois primeiros golos e esteve directamente envolvido nas jogadas de mais três. Atravessa um bom momento e é nesta altura um dos jogadores mais influentes na nossa equipa. O Carcela justificou plenamente a oportunidade que lhe foi dada. É um jogador que nos pode ser extremamente útil quando coloca a capacidade técnica que tem ao serviço da equipa em vez de explorar quase exclusivamente as acções individuais. Foi o que fez esta noite, e creio que para isso terá contribuído muito o facto de ter jogado a maior parte do tempo na esquerda em vez da mais habitual direita, onde acaba sempre por ter tendência para flectir com a bola para o centro. O Jonas esteve ao seu nível, o Renato e o Fejsa controlaram o meio campo, e mesmo o Eliseu fez um jogo bastante positivo (continuo a achar que ele leva mais 'porrada' do que a que efectivamente merece por parte dos benfiquistas, que não lhe perdoam absolutamente nada). O Jiménez poderia ter saído de campo com uma exibição memorável e um hat trick. Mas um avançado de nível não pode falhar duas ocasiões daquelas num jogo.

Foi uma vitória muito motivadora. Gostei muito de certos pormenores que foi possível ver quando a equipa jogou de forma mais solta. Esperemos que a nossa equipa consiga seguir neste rumo, até porque se perspectivam os regressos de jogadores que virão acrescentar qualidade às opções do treinador. Há umas semanas, depois do desapontamento do empate com o União, ficámos com doze pontos (7+5) para recuperar aos adversários mais directos, o que parecia uma tarefa hercúlea. Agora são quatro.

sábado, janeiro 02, 2016

Batalha

Uma vitória importantíssima em Guimarães, num jogo que foi quase uma autêntica batalha, e no qual nos acabou por valer o crer e a vontade dos jogadores, já que qualidade no futebol jogado não houve muita - e naquelas condições era mesmo muito difícil que houvesse.


Num onze sem surpresas destaque para o regresso do Gaitán e para a escolha do Jiménez para a frente de ataque. No meio campo, como seria esperado, o Fejsa ocupou o lugar do castigado Samaris. Não foram precisos muitos minutos para perceber ao que o Guimarães vinha: agressividade em barda, com diversas faltas, uma atitude quezilenta e picardias constantes, num cenário que me fez lembrar, e muito, o arraial de pancadaria que o Benfica enfrentou o ano passado em Braga, na altura treinado pelo mesmo Sérgio Conceição. Na altura a táctica deu resultado, sob o olhar beneplácito e complacente do despromovido e agora auto-retirado Marco Ferreira. Hoje, de forma até algo surpreendente, o Xistra não deu rédea solta aos nossos adversários. Num jogo disputado neste cenário era difícil esperar futebol de qualidade, até pelas constantes interrupções, e foi exactamente isso que se viu. Houve muita disputa por cada bola, mas quase sempre longe das balizas, o que se reflectiu num número muito reduzido de remates por parte de ambas as equipas. Ainda assim foram do Benfica, que sobretudo na primeira metade deste primeiro tempo viveu muito das movimentações do Jonas em terrenos mais recuados, as melhores ocasiões para marcar. Um remate do Renato Sanches de fora da área quase traiu o guarda-redes, que defendeu também um forte remate do Jonas. Teve também uma saída em falso que o Jonas não conseguiu aproveitar para enviar a bola para a baliza, mas redimiu-se mesmo sobre o intervalo com uma defesa incrível por instinto a mais um remate do Jonas, que depois de um cruzamento do Renato Sanches parecia ter tudo para marcar. Do lado do Guimarães, a melhor ocasião teve o Licá isolado, mas não conseguiu ultrapassar o Júlio César e a tentativa de passe atrasado foi interceptada. O que é certo é que ao intervalo o Guimarães ia conseguindo os seus objectivos e mantendo o Benfica quase sempre longe da sua baliza. Nós, mais uma vez, tivemos muito maior posse de bola, mas a maior parte dessa posse foi inconsequente.


Na segunda parte o jogo manteve-se na mesma toada, e dado que não estávamos propriamente a assistir a um massacre à baliza do Guimarães, à medida que o tempo ia correndo o o cenário ia-se tornando cada vez mais complicado, porque o golo parecia pouco provável. Uma excepção flagrante foi naquela que terá sido a melhor jogada do Benfica em todo o jogo, entre o Gaitán, o Jonas e o Pizzi, que acabou com este último isolado em frente ao guarda-redes. Mas ele tentou colocar a bola entre as pernas do guarda-redes, que defendeu a bola e assim se perdeu uma enorme ocasião para desfazer o nulo (para um miúdo que se estreou há muito pouco tempo, fiquei bem impressionado com este Miguel Silva). O Pizzi aliás teve outras situações durante o jogo em que ganhou bem posição sobre a ala, mas acabou quase sempre por decidir mal, insistindo na iniciativa individual e acabando por rematar com pouco ângulo. O Guimarães teve uma boa ocasião na segunda parte, mas o Licá rematou muito por cima quando parecia ter condições para fazer muito melhor. Até que tudo acabou por se decidir a quinze minutos do final, e numa fase em que me parecia que o Guimarães tinha recuado mais no terreno e quando atacava, fazia-o sobretudo com pontapés para a frente e sem subir muito o bloco. Depois de um livre marcado sobre a esquerda da área a bola sobrou para o Renato Sanches, que rematou uma primeira vez contra um adversário, foi ainda recuperar a bola e descaído para a direita rematou cruzado para o ângulo do lado oposto. Uma bomba indefensável e um golaço do miúdo. Tendo em conta o jogo a que estava a assistir, com tão poucas ocasiões de golo, achei que aquele golo praticamente selava o resultado, o que acabou mesmo por acontecer. Nem por uma vez o Guimarães conseguiu ameaçar seriamente a nossa baliza até ao final - já nós, poderíamos ter talvez chegado a um segundo golo numa situação muito vantajosa de contra-ataque, mas mais uma vez o Pizzi decidiu mal e não passou a bola a um colega mais bem colocado.


O homem do jogo tem que ser obviamente o Renato Sanches. Sê-lo-ia pelo simples facto de ter marcado o golo (e que golo) que desatou um nó tão complicado como era este jogo naquela altura. Mas ele fez bastante mais do que isso, foi um trabalhador incansável no meio campo, nunca virou a cara à luta e às patadas dos adversários e foi aquilo que se espera que um 'box-to-box' seja, sendo igualmente interventivo a atacar e a defender. Gostei também do jogo do Jonas, e quanto ao resto da equipa, houve pelo menos entrega onde faltou maior qualidade.

Foi uma vitória muito importante num campo muito difícil, mas parece-me que justa. Foi o Benfica quem mais fez por ela, e quem dispôs de mais e melhores ocasiões de golo - por algum motivo o guarda-redes do Guimarães foi um dos destaques do jogo. Não consigo perceber as queixas do Sérgio Conceição a não ser por mau perder. Entraram no jogo a tentar bater em tudo o que mexia e em constantes tentativas de provocar quezílias. Não sei qual é o espanto de se apanharem cedo com três amarelos (por sinal, no final do jogo o Benfica até acabou com mais amarelos, quatro). Se calhar, se esses amarelos não tivessem saído, a pancadaria continuaria tal como em Braga o ano passado. O desespero de falarem na arbitragem quando perdem com o Benfica é tanto que na entrevista rápida no final o capitão do Guimarães (um jogador que já passou por nossa casa) conseguiu descobrir um penálti não se sabe onde para se queixar. Enfim, o costume.