segunda-feira, julho 31, 2006

Simão

Por enquanto, parece que o Simão fica no Benfica. Pelos vistos terá falhado o acordo entre o jogador e o clube espanhol. Confesso que esta notícia me agrada. Um jogador com a qualidade do Simão faz sempre falta e, ao contrário do que muita gente anda para aí a dizer, considero que ele faria muito bem o papel de interior esquerdo na actual táctica de Fernando Santos. Além disso, se as coisas ficassem assim, nem sequer poderiam andar a inventar histórias acerca do Simão ficar contrariado no Benfica: é que o Benfica cedeu mesmo, e aceitou baixar o preço para os dezoito milhões oferecidos pelo Valência, e o que falhou foi o entendimento do próprio Simão com os espanhóis.

Este post é capaz de ser prematuro, dado que de certeza que as negociações entre o Simão e o Valência devem continuar, e eles ainda poderão chegar a um acordo. Mas não pude evitar fazê-lo dado o agrado com que encaro a perspectiva de poder contar com o nosso número 20 por mais uma época (e, consequentemente, conseguirmos assim evitar que o Petit marque mais uns quantos livres).

Entretanto a questão do guarda-redes do Benfica continua a dar que falar entre os próprios benfiquistas, a avaliar pelos comentários no post anterior. Para já, para o jogo de amanhã quem ficou de fora foi o Moretto. Isto coincide com a minha preferência: para mim, e até que o Moretto consiga ganhar uma consistência que nunca revelou no Benfica, ele é a terceira escolha. Mas independentemente das nossas preferências, a verdade é que não somos nós quem escolhe o guarda-redes titular: é o treinador. É que a avaliar pelo teor de alguns comentários trocados no post anterior, parece que é o contrário. Não são os adeptos que fazem um guarda-redes falhar. Pelo contrário: as sucessivas falhas de um guarda-redes é que provocam o descrédito dos adeptos. Um exemplo: será que o Beto é um jogador fabuloso, que só não faz grandes exibições porque os adeptos não gostam dele, ou serão os adeptos que não gostam dele porque ele não tem muita qualidade?

De qualquer forma, o meu princípio mantém-se: eu posso detestar o Moretto, mas a partir do momento em que ele entra em campo com a nossa camisola, ninguém me ouvirá assobiá-lo, mesmo se ele der um frango descomunal. O mesmo se passa com o Beto, ou com qualquer outro jogador do Benfica. Os adeptos têm o direito de ter as suas preferências pessoais por este ou aquele jogador, agora o que me custa sempre compreender é quando essas preferências provocam coros de assobios mal um determinado jogador toca na bola pela primeira vez.

sábado, julho 29, 2006

Telegráfico

Mais uma vez uma má entrada no jogo, e desta vez começámos a perder cedo, graças a um duplo erro do Moretto. Primeiro repõe a bola em jogo num pontapé de baliza de uma forma completamente disparatada, colocando-a directamente para fora perto da nossa área. Na sequência do lançamento (num lance em que a defesa não fica isenta de culpas) resolve meter as mãos à bola de uma forma que já nem os guarda-redes dos iniciados devem meter, e pumba!

Depois foi a habitual desinspiração ofensiva. Um jogador que leva a bola deve ver-se aflito, porque ninguém mais se mexe, ninguém cria linhas de passe, e o jogador fica sem saber o que fazer. Resta-lhe continuar com a bola nos pés até ser desarmado. O Nélson e o Manu pareceram os mais inconformados, mas as coisas também não lhes saíram muito bem. De realçar apenas um falhanço inacreditável do Paulo Jorge, na maior oportunidade de golo que o Benfica teve, e ainda o facto do Marcel, mesmo em penalties a feijões, ter conseguido falhar os seus em ambos os jogos.

Estes dois últimos jogos do Benfica foram absolutamente surreais, de tão maus que foram. E isto numa altura em que falta pouco mais de uma semana para o jogo de pré-eliminatória da Champions. O que obviamente me deixa bastante preocupado. Se conseguir arranjar as coisas em termos de trabalho, se calhar sou suficientemente maluco para dar um salto a Viena e ver o Benfica. Não é pelo nome do adversário, e muito menos por estar entusiasmado com a qualidade do nosso futebol. É mais pela localização, e por isto ser uma boa desculpa para visitar outra vez uma cidade que adoro :)

sexta-feira, julho 28, 2006

Patético

O melhor é eu não escrever muito sobre o jogo desta noite. Porque senão vou começar já a desancar numa data de coisas, e a verdade é que ainda estamos no início da época e (o que é o mais natural) eu posso estar errado numa série de impressões que tenho. O nosso jogo foi mau demais, patético mesmo, e mais uma vez voltou a aumentar muitos dos receios que eu tenho para a nova temporada. Porque, francamente, o que eu vi esta noite é em grande parte o Benfica de Fernando Santos que eu receio ver durante grande parte da época. Uma equipa em que se o Rui Costa está apagado, nada funciona em termos ofensivos. E hoje a defesa revelou-se desastrosa. Já o disse algumas vezes: não gosto de ver o Benfica jogar neste esquema táctico. É demasiado limitado a determinadas zonas do terreno, e qualquer atrevimento ofensivo resulta em buracos enormes na defesa. Aliás, o futebol apresentado pelo Benfica até agora parece-me anacrónico: seria o futebol ideal para a década de oitenta. Hoje fomos facilmente derrotados por uma equipa que se limitou a fazer aquilo que sabe melhor: segurar o jogo no meio campo, usar lançamentos longos para solicitar os avançados, e aproveitar muito bem os erros do adversário. E isso bastou. Não devem ter feito mais de 3/4 remates à baliza durante os 90 minutos, e marcaram 3 golos. Se tivessem rematado mais, ainda teriam marcado mais.

Uma coisa que me preocupa (já desde a época passada) é que quando nos vejo jogar, a equipa parece sempre que não tem alma, não há uma chama de paixão no jogo. Foi ridículo o número de vezes que perderam e entregaram a bola ao adversário perto da área, dando muitas vezes a impressão que não tinham motivação para lutar pela posse dela. E hoje sempre que penso nesta falta de alma acabo por recordar-me das palavras do Geovanni quando saiu. E para piorar as coisas, olho para o banco, e em vez de ver uma possível fonte de inspiração e motivação, vejo aquele tipo com a palavra 'LOSER' estampada nas trombas. A reacção visceral que tenho ao ver o nosso treinador é mais ou menos semelhante à que tinha quando o Trapattoni chegou (aliás, no caso do Fernando Santos é pior). Oxalá os resultados finais sejam no mínimo os mesmos do italiano.

Se calhar estou a exagerar, porque isto foi só um amigável. Mas não gosto nada de perder e jogar tão mal.

quinta-feira, julho 27, 2006

Fonseca

Parece que se confirma: o mexicano Francisco 'Kikin' Fonseca é o novo avançado do Benfica. Não o conheço suficientemente bem para poder dar uma opinião sobre ele. Apenas o vi jogar uma vez, no Mundial contra Portugal, num jogo em que ele até acabou por ser eleito o melhor em campo e foi o autor do golo mexicano. Sei que ele tem um bom historial de golos marcados, por isso espero que possa manter a tendência na Luz.

domingo, julho 23, 2006

Regresso

Começo já por dizer que não gosto nada de jogos de 'apresentação'. Quando vou ao futebol, é para ver a bola, por isso irrita-me um bocado todo o folclore com que temos que levar num jogo destes, e particularmente ter que levar com o speaker (já disse várias vezes que ele é um dos meus ódios de estimação) ainda mais histérico do que o costume. Da apresentação propriamente dita ontem, parece-me que o facto de maior saliência foi a ausência do Simão, e o facto dele nem sequer ter sido mencionado (o Luisão também não esteve, mas o nome dele foi anunciado). É capaz de ser o sinal mais claro até agora que o Simão será mesmo uma carta fora do baralho para esta época. Não sei se o Chelsea acaba por vir cá buscá-lo ou não, conforme já foi noticiado várias vezes, mas a verdade é que o Damien Duff já foi vendido ao Newcastle.

Quanto ao jogo, eu continuo dividido em relação à nossa táctica para esta época. A verdade é que é aquela que parece ser a mais adequada para as características do Rui Costa, e há ainda outros jogadores que podem lucrar muito com este novo esquema (como o Miccoli), mas continua a fazer-me impressão ver as faixas laterais do campo muitas vezes vazias. O positivo desta táctica é a capacidade que a equipa tem de lutar mais rapidamente pela recuperação da bola, sendo várias as vezes em que ganhamos a posse desta ainda no próprio meio-campo adversário (o Katsouranis esteve muito bem neste aspecto). A parte negativa são mesmo os desequilíbrios defensivos que por vezes acontecem quando os laterais avançam demasiado no terreno, e a falta de jogadores que se verifica algumas vezes nas faixas quando estes não sobem, obrigando a que seja muitas vezes o Rui Costa a ter que cair para as laterais. Quando isto não acontece, às vezes parece haver um bocado a tendência para 'mastigar' um bocado o jogo a meio-campo, com a bola a rodar entre os jogadores mas praticamente sem progressão.

A primeira parte foi de razoável qualidade, e alguns jogadores estiveram em muito bom nível: Miccoli (sobretudo este), Katsouranis, Rui Costa, e os dois centrais (em particular o Anderson). O golo surgiu após uma falha do guarda-redes adversário, que foi bem aproveitada pelo Miccoli. Pouco depois o mesmo Miccoli esteve perto de marcar novamente, no que seria um grande golo, mas que foi negado por uma boa defesa do Ramé. Gostei muito de ver o italiano jogar como gosta, em movimentação constante por toda a frente de ataque em vez de ficar preso como referência entre os centrais, proporcionando oportunidades de passe aos colegas do meio-campo. E fosse o Mantorras um pouco mais decidido e poderia ter marcado em mais do que uma ocasião, aproveitando os toques de primeira do Miccoli que o deixavam praticamente sem marcação.

A segunda parte, muito por culpa da saída do Miccoli, foi mais aborrecida. Nos primeiros vinte minutos praticamente não aconteceu nada digno de realce, até que o nosso treinador decidiu testar a outra variante táctica desta época, fazendo três substituições e colocando a equipa a jogar em 4-3-3. Fiquei bastante interessado em ver a equipa jogar assim, dada a minha predilecção por futebol com extremos, e a verdade é que um minuto depois a bola chegou aos pés do Paulo Jorge na ponta direita, que fez um centro perfeito para a finalização de cabeça do Marcel. Infelizmente nem deu para ver sequer cinco minutos deste esquema, porque logo a seguir o mesmo Paulo Jorge resolveu andar à estalada com um adversário e foram ambos para a rua. Ser expulso num amigável, que por acaso é o seu jogo de estreia na Estádio da Luz não me aprece um bom cartão de visita, e borrou completamente o bom pormenor da assitência para o golo. Com dez contra dez houve um pouco mais de espaço para jogar, mas poucas jogadas dignas de realce.

Conforme disse, gostei muito do Miccoli, e também do Katsouranis, Anderson, e Rui Costa. Não vale a pena estar a criticar jogadores nesta altura, porque estamos no início da época e provavelmente acabaria a bater nos ceguinhos do costume.

P.S.- Entretanto a última notícia sobre o Simão coloca-o no Valência, vindo o Marco Di Vaio para o Benfica. Confesso que a notícia não me desagrada de todo, dado que tenho muito boa opinião do Di Vaio. Já me conformei com a saída do nosso capitão, e ao menos seria um bom jogador que viria para o nosso plantel.

quinta-feira, julho 20, 2006

Manel

E pronto, infelizmente parece que se confirma a saída do Manuel Fernandes para o Portsmouth. Custa-me muito todos os anos ver sair um dos meus jogadores preferidos do Benfica, e este caso não é excepção. Se calhar o que me custou mais até agora foi mesmo o Tiago, por quem eu tinha (e tenho) uma enorme admiração, e ainda hoje tenho saudades de o ver no nosso meio-campo, mas o Manuel Fernandes tem o extra de ser 'prata da casa', um jogador nado e criado no Benfica e, parece-me, ainda com uma enorme margem de progressão. Tenho pena que o ano passado não tenhamos conseguido ver o mesmo Manuel Fernandes da época do Trapattoni, mas acho que não deve ser fácil para um jogador daquela idade andar uma época inteira a arrastar uma pubalgia. Ainda assim ele vai-me deixar saudades, até porque seria um jogador que encaixaria bem na táctica deste ano. Custar-me-ia menos ver sair o Simão...

O negócio acaba por não ser mau para o Benfica, e a ser verdade que o Manuel Fernandes vai ganhar cinco vezes mais, também não me parece que o devamos censurar por querer sair. Fico curioso em ver como será a sua evolução como jogador agora. Se por um lado jogar no Portsmouth pode significar que terá um pouco menos de pressão que teria caso jogasse num clube de topo, por outro lado de certeza que as pessoas estarão à espera de muito dele, já que esta transferência pulverizou o recorde de transferências do clube (£10M contra os £4M que era a quantia mais alta que o Portsmouth alguma vez tinha pago por um jogador). Além disso, e apesar do projecto ambicioso do novo dono do clube, o Portsmouth é tradicionalmente um clube que luta para se manter na Premiership, pelo que passar de um clube que luta pelo título para este pode ser um choque grande.

Enfim, só posso desejar toda a sorte do mundo ao Manuel Fernandes, e fico com esperança que um dia ainda o volte a ver jogar com a nossa camisola vestida. Não concordo com quem diz que ele saiu a mal, porque não lhe vi qualquer atitude incorrecta neste processo (pelo menos eu não acho que ir consultar um especialista acerca de uma lesão que nitidamente o incomoda seja um acto de desrespeito grave, principalmente se considerarmos o historial de sofrimento com lesões arrastadas que diversos jogadores do Benfica já passaram nos últimos tempos).

Entretanto, e após a saída de um médio, fico com curiosidade em relação às dispensas, que em breve serão conhecidas. Só espero que não resolvam voltar a emprestar o Diego, e optem pelo Beto em vez dele. Os jogos da pré-temporada pelo menos deram para ver que o Diego é um jogador muito mais completo que o Beto. Acho piada que se fale de uma possível dispensa do Diego devido a um jogo de preparação menos conseguido. Será preciso recordar com quantos jogos 'menos conseguidos' (e daqueles a doer) o Beto nos presenteou a temporada passada? Isso não impediu que ele mantivesse um lugar no plantel... E já agora, se não se for buscar mais um avançado então mantenham o Karadas - parece-me que nos seria muito mais útil do que o Marcel poderá ser (embora a minha irracionalidade de adepto faça com que continue com uma ténue esperança que o Marcel nos tenha andado a enganar a todos até agora).

domingo, julho 16, 2006

Primeira

E ao terceiro jogo, primeiros golos sofridos e primeira derrota. Claro que esta derrota tem tanta importância quanto o tiveram as vitórias anteriores: nenhuma. Mas não gostei de ver os meus receios em relação à nova táctica materializados: excessivo adiantamento dos laterais, devido à obrigação de por eles passar quase todo o jogo ofensivo feito pelas alas, e como consequência enormes buracos lá atrás que os adversários exploraram. O jogo valeu sobretudo pela exibição do Rui Costa, tendo havido alturas em que a equipa quase parecia o Rui Costa mais dez. Felizmente o 'maestro' foi recompensado com um golo, e já agora assinale-se também o grande golo do Mantorras (só não há maneira de o ensinar a fugir ao fora-de-jogo). O Manduca melhorou muito neste jogo, tanto que quase nem me apercebi que ele estava em campo, e o Beto deu um festival de como passar bem a bola. Enfim, apesar da derrota ainda deu para me rir um bocado.

Entretanto estou curioso para saber quem será o nosso adversário na estreia no campeonato. Para já é o Gil Vicente, mas tendo em conta o que conhecemos do nosso futebol, se calhar uns dias antes do jogo muda tudo e passa a ser o Belenenses. Isto se não acabarmos com uma fuga para a frente para resolver a situação à maneira portuguesa habitual (leia-se alargamento).

quinta-feira, julho 13, 2006

Gregos

Bem, gostava de poder escrever algo sobre o jogo de preparação ontem contra os ucranianos, mas infelizmente só consegui ver a segunda parte, que foi bastante apagada por parte do Benfica. Os golos foram marcados na primeira parte, pelos dois gregos, e parece que foi nesse período que o Benfica apresentou mais algum futebol. Na segunda parte pouco se viu, para além do Benfica a segurar a vantagem, e um espectáculo risível por parte do treinador romeno dos nossos adversários. Acho que ele teria o feitio ideal para fazer carreira no futebol português, principalmente ali no clube que mora para os lados do Lumiar. Um treinador que praticamente ameaça retirar a equipa de campo por discordar da marcação de um lançamento de linha lateral é um achado que não deveria ser desperdiçado :)

Entretanto hoje a notícia é uma possível venda do Manuel Fernandes ao Portsmouth. Para mim é um negócio estranho. Primeiro porque os valores envolvidos parecem-me excessivos para um clube como o Portsmouth (apesar do novo dono do clube ser rico). Depois porque seria um pouco estranho o Manuel Fernandes sair do Benfica para o Portsmouth, que nem sequer está envolvido nas competições europeias, e que é um tradicional candidato à descida na Premiership. Além disso, apesar de 15 milhões ser bastante dinheiro, acho que seria um mau negócio para o Benfica, dada a idade e potencial do Manuel Fernandes. Por outro lado, e tendo em conta que o nosso presidente tem mantido sempre a regra de que só sai um jogador importante por época, caso o Manuel Fernandes seja vendido provavelmente o Simão ficará.

De qualquer maneira se o Manuel Fernandes sair isto virá confirmar uma tendência extremamente irritante para mim. Por norma há sempre um jogador no Benfica que eu tenho tendência a admirar mais do que os outros. Não sei bem explicar, mas é como se um golo ou uma boa jogada desse jogador me dessem ainda mais satisfação do que quando tal é feito por outro jogador. Há dois anos, durante o período Camacho, para mim o Tiago era este jogador. Chegou ao final da época e ficámos sem ele. Após isso, na época seguinte a minha preferência passou a ser pelo Miguel. Todos sabemos o que aconteceu no final dessa época. Assim sendo, nesta última época outro jogador passou a ocupar o topo da minha lista de preferências, e esse jogador é o Manuel Fernandes. Se ele sair, acho que o melhor é não escolher mais nenhum jogador para admirar... nem sequer o Rui Costa, porque apesar da hipótese dele ser contratado por outro clube ser nula, na volta chega o fim da época e ele retira-se...

terça-feira, julho 11, 2006

Miccoli

No mesmo dia, duas boas notícias para o Benfica. Primeiro, a saída do Laurent Robert. O Benfica liberta-se assim de um jogador cujo rendimento esteve bastante abaixo do esperado, e deixa de ter o peso do ordenado do francês, que certamente seria dos mais elevados do plantel.

Depois, a notícia pela qual eu esperava: a continuidade do Fabrizio Miccoli. Era impensável para mim a possibilidade de perdermos um dos elementos mais valiosos da equipa, e por quem tenho grande admiração. O plantel está assim praticamente fechado, faltando saber apenas se ainda será contratado mais algum avançado ou não (na minha opinião, acho que seria útil que isto acontecesse).

segunda-feira, julho 10, 2006

Fim & Princípio

Pronto, chegou ao fim o Campeonato do Mundo. Ganhou a Itália, o que não é mau de todo. Parabéns à Itália. E Portugal teve uma presença muito boa, chegando às meias-finais, por isso está também de parabéns. Ao fim chegou também o ciclo do Figo na selecção, e pode-se dizer que se despediu em beleza, sendo um dos melhores - se não o melhor - jogador da nossa selecção neste campeonato. O mesmo caminho seguiu o Pauleta, mas este - sem surpresa - da pior maneira, após um Mundial fraquíssimo, ao nível que o Pauleta nos habituou sempre que os jogos e competições aumentam de importância.

Chega ao fim o Campeonato do Mundo, e começa a época do Benfica. Apesar da barrigada de futebol que foi este último mês, no Sábado ainda me sentei à frente da TV com alguma curiosidade para ver o primeiro jogo de preparação, frente a uns amadores suíços. Claro que com poucos dias de trabalho, e sendo o adversário tão fraco, as conclusões a tirar não podem ser muitas. No entanto posso dizer que se o modelo táctico que o nosso treinador pretende implementar é aquele do losango a meio-campo, este não é um modelo que me agrade muito. Já o disse aqui, sou adepto de futebol com extremos, e neste modelo o ataque pelas alas fica demasiado dependente das acções dos laterais. E convém não esquecer que a principal tarefa destes ainda é defender. Além disso, se o Simão ficar (e parece-me que ele vai mesmo acabar por ficar), estou para ver que funções lhe serão atribuídas neste esquema. Quanto aos jogadores, e sobretudo os novos, o que me impressionou mais favoravelmente foi o Diego (apesar do penalti falhado). Pode ser uma conclusão precipitada, dado que isto foi apenas um joguinho de solteiros e casados contra uns amadores, mas a verdade é que me parece que a época passada ele era capaz de ter dado algum jeito. Sobretudo considerando que andámos a usar o Beto como pau para toda a obra no meio-campo. Já negativamente, ficou-me na memória o Manduca (este começa a revelar imenso potencial para se tornar num dos meus maiores ódios de estimação). Logo no primeiro jogo voltou a demonstrar que mantém intactas aquelas qualidades que já me exasperavam a época passada: deve ser o jogador mais lento do mundo a pensar uma jogada/executá-la. E mesmo quando depois de pensar todo aquele tempo, ainda assim sobra tempo para executar, normalmente escolhe a pior opção. Enfim, dia 12 já é um adversário mais a sério, e pode ser que dê para tirar mais conclusões.

quinta-feira, julho 06, 2006

Parabéns

Bem, não deu. A ferida continua aberta. Uma vez em desvantagem foi muito difícil furar uma defesa francesa constituida por onze jogadores acantonados no seu próprio meio-campo, e os jogadores portugueses infelizmente resolveram passar mais tempo a atirarem-se para o chão para tentarem sacar faltas ou um penalti de compensação. Mas acho que o que a nossa selecção conseguiu é muito meritório. Temos todos os motivos para nos sentirmos orgulhosos e esta selecção merece os parabéns. Este será sempre um Mundial para recordar. Fica o amargo de boca por, mais uma vez, termos ficado tão perto da glória e, também mais uma vez, essa alegria ter-nos sido negada pelos carrascos do costume.

O que achei triste foram aquelas manifestações de pequenez, dadas sobretudo pelas nossas televisões (e infelizmente de alguma forma corroboradas pelo seleccionador), que tentam de alguma forma passar a imagem que Portugal foi afastado da final por motivos extra-futebol. Para mim o penalti existiu mesmo: o Ricardo Carvalho toca o Henry, que fez a sua 'obrigação' e aproveitou o toque da melhor maneira. Quanto ao suposto penalti sobre o Ronaldo que a SIC andou a tentar vender o resto da noite, para mim é anedótico, e não há falta nenhuma. Simplesmente hoje não tivemos arte suficiente para inverter o rumo das coisas. Agora resta-nos ainda lutar pelo último lugar no pódio, e a mim torcer pela Itália na final.

quarta-feira, julho 05, 2006

Arrogância

Só hoje reparei neste post d'O Antitripa, que me desmanchou a rir. Ainda bem que os jornalistas desportivos brasileiros não são nada arrogantes... e aquilo foi antes do Brasil ter sido despachado, e de nós nos termos qualificado para as meias-finais. Imagino o trombil do homem agora, e ainda mais se mais logo ganharmos (façam figas...).

A verdade é que estou cheio de medo para mais logo. A França é uma ferida aberta desde os meus onze anos, quando em 1984 me deixou a chorar à frente da televisão. E o trauma aprofundou-se em 2000. Hoje veremos se à terceira é de vez, ou se não há duas sem três (o que vale é que os portugueses são tão pródigos em provérbios que há um sempre pronto para qualquer situação).


P.S.- Ainda em relação ao brasuca, só lamento que em Portugal tenhamos que gramar com o Paulo Catarro, o Carlos Daniel, ou o David Borges a apresentar os programas de discussão sobre bola. É que com apresentadoras daquela estirpe, confesso que até seria capaz de me sujeitar a ver o Trio de Ataque ;)

sábado, julho 01, 2006

Vá lá...

O homem merece os parabéns. Estava completamente in the zone hoje, defendeu três penalties (incluindo um do Lampard e outro do Gerrard, que eu acho que raramente ou mesmo nunca tinha visto falhar - e quase defendia mais um) e vai voltar a povoar os pesadelos mais negros que os bifes vão ter esta noite. Por uns tempos vou abster-me de me referir a ele como o Frango do Montijo.

Recordação

Nem de propósito. Andava aqui a fazer uma limpeza ao disco do meu computador, e em dia de jogo contra os ingleses encontrei esta pequena memória daquele jogo incrível de há dois anos, na voz do saudoso Jorge Perestrello. Emocionei-me ao ouvir a enorme alegria que se sente na sua voz, e ao recordar-me daquele golo do Rui Costa, que merecia ter sido o ponto final naquele jogo, em vez de ainda termos sido obrigados à lotaria dos penalties.



Que daqui a umas horas possamos sentir-nos mais uma vez eufóricos, tal como há dois anos.