terça-feira, junho 30, 2009

Tricampeão

Voltou a ser muito difícil; foi preciso sofrer até ao fim, mas com mais uma grande dose de brio, apoiados na liderança do capitão Pedro Costa e na classe inigualável do Ricardinho, sagrámo-nos tricampeões nacionais de futsal, perante um pavilhão apinhado e empenhado no apoio incansável à nossa equipa. Cinco títulos em oito anos de existência da secção atestam bem a nossa superioridade.

Parabéns a toda a secção, e em especial ao André Lima pela dobradinha conseguida no ano de estreia como treinador (de certeza que não faltaria gente preparada a atirar a primeira pedra caso perdêssemos, lembrando a saída do Beto Aranha).

É sempre tão bom poder gritar 'Benfica campeão'.

domingo, junho 28, 2009

À Campeões

A perder por 3-0 após seis minutos de jogo, num pavilhão onde muito poucos conseguem vencer, os rapazes do nosso futsal foram buscar as forças e o brio para defenderem o título de campeões que ostentam, e viraram o resultado para uma brilhante vitória por 6-3, trazendo a decisão de volta para a Luz. O Vilarinho que diga o que muito bem entender, mas é nas modalidades que reside uma das maiores reservas de Mística do nosso clube, e os seus atletas não se cansam de nos mostrar isso mesmo, semana após semana. Agora, todos à Luz para os apoiar no jogo decisivo.

P.S.- Gosto de pastéis com melão.

sexta-feira, junho 26, 2009

Saviola

Quem me conhece sabe que isto para mim é o realizar de um sonho com alguns anos. Bem-vindo, 'Conejo'.

sexta-feira, junho 19, 2009

Timing

Espero estar enganado mas, face à recusa ontem do José Eduardo Moniz, começa a parecer-me provável que o Movimento Benfica Vencer, Vencer acabe mesmo por não apresentar qualquer candidato às eleições do próximo dia 3 de Julho. Isto é uma decisão perfeitamente legítima mas, se tomada nesta altura, praticamente vazia do significado e impacto que poderia ter tido caso tivesse sido assumida como uma posição de princípio com o timing correcto, ou seja, desde o momento em que a antecipação das eleições foi anunciada. Nessa altura, isso seria uma verdadeira jogada de mestre. A ser tomada agora, a imagem que fica é a de que isto acontece não por uma questão de princípios, mas sim por falta de opções após levarem negas de potenciais candidatos.

Este é um dos motivos pelos quais eu continuo a discordar da antecipação das eleições, e a dizer que foi um péssimo acto de relações públicas por parte da actual direcção. Isto deixa a porta aberta à oposição para assumir a sempre confortável posição de vítima, que desculpa praticamente qualquer decisão que venham a tomar - e que no futuro poderá dar sempre azo a mais clivagens. Apesar de ser evidente que, se não se apresentem, será simplesmente porque não encontraram um benfiquista presidenciável com vontade de queimar a sua imagem associando-se ao 'Grupo do Veiga' (o que não é surpreendente dado que, até agora, a única trave mestra que consegui identificar no movimento é mais ou menos 'Se não gostas do Vieira, junta-te a nós'), a imagem que terá que ser vendida é a de que isso acontece porque não lhes terá sido dado tempo suficiente para se prepararem.

quarta-feira, junho 17, 2009

Jesus

Pronto, lá veio o homem de Alfama (ou lá de onde raio é). Não mudo a minha opinião sobre ele: não gosto dele, e não me entusiasma particularmente a sua contratação. Resta-me desejar que ele consiga mudar a minha opinião, e apoiá-lo não como o Jorge Jesus, mas como o treinador do Benfica. Por enquanto, limitar-me-ei a tirar o som da televisão sempre que ele der uma conferência de imprensa.

quinta-feira, junho 11, 2009

Eagle One

Bem, tenho que admitir que perspicácia não falta ao candidato do parecer. De facto, parece-me ser o nome ideal a dar a uma aeronave que se destine a transportar lunáticos...

Esta só fará sentido para quem ainda se lembrar do 'Espaço: 1999' ;)

domingo, junho 07, 2009

Nostalgia

Ontem, excepcionalmente, assisti ao jogo da selecção (apenas a segunda parte, que isto há prioridades e durante a primeira parte estive mais interessado em ver os nossos rapazes do futsal, apesar de uma arbitragem grotesca, derrotarem o Freixieiro no primeiro jogo das meias-finais do playoff, perante o desânimo dos comentadores da SIC). Confesso que, quando sobre o final do jogo, o Bruto Alves (a jogar já a avançado, tal era a aflição) acorreu ao balão desesperado lançado sobre a área albanesa e marrou na bola, dirigindo-a para o fundo da baliza, não consegui evitar soltar um impropério. Isto porque me lembrei imediatamente que agora teríamos que continuar a aturar o Queirósz a vender-nos a ideia de que a qualificação está mesmo ali ao lado, e que dado o brilhantismo do nosso futebol, isto são favas contadas. Mas quando o apito final soou pouco depois, e vislumbrei o sorriso triunfante do mesmo Queirósz enquanto saía do campo, de repente fez-se luz no meu espírito.

Convenhamos, como eventuais adeptos da selecção nacional, os últimos anos deixaram-nos mal habituados. Apuramentos para fases finais em barda, boas classificações nas mesmas, vitórias concludentes sobre adversários fáceis, tudo isto contribuiu para nos tornarmos de certa forma arrogantes, e encarar cada jogo como apenas mais um para vencer. Deixámos de dar o devido valor a cada vitória, o que, no meu caso, contribuiu para me desligar ainda mais da selecção nacional. Porque eu não consigo reconhecer ou identificar-me com essa selecção. Não foi essa a selecção com que eu cresci. A minha Selecção era aquela que ganhava por três a dois a Malta no Estádio da Luz, com a contribuição de um golo de um José Rafael, e que sofridamente conseguia uma qualificação para um Mundial após vinte anos de ausência. Depois chegava lá, fazia um brilharete no primeiro jogo, e dava um terrível mau aspecto logo a seguir, dando-nos vontade a todos de apedrejar os jogadores. Era esta montanha russa emocional que dava a emoção necessária para que acompanhar a Selecção fosse tão interessante. Ver-nos ganhar 8-0 ao Liechtenstein não tem piada nenhuma. Já ver-nos iniciar um jogo contra a RFA, em que tínhamos necessidade absoluta de vencer, num portuguesíssimo esquema táctico de 7-2-1, tinha (reclamo para Portugal a invenção do esquema táctico de um único avançado).

Durante a minha infância, havia algo de épico em cada vitória da Selecção. Essas vitórias eram como que arrancadas a ferros, com defesas impossíveis do Bento, bolas a bater nos ferros, árbitros constantemente a favor dos estrangeiros, (porque 'ninguém liga nenhuma a Portugal'), golos caídos do céu, e no final, mesmo depois da tal vitória épica, corríamos para a calculadora para calcular as nossas hipóteses de qualificação - quase sempre remotas, já que normalmente dependiam de algo como uma vitória de Malta por seis a zero em Estocolmo. Foi por isso que ontem, ao ver Queirósz caminhar triunfantemente para os balneários, me senti invadido por um sentimento de profunda nostalgia. Naquele momento, reconheci finalmente, após todos estes anos, a minha Selecção Nacional perdida. A sensação de triunfo após uma vitória contra uma selecção cujo público festeja ruidosamente a conquista de um pontapé de canto não engana: Portugal está de volta! É este o plano de Queirósz: fazer regressar os adeptos da minha geração que andam há tantos anos afastados, devido à falta de identidade desta imitação que nos andou a enganar durante os últimos anos. É, convenhamos, uma estratégia brilhante.

Como que a confirmar a minha teoria, eis que olho para a capa d'A Bola, e tudo bate certo (peço desde já desculpa por colocar a imagem chocante de um cro-magnon apanhado no preciso instante em que solta um grito de acasalamento):


Está tudo ali. Voltámos a ser Portugal. O estádio digno de uma Segunda Divisão B, repleto dos tais adeptos que celebram ruidosamente a conquista de um pontapé de canto, passou a 'Inferno'. A vitória sofridíssima e medíocre frente a uma selecção da cauda da Europa é-nos vendida como um feito de proporções épicas. Isto sim, é a minha Selecção. Nada mais me resta senão curvar-me perante a sapiência do Professor Queirósz, sabendo de antemão que o apelo para voltar a assistir a jogos da selecção se tornará irresistível. A África do Sul está mesmo ali à mão. É só Malta fazer o jeitinho em Estocolmo, vão ver...